Curiosidades

Restos mortais de morcego-vampiro gigante de 100 mil anos foram encontrados na Argentina

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Os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. São recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. São estudados há muito tempo. Além disso, se pode encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. Alguns fósseis parecem ter sido congelados no tempo de tão bem preservados.

Os arqueólogos estão sempre encontrando novos fósseis e descobrindo animais antigos que viviam na Terra. Como por exemplo, essa mandíbula de um morcego que esteve por aqui há 100 mil anos. Se confirmou que ela pertencia a uma espécie de morcego-vampiro gigante.

Achado

A mandíbula da espécies Desmodus draculae foi localizada em uma caverna na Argentina. Ela está ajudando a preencher as lacunas da história desses animais. Além disso, a mandíbula pode dar algumas pistas do motivo que causou a morte desses morcegos.

Depois de explodir em cena há cerca de 50 milhões de anos, atualmente os morcegos são muito diversificados. Eles são 20% de todas as espécies de mamíferos conhecidas. Uma porcentagem que é realmente considerável.

Por conta de toda essa diversidade pode se pensar que existem vários registros fósseis de morcego para serem estudados. Contudo, a realidade é o contrário. O registro fóssil desta espécie é bastante pobre e irregular. Por isso essa descoberta é muito valiosa. Principalmente o fóssil sendo de um morcego-vampiro.

“Eles são a única família de morcegos no mundo que desperta a curiosidade das lendas da Transilvânia e de seu assustador Conde Drácula. Mas na realidade são animais pacíficos que se alimentam de sangue de animais, e às vezes de humanos, por alguns minutos sem causar desconforto. A única coisa ruim é que podem transmitir raiva ou outras doenças se estiverem infectados. Representantes pré-históricos tiveram comportamentos semelhantes”, disse o paleontólogo Mariano Magnussen, do Laboratório Paleontológico do Museu Miramar de Ciências Naturais da Argentina.

Morcegos

Hoje em dia somente três de, aproximadamente, 1.400 espécies desta família de animais, são morcegos-vampiros. Localizam-se nas Américas Central e do Sul. São elas: o morcego-vampiro comum ( Desmodus rotundus ), o morcego-vampiro de pernas peludas ( Diphylla ecaudata ) e o morcego-vampiro de asa branca ( Diaemus youngi ).

Todas elas parecem estar intimamente relacionadas. Isso sugere que a hematofagia apenas evoluiu uma vez nesses morcegos. E que todas as espécies de morcegos-vampiros, sejam existentes ou extintas, vieram de um ancestral comum.

Então, os fósseis de espécies extintas de morcegos-vampiros podem ajudar os pesquisadores a desvendar o motivo pelo qual as espécies vistas hoje conseguiram sobreviver. Por conta disso, a descoberta feita do osso da mandíbula tem muito significado.

“Os significados dos fósseis são vários. Para começar, os restos fósseis de morcegos são raros na Argentina. Também confirma a presença da espécie em latitudes médias e durante o Pleistoceno. O outro material da espécie na Argentina é isolado, no entanto, muito mais jovem. Este é um dos registros mais antigos. É desconhecido no Plioceno”, disse o paleontólogo Santiago Brizuela, da Universidade Nacional de Mar del Plata, na Argentina.

Observações

Os pesquisadores sabiam algumas coisas a respeito do D. draculae, mas a descoberta da mandíbula foi realmente muito especial. Se recuperou os sedimentos do Pleistoceno em uma caverna não muito longe da cidade de Miramar, em Buenos Aires. A localização é importante porque, na época, a caverna era uma toca de uma preguiça gigante.

A descoberta pode ser uma pista grande sobre como os morcegos viviam. Pode revelar também algo a respeito do clima da região. Esse morcego-vampiro fez sua casa a aproximadamente 400 quilômetros ao norte de onde os restos mortais foram localizados. O que sugere aos pesquisadores que o clima era diferente 100 mil anos atrás.

E o declínio dessa espécie, provavelmente, teve vários fatores que contribuíram para ele acontecer.

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