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Remédio para obesidade injetável e semanal é aprovado pela Anvisa

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Um dos problemas de saúde que mais tem crescido no mundo todo é a obesidade. E infelizmente, diferente do que a maioria das pessoas pode pensar, ela não se limita aos adultos e nem aos Estados Unidos. Com o passar do tempo, pessoas do mundo inteiro estão comendo mais e se exercitando menos. Justamente por ser um problema crescente que os estudos para se criar um medicamento que possa ajudar com a obesidade estão sendo feitos ao redor do mundo.

Felizmente, esses estudos parecem estar dando resultados. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro remédio injetável e de uso semanal para sobrepeso e obesidade. O remédio é o chamado Wegovy, semaglutida 2,4mg. De acordo com os estudos, esse medicamento, que deve ser injetado semanalmente, foi responsável pela redução de cerca de 17% do peso corporal dos participantes.

A forma de injetar o remédio é através de uma via subcutânea uma vez por semana. E esse remédio é, na realidade, uma versão com uma dose mais alta do chamado Ozempic, que é um medicamento para diabetes.

A liberação dada pela Anvisa para o Wegovy é para tratar somente obesidade e sobrepeso. Já sua versão com uma dosagem menor, o Ozempic, é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, mesmo ele também sendo usado para controlar o peso. No entanto, seu uso para essa finalidade não é previsto em sua bula.

Esse novo medicamento é indicado para os adultos que são obesos e aqueles que têm sobrepeso com, pelo menos, uma comorbidade que esteja associada ao peso, como por exemplo, hipertensão, pré-diabetes ou diabetes tipo 2, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular

Mesmo com a aprovação, a farmacêutica Novo Nordisk informou que ainda não existe uma data para que o medicamento chegue ao mercado brasileiro.

Medicamento

Luciana Spina

Esse remédio deve ser usado para controlar o peso da pessoa a longo prazo, mas também deve ser acompanhado por um plano de refeições com menos calorias e um aumento da atividade física.

O Wegovy foi aprovado pela FDA nos EUA depois dos resultados da fase 3 dos estudos. Isso porque foi visto que o medicamento ajudou 33% dos pacientes a perderem mais de 20% do seu peso corporal nas 68 semanas que duraram o ensaio clínico.

Essa alta dose de semaglutida é a primeira do seu tipo a ser usada para o tratamento de obesidade justamente por ser injetada uma vez por semana. Contudo, é uma tendência dos fabricantes de medicamentos para diabetes fazerem adaptações em seus medicamentos para que eles possam ser usados no tratamento de outras condições que também são comumente vistas nas pessoas diabéticas.

Ainda de acordo com dados do estudo clínico, o Wegovy é melhor no tratamento de obesidade do que qualquer outro aprovado antes dele. Para comprovar a eficácia do remédio foram feitos quatro ensaios clínicos diferentes com 2.600 pacientes recebendo Wegovy e mais de 1.500 recebendo placebos.

Um desses ensaios foi feito com pessoas que não tinham diabetes. Os que tomaram o medicamento perderam, em média, 12,4% a mais de peso corporal do que os que tomaram placebo. Já em um outro ensaio com pessoas com diabetes tipo 2 essa diferença foi de 6,2%.

Obesidade

Uniftc

Não é porque um medicamento se mostrou eficaz que o restante dos estudos a esse respeito param. Por exemplo, a farmacêutica americana Eli Lilly disse que seu medicamento, que está em fase de teste, e foi feito para pacientes que têm obesidade, teve uma eficácia de 20% na redução do peso corporal das pessoas.

Mais de 2.500 pessoas participaram da fase 3 dos estudos. Nela, os pesquisadores avaliaram a segurança e eficácia desse remédio, chamado “tirzepatide”, em adultos com obesidade ou sobrepeso que tinham, pelo menos, uma comorbidade que não fosse diabete.

De acordo com a farmacêutica, as pessoas conseguiram perder até 24 quilos usando o medicamento no período de 72 semanas. A perda de peso foi bem maior em comparação com aqueles que tomaram placebo durante o estudo. E além do remédio, as pessoas também fizeram uma dieta hipocalórica e tiveram que seguir um cronograma de atividades físicas. Durante todo esse tempo os pesquisadores estavam acompanhando os participantes.

“O tirzepatide proporcionou reduções impressionantes de peso corporal no SURMOUNT-1, o estudo clínico. O que pode representar um importante passo para ajudar a parceria entre paciente e médicos no tratamento dessa doença complexa”, disse Louis J. Aronne, especialista em obesidade da Weill Cornell Medicine, que trabalhou com a Eli Lilly como principal pesquisador do estudo.

Fonte: Forbes, G1

Imagens: Luciana Spina, Uniftc

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