Curiosidades

Polvo dumbo raro é encontrado durante expedição

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O oceano está cheio de animais fascinantes, porém, um dos mais interessantes é o polvo. Isso porque a maior parte deles possui uma exímia inteligência. Para ter um pouco de noção, saiba que ele é capaz de distinguir os seres humanos entre si. Além da inteligência, outras características desse animal fazem com que ele desperte curiosidade.

Dentre todos os tipos de polvo que se conhece, existem aqueles que são bastante raros. Por isso, quando se avista esses animais é um verdadeiro evento, como por exemplo, o que aconteceu em uma expedição marítima da Nautilus, transmitida pela Ocean Exploration Trust.

Essa expedição foi feita a uma profundidade de aproximadamente 1,6 quilômetros através de um veículo operado remotamente (ROV). Nela, os pesquisadores viram uma espécie que é conhecida como polvo dumbo.

Encontro

Esse avistamento foi ao mesmo tempo belo e raro. Isso porque esse polvo só é encontrado nas profundezas do oceano, e mesmo assim com bastante dificuldade. Até porque, nesse local a pressão é muito alta e a luminosidade muito baixa.

Por conta disso, estudar esse polvo dumbo também é uma coisa bem desafiadora porque as espécies que vivem nas profundezas são difíceis de ser encontradas e capturadas. No caso desse animal, somente 20 espécies foram descritas até hoje.

Esse encontro em específico aconteceu na Fossa de Porto Rico, e a descoberta é extremamente simbólica, por ser a primeira vez em que a espécie é vista na região. Na visão dos estudiosos, existem várias outras espécies de polvo dumbo a serem descobertas.

Um fato que impressionou os pesquisadores foi o polvo ter uma cor tão pálida. Uma das possíveis explicações para isso é o contraste criado entre as fortes luzes do ROV com a escuridão do oceano. E os pesquisadores também disseram que o polvo estava a aproximadamente 20 metros acima do solo marítimo.

Polvo dumbo

Galileu

A espécie é parte dos polvos pelágicos da família Opisthoteuthidae e são chamados de “dumbo” porque são os únicos polvos que têm barbatanas. Eles conseguem viver até quatro mil metros de profundidade.

Os animais dessa espécie também podem produzir luz bioluminescente e mudar a cor da sua pele para camuflagem. Eles também são ovíparos, ou seja, os ovos eclodem dentro do corpo da fêmea e seus filhos nascem vivos.

Mesmo que se saiba essas coisas sobre o polvo dumbo, várias outras ainda são desconhecidas. Por isso que tecnologias marítimas estão sendo usadas e criadas para poder estudar esses animais de forma adequada e compreender seus hábitos.

Avistamento

Além do polvo dumbo, existem outros que também são raros e impressionam quando são avistados, como no caso desse polvo vermelho brilhante e bem bizarro. O animal estava nadando acima da Grande Barreira de Corais, no nordeste da Austrália.

Esse encontro foi relatado primeiro pelo site de notícias australiano “Bundaberg Now”. Eles disseram que o avistamento raro foi de um polvo cobertor. O animal recebeu esse nome em homenagem à sua capa entre os braços, que se parece com um cobertor.

O encontro foi filmado pela bióloga marinha e guia de recifes Jacinta Shackleton. Ela filmou e fotografou o polvo enquanto mergulhava na costa da ilha Lady Elliot, em Queensland, em 6 de janeiro.

“Quando o vi pela primeira vez, pensei que poderia ser um peixe juvenil com barbatanas longas, mas quando se aproximou, percebi que era um polvo cobertor e fiquei muito feliz, não pude conter minha emoção”, disse Shackleton.

Esses polvos cobertores são um grupo pequeno de polvos que raramente são vistos. Nesse sentido, o encontro de Shackleton foi ainda mais raro porque o polvo que ela encontrou era uma fêmea jovem. Isso é extremamente raro porque os polvos geralmente vivem em mar aberto.

“As cores de sua capa eram incríveis e era fascinante ver a maneira como ela se movia na água”, escreveu Shackleton em seu Instagram.

Além disso, somente as fêmeas do polvo cobertor podem remover suas capas para distrair ou atingir predadores, além de elas também serem bem maiores do que os machos e crescerem até dois metros de comprimento, enquanto os machos têm menos de 2,4 centímetros de comprimento.

De acordo com a Great Barrier Reef Foundation, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para proteger o recife, essa é uma das maiores diferenças de tamanho entre os sexos de qualquer animal conhecido.

Por conta disso, no momento da reprodução, os machos separam seu hectocótilo, um braço modificado que os polvos machos usam para entregar esperma, e o inserem em uma fêmea.

Esses polvos também são conhecidos por sua estratégia de caça estranha. Eles arrancam o tentáculo de uma água-viva tóxica e o usam como arma para conseguir capturar suas presas.

Por ser um polvo muito raro, o encontro com ele é motivo de comemoração. Tanto é que Shackleton descreveu a experiência como um encontro único na vida.

“Muitas imagens vieram de indivíduos em cativeiro, então acredito que sou extremamente sortuda por ter visto uma durante o dia, no recife e na natureza e por ter duas câmeras comigo”, disse ela.

Fonte: Socientifica, Science Alert

Imagens: Galileu, YouTube

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