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Sonda da Nasa atinge asteroide em teste pioneiro de desvio de trajetória

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Os asteroides são corpos rochosos e metálicos que têm uma órbita definida ao redor do sol. Ultimamente, vários deles que são grandes passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação.

Pensando nisso, a NASA lançou uma sonda espacial em uma longa jornada para a autodestruição. A missão chamada “Teste de Redirecionamento de Asteróide Duplo (DART)” enviou uma espaçonave que viajou até se chocar contra um asteroide.

Essa sonda finalmente atingiu o asteroide na segunda-feira dessa semana. O teste foi feito para saber a capacidade de desviar a rota de corpos celestes que, hipoteticamente, poderiam entrar em rota com a Terra no futuro. Embora a NASA informe que não existe ameaça desse tipo conhecida ao nosso planeta.

Desviar rota

G1

O teste aconteceu a aproximadamente 11 milhões de quilômetros da Terra. A sonda da agência espacial colidiu com a lua Dimorphos, que orbita um asteroide um pouco maior chamado de Didymos.

De acordo com a NASA, o sistema Dimorphos/Didymos não oferecia risco ao nosso planeta. Ele foi escolhido por ser relativamente perto e dar a possibilidade de monitorar se a mudança de trajetória foi atingida.

Para essa missão, a NASA investiu 330 milhões de dólares. Mesmo gastando tanto, a agência afirmou que não existe chance nenhuma de qualquer um dos asteroides representar um perigo para a Terra agora ou no futuro.

Ainda de acordo com a agência, o impacto feito pela sonda deve criar somente uma cratera em dezenas de metros de largura e lançará um milhão de quilos de rocha e poeira no espaço.

“Essa missão não vai destruir o asteroide. Não vai transformá-lo em um monte de cacos”, disse Nancy Chabot, cientista planetária que administra a iniciativa.

De acordo com Thiago Signorini Gonçalves, professor de astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o destino escolhido é apenas uma “questão de conveniência”.

“É um asteroide que fica relativamente próximo à Terra. Como o objetivo da missão é, em particular, testar a possibilidade de efetivamente desviar a órbita de um asteroide, é importante poder acompanhar a órbita posterior. Se fosse um asteroide muito distante, seria difícil fazer este acompanhamento”, explicou ele.

Asteroide alvo

G1

O asteroide escolhido como alvo dessa missão foi o chamado Dimorphos. Ele está a aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros da Terra. Ele é bem pequeno, tendo cerca de 160 metros de diâmetro, e está do lado de um outro asteroide maior, o Didymos, que tem 780 metros.

De acordo com Gonçalves, o tamanho do Dimorphos é comum para asteroides encontrados em nosso sistema solar. Entretanto, ao mesmo tempo, ele poderia causar um estrago bem grande se estivesse em uma rota de colisão com a Terra.

“É uma oportunidade boa de conseguir acompanhar o efeito de um objeto que seria efetivamente o alvo de uma missão caso isso fosse realmente necessário, se a gente tivesse que desviar um asteroide”, disse.

O Didymos foi descoberto em 1996, e por ele girar muito rápido, os cientistas acreditam que ele deslocou o material do qual formou sua lua, Dimorphos, que está orbitando a menos de 1,2 quilômetros de distância.

Contudo, com o sucesso dessa missão da NASA, uma cratera deve ser feita na Dimorphos e isso pode resultar na primeira chuva de meteoros criada artificialmente pelo homem.

“A colisão deve gerar uma cratera de aproximadamente 10 metros nesse segundo componente do sistema binário, no asteroide menor, e esse material vai ser levantado. É possível que isso gere uma nova chuva de meteoros que poderá ser vista da Terra”, explicou o astrônomo.

Sonda

A sonda usada na missão é do tamanho de uma geladeira e pesa aproximadamente 570 quilos. Ela é equipada somente com uma câmera, que é usada para navegar, selecionar o alvo e registrar a ação.

Contudo, a alguns milhares de quilômetros da sonda estava o satélite LICIACube, que gravou impacto dela com o asteroide. Esse satélite tem duas câmeras para coletar imagens únicas da superfície do asteroide, além de detritos ejetados da cratera recém formada. Mesmo assim, a ESA, a agência espacial europeia, ressalta que não se deve esperar um vídeo detalhado dessa explosão.

Fonte: G1

Imagens: G1

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