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Saiba quais são os transtornos mentais mais comuns na infância e seus sinais

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Felizmente estamos em um tempo em que se fala mais sobre saúde mental. Contudo, nem sempre os sinais que podem servir como um alerta são notados, ainda mais nas crianças, como por exemplo, dificuldades na escola, mudanças frequentes de humor, agressividade, perda de apetite e tentativas de automutilação. Até porque, de acordo com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 75% dos transtornos mentais aparecem no começo da infância.

Porém, nem sempre os transtornos são identificados e tratados na fase correta. Por conta disso, os casos se agravam até chegarem aos consultórios de psicólogos e psiquiatras.

De acordo com Letícia Amici, médica da infância e adolescência do Hospital Israelita Albert Einstein, a primeira coisa a se fazer para identificar se a criança tem ou não um transtorno é ficar de olho nas características do seu desenvolvimento. Até porque, se alguma delas for muito diferente da maior parte das crianças, isso pode ser um sinal de que uma ajuda é necessária.

“O quanto antes essas condições são identificadas, mais cedo é possível intervir adequadamente e mudar ou atenuar sintomas e desfechos associados às alterações. Não é incomum, inclusive, que uma patologia nessa fase possa ser fator de risco para manifestação de outras”, ressaltou a médica.

Outro ponto importante a ser rompido é o estigma existente a respeito dos transtornos mentais. Os pais devem entender que o transtorno mental que seu filho está enfrentando tem um tratamento certo.

“A família é de suma importância nesse processo, pois deve fazer a leitura do que o que filho quer dizer, mas não consegue”, apontou Carla de Cassia Carvalho Casado, pesquisadora e professora da Faculdade de Psicologia da UFPA (Universidade Federal do Pará).

Transtornos mais comuns na infância

Clínica Jequitibá

Ansiedade

Esse é tido como um dos principais transtornos da infância. Ela nada mais é do que uma preocupação intensa e persistente a respeito de situações do dia a dia. Quando ela não é tratada, casos mais graves podem acontecer, como crises que necessitem de estratégias de psicoterapia ou medicamento.

Os sintomas dela são: estado de constate vigilância, medo de situações banais, dificuldade para dormir, preocupações excessivas, dores de cabeça, tonturas, isolamento social, pesadelos recorrentes, irritabilidade ou apatia e falta de motivação.

Depressão

A depressão está cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. Geralmente, ela é vista em um quadro de desânimo e irritabilidade. Mas um dos fatores que mais dificultam o diagnóstico desse transtorno é que vários pais acabam confundindo os sintomas com birra ou mau humor e não procuram ajuda especializada.

Os sintomas dela são: tristeza em excesso, isolamento social, falta de ânimo, pensamentos de desvalia, alterações no sono ou apetite.

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)

Quem tem esse transtorno tem um atraso no desenvolvimento de determinadas regiões cerebrais. É justamente isso que faz com que apareçam sintomas como a dificuldade na concentração. É estimado que entre 3 e 5% das crianças no mundo todo tenham TDAH.

Os sintomas dele são: dificuldade de concentração, dificuldade de realizar atividades que exijam esforço mental prolongado, inquietação e impulsividade.

TEA (Transtorno do Espectro Autista)

O que caracteriza o TEA é uma trajetória do desenvolvimento atípica secundária a mudanças na formação e nas conexões de regiões cerebrais. Por conta disso, uma criança com autismo tem, em diferentes níveis, dificuldades na comunicação e na interação social. Além disso, ela apresenta padrões de comportamento, interesse e atividades repetitivas que precisam ser tratados com intervenções multidisciplinares.

Os sintomas dele são: dificuldade para interagir socialmente, compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e até de se concentrar.

TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)

Entre mais um dos transtornos mais comuns na infância está esse, que se caracteriza por comportamentos obsessivos ou compulsivos. Geralmente, esse transtorno está bastante relacionado com a ansiedade. Para tratá-lo é preciso psicoterapia, e nos casos graves, a avaliação de um psiquiatra para ver se é ou não o caso de prescrever remédios.

Os sintomas dele são: medo de contaminação, o que gera efeito compulsivo de higienizar as mãos a todo momento, dúvidas excessivas seguidas de verificações, preocupação exagerada com ordem e simetria, compulsão por armazenar objetos sem utilidade e consequente dificuldade em descartá-los.

TOD (Transtorno Opositor Desafiante)

Segundo o próprio nome, ele acontece quando a criança se opõe e desafia autoridades com frequência. Além disso, ela também tem dificuldade em lidar com a raiva e regular suas emoções.

Os sintomas dele são: criança que facilmente perde a paciência, que discute com adultos em posição de autoridade, desafia ativamente ou se recusa a obedecer às regras de adultos, ou culpa os outros pelos seus erros.

Fonte: VivaBem

Imagens: Clínica Jequitibá

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