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Tai Chi diminui severidade do Parkinson, descobrem cientistas

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Infelizmente, estamos expostos a diversos tipos de doenças no decorrer da vida. A doença de Parkinson é um desses males que podem nos atingir. Ela é caracterizada pela lenta deterioração do cérebro devido ao acúmulo de alfa-sinucleína. Essa é uma proteína que danifica os neurônios. Isso leva a movimentos lentos e bastante rígidos que muitas pessoas já associam à doença.

Mesmo sabendo um pouco sobre essa doença, ela ainda tem vários mistérios que a circundam, sendo um deles a sua própria explicação. Justamente por isso que estudos são feitos para descobrir não somente a causa do Parkinson, mas também formas de tratá-lo.

Uma das coisas que demonstrou trazer benefícios para a saúde, como por exemplo, melhora do equilíbrio, diminuição da ansiedade e prevenção de doenças cardiovasculares, foi a arte marcial centenária: o tai chi. E um estudo mostrou que ele também é capaz de diminuir a gravidade dos sintomas do Parkinson a longo prazo.

Estudo

Correio braziliense

Para o estudo, os pesquisadores recrutaram pessoas com a doença de Parkinson esporádica, que é um tipo que não é herdado de alguém da família. O estudo focou nesse tipo para conseguirem analisar os benefícios do tai chi exclusivamente na doença.

Por conta disso que os pesquisadores não fizeram o estudo com participantes que tinham outros problemas de saúde que pudessem impedir que eles fizessem as aulas de tai chi.

Então, os participantes foram separados em dois grupos. Um de 187 pessoas, como o grupo de controle, que não fizeram os exercícios. E outro de 143, que fizeram aulas de tai chi. A idade média dos participantes era de 66 anos e o número de pessoas do sexo feminino e masculino era igual.

Além disso, todos os participantes do estudo estavam no estágio inicial do Parkinson, tendo sido diagnosticados, em média, no máximo há quatro anos. O que mostrava que qualquer mudança nos sintomas nos dois grupos poderia ser atribuída ao tai chi.

Sintomas do Parkinson

The conversation

No decorrer do estudo, de 2016 a 2018, os que tiveram aula de tai chi tiveram cinco aulas. Além disso, eles foram instruídos a treinar duas vezes por semana por uma hora. E todos os participantes foram acompanhados, de 2019 a 2021, para terem seus sintomas monitorados.

Como resultado, aqueles que tiveram aulas de tai chi tivera uma função motora melhor no fim do estudo. Enquanto isso, o grupo de controle, que não fez aulas, teve um declínio mais rápido nas funções motoras.

Além disso, o grupo de controle também tomou mais remédios para o Parkinson para controlar os sintomas da doença no decorrer do estudo quando comparados aos que fizeram aulas de tai chi. Isso mostrou que o tai chi teve um efeito protetor com relação à progressão da doença.

Os benefícios do tai chi foram vistos também nos sintomas não motores. Tanto é que o grupo que fez as aulas disse ter uma qualidade de vida e um bem-estar maior, um sono melhor e terem tido benefícios na memória e no pensamento.

Como os remédios atuais que tratam e controlam o Parkinson não atrasam a progressão da doença ou previnem o agravamento dos sintomas, ter a possibilidade de uma terapia complementar acessível e eficaz é bastante benéfico.

Observações

Avanzar

Mesmo que os resultados tenham sido positivos, o estudo enfrentou algumas limitações. A primeira foi que os grupos não foram randomizados, já que o padrão dos ensaios clínicos é randomizar os participantes em grupos para que seja evitado a introdução de preconceitos no estudo.

Por isso que os participantes para esse estudo podem ter sido colocados em determinado grupo por conta da sua motivação para praticar exercícios ou outros fatores de estilo de vida.

Outra limitação do estudo é que alguns participantes foram recrutados para fazer parte do grupo de controle por razões práticas, como por exemplo, conflitos de trabalho e localização.

Por conta disso que os investigadores pontuam que são necessários estudos de acompanhamento maiores e que usem a aleatorização para evitar vieses.

Fonte: Science alert

Imagens: Correio braziliense, The conversation, Avanzar

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