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Por que a França pode sacrificar milhões de aves?

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A França vai realizar o sacrifício de milhões de aves no noroeste do país por causa do aumento de casos de gripe aviária. O objetivo da ação é minimizar as infecções e conter a epidemia que afeta os avicultores.

O Ministério da Agricultura informou à imprensa na última sexta-feira (11), que já eliminaram “cerca de 1,2 milhão de animais e estimamos que ainda temos que abater 3 milhões”, de acordo com o repercutido pela AFP.

Os números de infectados cresceram rapidamente desde o mês de fevereiro,  no oeste do território francês, principalmente no departamento de Vendée. No começo do mês, o local registrou 8 infecções e poucos dias depois, os casos já totalizavam 187 no balanço.

“Teremos perdas econômicas fenomenais que serão suportadas no todo ou em parte pelo Estado. Apesar de tudo, haverá custos de danos colaterais, falta de produção [de aves] nas próximas semanas” afirmou Christophe Labour, presidente da seção de avicultura do sindicato agrícola FNSEA para a região do Pays de la Loire.

No ano de 2021, a crise atingiu principalmente a região sudoeste, onde se produz foie gras, fígado de ganso ou de pato. Nesse período, foram registrados cerca de 500 surtos de gripe aviária em fazendas e o abatimento de 3,5 milhões de animais.

Neste ano, os números são ainda maiores, notado em grande parte na mesma região. Por isso, mais de quatro milhões de aves já foram abatidas com o objetivo de diminuir o número de casos, que já chega a 649 desde o primeiro foco encontrado no final de novembro de 2021.

Surto de gripe ameaça vida de aves em Israel


Foto: Ilia Yefimovich/Picture Alliance/Getty Images

Outro local atingido pela gripe aviária é Israel. Com o objetivo de conter um grave surto, que chegou a matar até oito mil grous, o país cancelou o último de seus cinco meses de temporada de caça. O surto provocou preocupações em relação a infecções em espécies de aves ameaçadas de extinção.

A ministra do Meio Ambiente, Tamar Zandberg, publicou no Twitter, em dezembro, que esse surto de gripe aviária, H5N1, é o “pior golpe contra a vida selvagem” na história de Israel e que a extensão dos danos provocados “ainda não está clara”. 

A proibição da caça foi devido à preocupação do ministério de que os caçadores propaguem a doença levando o vírus em seus sapatos, pneus ou por meio de seus cães, que participam da caça para recolher os patos e pombos abatidos. Além disso, as aves incomodadas pelos caçadores podem voar para novos locais e propagar o vírus.

Foto: Getty Images

O vírus H5N1 foi identificado pela primeira vez em granjas israelenses em novembro de 2021, e após isso foi confirmado como a causa da morte de grous-comuns. Segundo as autoridades israelenses, o vírus já infectou um quinto da população dessas aves.

A gripe aviária pode afetar outros animais, como os que se alimentam de aves infectadas ou de seus restos mortais. De acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, para controlar a disseminação do vírus em Israel, cerca de um milhão de perus, patos e galinhas criados em granjas foram sacrificados.

Humanos raramente contraem o vírus H5N1, isso só ocorre depois de uma longa exposição a aves infectadas. A última infecção humana registrada por H5N1 aconteceu na Índia em julho de 2021.

Yoav Perlman, diretor da BirdLife Israel, organização sem fins lucrativos ligada à Sociedade para a Proteção da Natureza em Israel, afirma que apesar das mortes de grous estarem diminuindo, existe a preocupação “com a possibilidade de a gripe aviária atingir aves de rapina, especialmente águias, no Vale do Hula, e em outros vales onde há concentração de grous.”

Outras aves ameaçadas em Israel são os patos-de-rabos-alçados e os Chlamydotis macqueenii.

Fonte: National Geographic, Aventuras na História

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