Por 
Marte é um dos planetas mais explorados em nosso sistema solar, sendo o único a receber robôs da NASA com o objetivo de aprimorar a análise de campo. O quarto planeta do nosso sistema solar é, depois da Terra, o mais popular. Além disso, o sonho de colonizá-lo é alimentado quase que desde quando sua exploração começou.
Por conta disso que explorações são sempre feitas. Agora, os cientistas podem ter uma ideia de como a curvatura do planeta aparece graças à sonda orbital Mars Odyssey 2001, da NASA. Ela completou o seu 22° ano em Marte e tem como objetivo ter uma visão mais ampla da atmosfera marciana.
Essa sonda captou 10 imagens panorâmicas que mostram a paisagem curva do Planeta Vermelho abaixo das camadas transparentes das nuvens e poeira, que estão em uma altitude de aproximadamente 400 quilômetros, que é a mesma da Estação Espacial Internacional em cima do nosso planeta.
Registro
Galileu
“Se houvesse astronautas em órbita sobre Marte, esta é a perspectiva que eles teriam. Nenhuma espaçonave de Marte teve esse tipo de visão antes”, disse Jonathon Hill, líder de operações da câmera THEMIS da Odissey.
De acordo com a NASA, o motivo dessa visão nunca ter sido vista antes é por conta do processo de captação da imagem. Isso porque para fazer as fotos foram preciso três meses de preparação e planejamento dos engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, e da Lockheed Martin Space, que construiu Odyssey e colidera as operações diárias.
A câmera do Odyssey tem uma sensibilidade ao infravermelho, o que lhe dá a possibilidade de mapear gelo, rocha, areia e poeira, e também as mudanças de temperatura na superfície do planeta. Por conta disso que os pesquisadores conseguiram ver onde essas camadas de nuvens de água gelada e poeira estão com relação às outras e se existe uma ou várias empilhadas.
Marte
Dentre todos os sonhos envolvendo o Planeta Vermlho, voar nele com certeza é um dos mais sonhados. Nesse ponto, a espaçonave Mars Express faz o mapeamento de Marte há anos e agora deu a visão mais próxima via uma animação feita com milhares de imagens do planeta que foram capturadas por suas câmeras.
E um dos locais mais impressionantes do planeta é o chamado Noctis Labyrinthus, latim para “Labirinto da Noite”. Ele fica entre os Valles Marineris de Marte e os gigantescos vulcões do Bulge Tharsis.
O local é um sistema de vales de quase 1.200 quilômetros. E para ter o resultado como seria um voo por esse local, os cientistas combinaram as imagens obtidas pelo Mars Express da ESA.
Esse voo sobre o Noctis Labyrinthus é uma verdadeira viagem no tempo. Isso porque nele, os planaltos mais altos representam o nível da superfície original. Ou seja, é possível imaginar como era antes de toda a atividade tectônica e antes dos pedaços da superfície caírem.
E mesmo que no vídeo os vales e desfiladeiros, criados pelas tensões vulcânicas, pareçam pequenos, na realidade ele tem até 30 quilômetros de largura e seis de profundidade.
Além deles, outras encostas e vales têm grandes campos de dunas que se formaram quando os ventos marcianos sopraram areia através da superfície. Em outras palavras, o viaduto dá uma ideia do que aconteceu em milhões de anos de história geológica.
Por mais que o vídeo pareça uma coisa única, ele é composto por várias imagens individuais. Ao todo, foram mais de oito órbitas que o Mars Express deu em Marte. E além das imagens, os pesquisadores as combinaram com informações topográficas de um modelo digital do terreno.
Isso fez com que ficasse mais fácil para a equipe de visualização gerar uma paisagem tridimensional. Nela, cada segundo do vídeo tem 50 quadros que foram separados e renderizados conforme um caminho de câmera pré-definido.
O vídeo não mostra somente a história antiga do terreno de Marte, como também um pouco da história do Mars Express.
Fonte: Galileu, Science alert
Comentários