Curiosidades

População da China encolheu pelo segundo ano consecutivo. Saiba o motivo

0

Nosso planeta já passou por várias eras e isso também foi visto na população mundial. Tanto é que a quantidade de pessoas na Terra parece aumentar a cada dia e está longe de ter uma diminuição ou estabilização. Atualmente existem aproximadamente oito bilhões de pessoas vivas no mundo, e há os países que têm uma maior quantidade de pessoas.

No caso da China, a população do país é de 1,4 bilhão de pessoas. Claro que esse número impressiona, mas o país está vivendo um cenário persistente há algum tempo: a diminuição da sua população.

De acordo com os dados do Escritório Nacional de Estatísticas, em Pequim, em 2023 o número de habitantes do país caiu de 2,75 milhões, para 1,409 bilhão de pessoas. Essa diminuição vem seguida de outra vista em 2022, ano em que a China passou a ter 1,411 bilhão de habitantes.

Diminuição

Olhar digital

A diminuição da população vista em 2022 foi a primeira desde 1961. Segundo o G1, dentre os motivos para isso acontecer está a queda na taxa de natalidade e na onda de mortes que a pandemia do covid-19 provocou.

Um fator importante a ser lembrado é que há décadas a China instaurou a política do filho único. No entanto, em 2016 ela foi mudada para permitir que os casais tivessem dois filhos, e em 2021 veio uma nova mudança para três filhos.

Embora as mudanças tenham sido feitas, o nascimento de bebês também está diminuindo. Para se ter uma ideia, em 2023 foram 9,02 milhões de nascimentos, comparados com 9,56 milhões em 2022.

Da mesma forma que vários países do mundo, a pandemia de covid-19 provocou várias mortes na China, especialmente depois do relaxamento das medidas rigorosas existentes na época de quarentena. Colocando em números, entre 2022 e 2023, a taxa de mortes passou de 7,37 para 7,87 para cada 1.000 habitantes. Esse índice de óbitos foi o maior desde a Revolução Cultural chinesa, em 1974.

Além disso, ano passado, o país perdeu para a Índia o lugar de maior nação do mundo. Mesmo assim, a China ainda é a segunda maior economia do mundo, o que coloca ainda mais pressão nas perspectivas de crescimento do país.

Segundo as previsões da Organização das Nações Unidas (ONU), a população da China deve ter uma queda de até 109 milhões de habitantes até 2050. E além do país, Japão, Coreia do Sul e Taiwan também estão enfrentando uma diminuição em sua população por conta da queda da taxa de natalidade. Isso acarreta em preocupações sociais e econômicas.

População

Revista Oeste

Por mais que a população da China esteja diminuindo, ela ainda é impressionantemente grande. Contudo, mesmo com um número de habitantes tão grande, de acordo com um ex-funcionário de um departamento do Estado, esse número não seria o suficiente para encher todos os apartamentos que estão vazios no país todo.

Essa declaração foi em setembro do ano passado como uma rara crítica ao mercado imobiliário do país, que foi atingido pela crise. Em determinado momento, o setor imobiliário já foi o pilar da economia chinesa. Contudo, desde 2021 ele está em queda, o que começou quando a China Evergrande Group, gigante do setor imobiliário, deixou de pagar suas obrigações de dívidas quando teve restrição em novos empréstimos.

A situação ruim não aconteceu somente para essa gigante. Tanto é que outras incorporadoras de grande nome, como por exemplo a Country Garden Holdings, até os dias de hoje estão à beira da inadimplência.

De acordo com os dados mais recentes do National Bureau of Statistics (NBS), no fim de agosto, a área útil combinada de casas não vendidas era de 648 milhões de metros quadrados. Com esse número, a Reuters fez um cálculo e viu que ele equivaleria a 7,2 milhões de residências, tendo como base as casas de 90 metros quadrados.

E esse número foi contabilizado sem levar em consideração os vários projetos residenciais que foram vendidos, mas não chegaram a ser concluídos por conta de problemas de fluxo de caixa; e nem as casas que especuladores imobiliários compraram em 2016, época da última recuperação do mercado. De acordo com os especialistas, esses dois casos somam a maior parte do espaço não usado.

“Quantas casas vagas existem atualmente? Cada especialista dá um número muito diferente, com o mais extremo acreditando que o número atual de casas vagas é suficiente para 3 bilhões de pessoas. Essa estimativa pode ser um pouco exagerada, mas 1,4 bilhão de pessoas provavelmente não conseguirão ocupá-las”, disse He Keng, 81 anos, ex-vice-chefe do departamento de estatísticas.

A visão de He é bastante negativa a respeito de um setor economicamente significativo, e ela contrasta com a narrativa oficial dada de que a economia da China é resiliente.

“Todos os tipos de comentários que preveem o colapso da economia chinesa continuam surgindo de vez em quando, mas o que entrou em colapso foi essa retórica, não a economia da China”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Fonte: Olhar digital, CNN

Imagens: Olhar digital, Revista Oeste

Jejum intermitente pode provocar mudanças no cérebro, sugere estudo

Artigo anterior

Emmy 2023: HBO Max lidera os streamings pelo segundo ano consecutivo

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido