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Pode até parecer meigo, mas o chamado “beijo arco-íris” não se trata de um tipo de beijo ou de uma nova cor de batom adotada pela comunidade LGBTQIA+.
Na verdade, essa tendência diz respeito ao sexo e tem gerado bastante discussão no TikTok, com vídeos de resposta e reações de curiosidade e perplexidade entre os usuários jovens da plataforma.
Afinal, o que é o beijo do arco-íris?
O beijo arco-íris é uma prática sexual e um fetiche em que ocorre a mistura de fluidos corporais, especificamente o sêmen e o sangue menstrual, através do beijo.
Mais precisamente, essa prática ocorre após a posição 69 (sexo oral simultâneo) entre um homem e uma mulher que está menstruada e após o homem ter ejaculado. A mistura dos dois fluidos é o que dá nome ao beijo.
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É perigoso fazer o beijo do arco-íris?
De acordo com a educadora sexual Clariana Leal, a tendência de uma posição sexual que se tornou popular em uma plataforma de mídia social apresenta vários perigos em relação à propagação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Leal expressou sua preocupação com o consumo desses conteúdos por uma geração tão jovem, alertando que essa atividade sexual extrema e não segura pode colocar em risco a saúde das pessoas que a praticam.
O perigo reside no fato de que a posição é feita sem o uso de preservativo, aumentando o risco de contrair ISTs. Isso porque elas podem ser transmitidas mesmo sem sintomas visíveis.
Além disso, se a pessoa que realiza o estímulo oral nos genitais da outra pessoa estiver infectada na garganta, é possível que a pessoa receptora se infecte.
A fisioterapeuta pélvica e sexóloga Giovanna Fornasari explica que o sangue pode transmitir uma variedade de doenças infectocontagiosas. É o caso de HIV, gonorreia, herpes, hepatite B e C, HTLV, entre outras.
Fornasari também destaca que no caso do “beijo arco-íris”, nenhuma das pessoas envolvidas utiliza proteção (camisinha), o que aumenta ainda mais os riscos.
Devo evitar o beijo do arco-íris?
A prática segura do “beijo arco-íris” depende da confiança no(na) seu(sua) parceiro(a) e da realização frequente de exames que comprovem a ausência de infecções. É importante sempre praticar qualquer tipo de sexo com prevenção (usando camisinha).
No Brasil, a Prep (profilaxia pré-exposição) está disponível para prevenir a infecção por HIV. Esse tratamento envolve o uso diário de antirretrovirais para reduzir o risco de infecção em caso de exposição. No entanto, a Prep não oferece proteção contra outras ISTs mencionadas anteriormente.
Os testes e exames de ISTs devem ser realizados pelo menos a cada 6 meses, ou após cada relação sexual sem o uso de preservativos.
No entanto, a melhor opção é sempre optar por um método de barreira que ofereça segurança para ambas as partes.
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Sexo na menstruação e benefícios
Quando ambos os parceiros estão livres de infecções e utilizam proteção, o sexo durante a menstruação não traz riscos adicionais e pode até oferecer benefícios à mulher.
Durante esse período, o aumento hormonal pode ter um efeito prazeroso para a mulher, que também pode ficar mais sensível, facilitando a excitação e sensibilidade.
Além disso, há benefícios como a facilidade de lubrificação devido ao sangue, a liberação de hormônios da felicidade que promovem bem-estar, relaxamento e diminuição das dores.
Há ainda o movimento do útero durante o orgasmo, que ajuda a expulsar o sangue menstrual e encurtar o período menstrual. No entanto, é importante lembrar que o uso de proteção é fundamental para evitar a transmissão de IST’s.
Para casais que possuem alguns receios, vale a prática em lugares como o chuveiro, ou utilizando toalhas na cama. Isso pode incentivar a confiança e ajudar na realização segura e higiênica do ato.
Fonte: UOL
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