Curiosidades

Terra está à beira do abismo, diz secretário geral da ONU

0

Com o passar dos anos, a temperatura média da Terra tem sofrido altas terríveis. Todos os anos vemos notícias, e esse ano estamos sentindo ainda mais as ondas de calor. Tanto é que, nessa terça-feira, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou que 2023 foi o ano mais quente já registrado.

Por conta disso, António Guterres, secretário-geral da ONU, reforçou a urgência da situação climática do mundo. Na visão dele, a Terra está “à beira do abismo”. Para se ter ideia, ano passado, de acordo com a OMM, as médias de temperatura ficaram 1,45ºC acima dos níveis pré-industriais. Isso quer dizer que aconteceu um aumento de 12% com relação ao recorde anterior que era de 2016.

A situação é preocupante e o relatório da OMM pontua que a crise climática é um desafio primordial para a humanidade. E como se a situação já não fosse ruim o bastante, a OMM também previu uma probabilidade alta de que 2024 estabeleça um novo recorde.

Abismo da Terra

Olhar digital

Segundo o relatório climático de 2023, os fenômenos climáticos extremos e suas consequências devastadoras vão se intensificar cada vez mais. Além disso, ele também mostrou recordes negativos, como a menor extensão de gelo marinho antártico e as maiores perdas glaciais que já foram registradas. Isso mostra o impacto que o aquecimento global teve nos ecossistemas polares da Terra.

E outros impactos foram citados, como por exemplo,  ondas de calor, secas, inundações e incêndios florestais mais intensos que afetam de forma negativa a vida de milhões e causam prejuízos econômicos. Por conta disso que a OMM ressalta que são necessárias ações urgentes contra as mudanças climáticas.

Mais um impacto causado pela mudança climática foi o aumento da insegurança alimentar e deslocamento populacional. Segundo a OMM, cada vez mais cresce o número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda.

Felizmente, nem tudo são coisas negativas. A OMM pontuou um aumento no uso de energias renováveis. De acordo com ela, houve um crescimento de 50% na capacidade de geração de energia renovável ano passado e existe um grande potencial de expansão até o fim da década.

Mas o relatório dá ênfase na necessidade de aumentar o financiamento para ações climáticas, principalmente em investimentos relacionados com o clima da Terra.

Possível futuro

RFI

A temperatura não é uma questão somente para a Terra. Até porque, existe um limite de aquecimento e umidade que o corpo humano suporta antes de ter problemas de saúde, como por exemplo, insolação e ataque cardíaco.

Claro que isso é uma questão muito importante de ser compreendida. Justamente por isso que pesquisadores simularam aumentos da temperatura global de 1,5ºC a 4ºC, no pior cenário, com a intenção de compreender quais regiões da Terra o calor e a umidade poderiam ultrapassar esses limites.

O estudo foi feito de forma colaborativa entre a Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade da Pensilvânia (Penn State), Universidade de Purdue e o Instituto para um Futuro Sustentável, da Purdue, nos Estados Unidos.

As temperaturas que ultrapassaram a tolerância humana já foram vistas limitadamente e por poucas horas no Oriente Médio e no sudeste asiático. Essas mesmas regiões têm o potencial para sofrer ondas de calor com alta umidade, o que é ainda mais perigoso.

Isso porque, como o ar não absorve esse excesso de umidade, a evaporação do suor do corpo e a umidade de objetos como climatizadores têm sua eficiência diminuída. Além disso, a velocidade do vento e radiação solar também são alguns fatores importantes nesse ponto, sem contar o acesso e as maneiras de atenuar os efeitos do calor nos países de baixa renda.

O pior de tudo é que mesmo que os países menos ricos gerem menos emissões de gases de efeito estufa do que as nações mais ricas, será neles onde irá acontecer o pior estresse climático.

“Como resultado, bilhões de pessoas pobres sofrerão e muitas poderão morrer. Mas as nações ricas também sofrerão com esse calor e, neste mundo interconectado, todos podem esperar ser afetados negativamente de alguma forma”, disse Matthew Huber, professor de Ciências da Terra, atmosféricas e planetárias na Universidade de Purdue.

Fonte: Olhar digital, Um só planeta

Imagens: Olhar digital, RFI

Conheça a droga que mantém pilotos de avião acordados por 64 horas

Artigo anterior

Nokia 3310, o celular clássico pode ganhar nova geração, segundo teaser

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido