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Pinguim imperador entra para lista de animais em extinção

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Quando se fala em extinção em massa, logo nos vem à cabeça uma situação caótica e apocalíptica. Nesse sentido, a atividade humana está levando várias espécies de plantas e animais à extinção em uma taxa bastante alta. Seja por conta da perda de habitat, pesca excessiva e caça furtiva, ou pelo aquecimento global e poluição, a realidade é que as espécies estão morrendo mais rápido do que se pode compreender.

Assim, conforme o tempo passa, mais espécies entram na lista de ameaçadas. Um exemplo disso é o pinguim imperador. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos declarou oficialmente que o animal agora é uma espécie ameaçada de extinção. Segundo as autoridades, o pinguim estar nessa lista serve como um alerta para que as política de conservação se fortaleçam.

Entrou na lista

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Atualmente, existem 61 colônias reprodutoras de pinguins imperadores vivendo na Antártida. No entanto, de acordo com os cientistas, 70% delas podem ser extintas até 2050. Isso acontece porque esses animais dependem do gelo marinho para se reproduzir, e com as taxas atualmente caindo, até 2100 98% das colônias vão desaparecer.

Por conta desse risco de extinção, a Endangered Species Act (Lei de Espécies Ameaçadas) irá proteger esses pinguins. O objetivo dela é promover uma cooperação internacional para que se crie estratégias de proteção das espécies. Além disso, existem outros objetivos, como aumentar o financiamento para programas de conservação, estimular a pesquisa e fornecer ferramentas concretas para a redução de ameaças.

Animais em extinção

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Como cada vez mais espécies enfrentam o risco de sumir para sempre, vários estudos são feitos para identificar alguma coisa que possa ajudar a reverter ou, pelo menos, amenizar essa situação.

Como por exemplo, esse estudo feito pelo ecologista conservacionista Haydee Hernandez-Yanez e dois colegas do Alexander Center for Applied Population Biology, no Lincoln Park Zoo, em Chicago, que conseguiu identificar traços comuns entre plantas, pássaros e mamíferos com risco de extinção.

“Certas combinações de traços de história de vida e taxas demográficas podem tornar uma população mais propensa à extinção do que outras”, explicou Hernandez-Yanez.

No entanto, como eles dizem, até recentemente existiam poucos estudos que testavam as previsões do que faz com que uma espécie seja mais vulnerável do que outra, em vários grupos taxonômicos, usando dados do mundo real em escala global.

Por exemplo, os padrões e o tempo de sobrevivência, crescimento e reprodução são fatores que determinam se as populações de plantas e animais podem resistir ou se adaptar a um ataque de mudanças climáticas.

No estudo, Hernandez-Yanez e sua equipe reuniram dados a respeito das taxas de crescimento, expectativa de vida e reprodução de 159 espécies de plantas herbáceas, árvores, mamíferos e pássaros, além de também terem verificado o status de ameaça mais atual na Lista Vermelha da IUCN, que é o principal e maior registro de espécies ameaçadas.

“Apesar de nossa amostra relativamente pequena de espécies, descobrimos que espécies com certos padrões demográficos correm mais risco de extinção do que outras, e que os preditores importantes diferem entre os grupos taxonômicos”, escreveram os pesquisadores.

“Por exemplo, os mamíferos que têm tempos de geração mais longos correm maior risco de extinção. Talvez porque quanto mais tempo as espécies levam para amadurecer e se reproduzir, mais difícil é para elas se adaptarem às rápidas mudanças ambientais. E especialmente se os animais se reproduzem apenas uma vez em sua vida. Enquanto isso, pássaros que se reproduzem com frequência e crescem rápido, de filhotes a adultos maduros, são mais vulneráveis ​​à extinção, o que foi um tanto inesperado. Porque você pode pensar que produzir muitos filhotes aumenta as chances de sobrevivência de uma espécie”, explicaram os pesquisadores.

Coisas em comum

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Na semelhança entre as espécies e plantas, as herbáceas perenes de caule macio, que são do tipo que morrem antes do inverno e florescem na primavera e no verão, têm mais probabilidade de perecer se amadurecerem cedo e tiverem altas taxas de sobrevivência como mudas juvenis. Mas não se observou padrões para as árvores lenhosas ameaçadas de extinção.

Essas descobertas vão de encontro às feitas por um outro estudo que prevê o risco de extinção. Esse estudo observou que espécies que estão no topo e têm populações esparsas ou pequenas áreas geográficas são as mais vulneráveis.

Entretanto, esses estudos se limitam ao que a Lista Vermelha da IUCN captura, o que representa somente uma fração de todas as espécies ameaçadas, além de ela também ser inclinada para aves e mamíferos.

“A maioria dessas extinções não é registrada, então, nem sabemos quais espécies estamos perdendo. A perda é incalculável”, escreveram os ecologistas conservacionistas Elizabeth Boakes e David Redding, em um estudo de 2018.

Tudo isso quer dizer que, mesmo que os cientistas tentem, provavelmente todo o estudo estará subestimando a verdadeira extensão da perda de biodiversidade e do risco de extinção das espécies.

Mesmo sabendo disso, Hernandez-Yanez e seus colegas esperam que ter uma compreensão melhor de quais são as características que colocam plantas e animais em maior risco de extinção possa ajudar nos esforços de conservação.

Fonte: Tribuna de Jundiaí, Science Alert

Imagens: Conexão planeta, Animal business Brasil, Toda matéria

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