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Esse protótipo de capacete magnético encolheu câncer cerebral agressivo

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Talvez o câncer seja uma das doenças mais temidas pelo mundo inteiro. Quem já perdeu uma pessoa querida por causa dele sabe como a doença traz sofrimento para a vítima e para quem está perto.

Em suma, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado, maligno, de células. São células agressivas e incontroláveis que resultam em tumores ou neoplasias malignas.

Toda forma de câncer é uma coisa desagradável, para dizer o mínimo. Contudo, algumas formas conseguem ser mais desagradáveis do que outras. Como por exemplo, o glioblastoma. Ele é uma forma, felizmente rara, de tumor que cresce rápido e de maneira agressiva no cérebro ou no tronco cerebral.  E o pior é que ele não pode ser curado e quase sempre é fatal.

Câncer

 

Além disso, esse tipo de câncer também é difícil de tratar. Ele exige rádio e quimioterapia intensiva. Coisa que os pacientes, várias vezes, não conseguem concluir. Felizmente, os cientistas parecem ter descoberto um novo método para tratar esse tipo de câncer. Em suma, ele é um capacete não invasivo que usa um campo magnético oscilante para diminuir o tumor.

Esse dispositivo foi testado recentemente em um paciente de 53 anos com glioblastoma. O tumor dele mostro uma notável diminuição de tamanho de 31% em um período de tempo curto. Mas infelizmente, o paciente faleceu por conta de um traumatismo cranioencefálico não relacionado.

“Graças à coragem desse paciente e de sua família, pudemos testar e verificar a eficácia potencial da primeira terapia não invasiva para glioblastoma no mundo. O generoso acordo da família em permitir uma autópsia após a morte prematura de seus entes queridos fez uma contribuição inestimável para o estudo posterior e desenvolvimento desta terapia potencialmente poderosa”, disse o neurocirurgião David S. Baskin, do Houston Methodist Hospital.

Capacete

O capacete é feito com três ímãs permanentes rotativos fortes que conseguem gerar um campo magnético oscilante. Através dessa tecnologia, os pesquisadores conseguiram diminuir o volume e a massa do glioblastoma nas culturas de células em um ambiente de labortatório.

Nesse interim, eles descobriram que o campo magnético interrompe o transporte de elétrons na série de reações que as mitocôndrias usam para conseguir produzir a energia química que alimente as células.

Contudo, essa interrupção acontece somente na presença de determinados compostos que aumentam o metabolismo produzido pelas células tumorais. Isso quer dizer que as células de glioblastoma interrompidas morrem e as células saudáveis continuam intactas.

Tratamento

O tratamento do paciente começou em abril de 2020. Por três dias ele fez o tratamento em um clínica. E sua esposa recebeu um treinamento para saber como cuidar e usar o capacete. Depois desse tempo, ele continuou o tratamento em casa. No começo eram sessões de duas horas por dia. Depois elas aumentaram para seis horas diárias.

De acordo com os pesquisadores, o tratamento continuou por 36 dias. E nesse período de tempo, o glioblastoma diminui 31%.. Além disso, o cuidadores do paciente disseram que houve uma melhor na fala e na função cognitiva dele.

Por mais que a história desse paciente tenha tido um final trágico, os resultados preliminares são bastante encorajadores. Se a eficácia do capacete puder ser demonstrada também em outros pacientes, ele pode ser uma opção de tratamento bem mais suave para uma das formas mais terríveis de câncer.

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