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Semana com 4 dias de trabalho pode acontecer por conta do ChatGPT?

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Desde o começo da pandemia do covid-19 e por conta das suas medidas de isolamento, várias empresas adotaram o home office. Essa mudanças na forma como se trabalha continuaram acontecendo. Tanto é que fatores como carga horária, dias trabalhados e modelos presenciais e híbridos têm se tornado pontos a serem discutidos.

Agora, conforme o ChatGPT e mais ferramentas de inteligência artificial têm chamado atenção das empresas que estão buscando mais eficiência, uma preocupação surge em alguns funcionários. Será que as vagas ficarão limitadas? E o que acontecerá com as profissões que serão mais impactadas por essa automação?

No entanto, nem toda visão sobre esses avanços tecnológicos é tão alarmista. Por exemplo, o professor britânico Christopher Pissarides, vencedor do Prêmio Nobel em 2010, aponta que essa revolução da inteligência artificial pode levar a uma semana de trabalho mais curta.

Impacto da inteligência artificial

Mercado e consumo

“Estou muito otimista de que poderíamos aumentar a produtividade. Poderíamos aumentar nosso bem-estar em geral com o trabalho e tirar mais [tempo para] lazer. Poderíamos mudar para uma semana de quatro dias facilmente”, disse ele.

Na visão dele, se os sistemas de inteligência artificial forem bem usados, ele irão resolver as atividades chatas do trabalho, o que por sua vez fará com que os humanos tenham mais tempo para focar nas coisas mais interessantes. Mas é claro que esse processo não será uma coisa imediata. A transição irá demorar até que ela tenha um impacto real.

Já especialistas brasileiros dizem que no futuro será visto uma mistura dessas duas previsões. Ou seja, a inteligência artificial impactando as profissões tradicionais e também uma semana de trabalho mais curta por conta da automação dos processos.

E na visão deles, os pedidos de paralisação de determinadas inteligências artificiais não é uma coisa errada. Isso porque é importante que se tenha mais informações a respeito dos potenciais efeitos positivos e também dos riscos que elas podem causar.

Mesmo que algumas funções possam ser automatizadas, a inteligência artificial não pode fazer trabalhos que exijam um senso crítico, criatividade e empatia. Assim, não podem assumir funções que exijam senso crítico, criatividade e empatia. “E isso [de ela desenvolver tais habilidades] não deve acontecer num futuro próximo”, afirmou a especialista em recursos humanos Lina Nakata, professora da FIA Business School.

Até porque, as ferramentas como o ChatGPT foram criadas para fazer um agrupamento de palavras e dar algumas respostas convincentes parecidas com as de um humano. E mesmo que pareça que algumas IA conseguiram raciocinar e entender ideias, isso não acontece.

“Quando fazemos uma análise histórica, avanços tecnológicos sempre representaram maiores criações de emprego – foi assim tanto na revolução industrial quanto na digital. Teremos mais vagas, mas não serão as mesmas vagas”, disse Lucas Oggiam, diretor-executivo da empresa de recrutamento PageGroup.

Semana de trabalho

Money report

A visão do executivo é a mesma que a de Pissarides, de que a IA irá ajudar a liberar os profissionais do seu trabalho maçante e isso permitirá, em determinado momento, jornadas de trabalho de três e quatro dias por semana.

“Vejo essa diminuição da semana de trabalho como uma consequência bastante possível: uma jornada 20% menor é uma redução consideravelmente pequena em comparação com as mudanças que vimos nas últimas décadas. De uma forma geral, as empresas buscam eficiência em todos os sentidos, e ferramentas como o ChatGPT podem ajudar qualquer profissional a ser mais eficiente em seus trabalhos”, disse Nakata.

“Para que todos entendam onde podem se encaixar e, de fato, se encaixem, precisamos pensar o quanto antes em modificações fundamentais no modelo atual”, pontuou Eduardo Costa, especialista em Lifelong Learning.

Nesse ponto, Nakata ressalta que as empresas têm que criar urgentemente programas de capacitação para seus funcionários para que eles consigam entender e usar essas novas ferramentas. E essa adaptação precisa acontecer junto com o surgimento delas.

Fonte: UOL

Imagens: Mercado e consumo, Money report

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