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Quanto mais sinceros, mais felizes são os casais, dizem especialistas

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Muitas pessoas têm o sonho de ter um relacionamento, mas nem sempre ele resulta em uma relação saudável ou duradoura. No entanto, existem casais que parecem ser mais felizes do que outros, e isso não é somente uma percepção de “a grama do vizinho é mais verde”.

Todo mundo já ouviu que mentira tem perna curta ou que é preferível contar a verdade, por mais doída que seja, do que mentir. Várias pessoas concordam com essas máximas, mesmo que contem as chamadas “mentiras brancas” para seus parceiros.

Contudo, conforme explica a psicóloga Nina Reinhardt, da Universidade de Kassel na Alemanha, mentir envolve pesar os prós e contras. Nas situações do dia a dia, muitas vezes as pessoas veem vantagens em dizer essas pequenas mentiras para evitarem conflitos.

De acordo com estimativas dos pesquisadores, todas as pessoas mentem várias vezes por semana. Contudo, existem aquelas que são mais honestas que as outras. Para essas pessoas o traço de personalidade honestidade-humildade se destaca. Os que o têm tendem a mentir menos, conforme mostraram os estudos que examinaram a honestidade em estranhos.

Então, Reinhardt queria saber se isso também se aplicava aos casais e aos relacionamentos amorosos. “Há uma diferença entre ser desonesto com estranhos, que não conhecemos e talvez nunca mais vejamos. Mentir para o parceiro é muito mais sério. Dependendo da gravidade da mentira ou da traição, as consequências são significativas e têm um impacto imediato na própria vida”, disse.

Em seu estudo, a psicóloga analisou como as pessoas se comportam com relação a mentiras nos seus relacionamentos. Ao todo foram 5.677 participantes e a conclusão foi que, mesmo nesses contextos, o traço de personalidade honestidade-humildade está relacionado a menos mentiras.

Traço de personalidade

NSC total

Esse traço de personalidade é um dos seis fatores presentes no modelo conhecido como HEXACO. Os outros são: emocionalidade (E), extroversão (X), amabilidade (A), conscienciosidade (C) e abertura à experiência (O).

“Cada pessoa possui uma manifestação única em cada um desses fatores”, explica Reinhardt. Por conta disso que esse modelo é tido como útil para o estudo psicológico, além de conseguir prever bem o comportamento humano. “Indivíduos com altos valores de honestidade-humildade são geralmente mais justos”, disse a psicóloga.

Ainda conforme ela, essas pessoas não têm interesse em explorar os outros para conseguirem o máximo de benefício próprio. “Eles são mais sinceros em relacionamentos pessoais. Isso significa que não fingem gostar de alguém só porque pode ser útil para eles”, pontuou.

Outro ponto dessas pessoas é que elas não têm interesse em se destacar dos outros através de símbolos de status e luxo. “Elas são humildes porque seguem regras. Não se colocam acima dos outros ao estabelecerem suas próprias normas”, acrescentou a psicóloga.

Parceiros ideais

Freepik

Conforme Reinhardt, esses aspectos da personalidade moldam uma perspectiva particular. Até porque, essas pessoas tendem a confiar mais nos outros. “Eu acredito que as pessoas ao meu redor são como eu sou”, disse a psicóloga.

Por conta disso que o papel da humildade nos casais e relacionamentos românticos é um tema recorrente de estudo. “Humildade significa agir com menos egoísmo, revertendo o seu comportamento em benefício do outro”, pontuou ela.

As pessoas modestas também tendem a fazer uma autoavaliação mais precisa e se evitam colocar em um pedestal. “Elas têm uma visão mais realista de si mesmas, o que contribui positivamente para a comunicação entre casais em um relacionamento”, disse Reinhardt.

Casais

Aleteia

De acordo com um estudo feito por psicólogos da Universidade Luterana de Halle-Wittenberg, na Alemanha, o riso também é um fator determinante para os casais.

Esse estudo mostrou que os relacionamentos que “dão certo” têm brincadeiras e zoações entre os casais. Ou seja, aqueles que riem de si próprios junto com seu parceiro ou parceira têm uma propensão maior de ser feliz.

No entanto, essa zoação tem limites. Claro que ela não pode ser abusos ou bullying, mas sim levar a relação com um bom humor e leveza no cotidiano do casal. Segundo os pesquisadores, as pessoas que têm um medo de serem ridicularizadas acabam confiando menos em seus parceiros e trocam menos dentro do próprio relacionamento.

Além da felicidade dos casais, essa falta de humor e brincadeiras entre os dois pode se refletir também na satisfação sexual.

Por mais que não seja garantia, encontrar uma pessoa parecida geralmente faz com que os envolvidos no casal tenham mais assunto e consequentemente mais felicidade. Portanto, a palavra chave desse estudo é compatibilidade.

Entretanto, o estudo faz um alerta de que mesmo que os casais sejam muito felizes, o confronto é fundamental na vida deles. Além disso, se uma das partes não gostar de ter um tratamento bem-humorado, o relacionamento pode estar fadado a ter problemas.

Essas conclusões foram feitas se baseando no estudo feito com 154 casais heterossexuais da Alemanha. Embora o método tenha sido restrito, chegar à conclusão de que o humor é uma peça fundamental para a saúde de qualquer relacionamento não é uma coisa tão difícil.

Fonte: VivaBem, Hypeness

Imagens: NSC total, Freepik, Aleteia

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