Curiosidades

Teste sanguíneo para ansiedade é criado por cientistas

0

Felizmente, hoje em dia, tem se falado cada vez mais sobre distúrbios mentais, depressão e ansiedade. O que é bom por trazer esses assuntos para o foco é incentivar as pessoas a procurarem ajuda o quanto antes. A ansiedade, por exemplo, tem sido cada vez mais comum entre as pessoas e vem se tornando um problema de saúde pública.

Muitas pessoas podem pensar que a ansiedade é conferir o celular várias vezes à espera de novas mensagens, ficar preocupado com um compromisso importante no final de semana, ou não conseguir dormir pensando na prova que você irá fazer no outro dia. Mas, na verdade, a ansiedade vai muito além disso.

O Transtorno de Ansiedade acontece quando não existem motivos aparentes para se sentir angustiado o tempo todo. E isso chega em um ponto que acaba interferindo na vida e saúde da pessoa.

Ansiedade

Conexa

Justamente por isso que ser diagnosticado pode ajudar muito as pessoas. Pensando nisso, pesquisadores criaram um exame de sangue que consegue mostrar o risco que alguém tem de desenvolver ansiedade. Além disso, esse teste sanguíneo também dá informações a respeito da gravidade dela e qual seria o melhor tratamento para ela fazer.

Esse teste é baseado em biomarcadores que são relacionados com o transtorno de humor, por conta disso ele também consegue prever se uma pessoa tem a probabilidade de ficar mais ansiosa no futuro e como fatores como as mudanças de hormônios podem alterar sua ansiedade.

Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Indiana lideraram uma equipe que validou esse exame de sangue. Agora, a startup MindX Sciences está criando os testes para que os médicos possam usar.

“Muitas pessoas sofrem de ansiedade, que pode ser muito incapacitante e interferir na vida diária. E ter algo objetivo como este, onde podemos saber qual é o estado atual de alguém, bem como seu risco futuro e quais opções de tratamento correspondem ao seu perfil, é muito poderoso para ajudar as pessoas”, disse o neurocientista psiquiátrico Alexander Niculescu, da Escola de Medicina da Universidade de Indiana.

Diagnóstico

Saúde para neurodiversos

Nesse estudo, os pesquisadores usaram técnicas que outros membros da equipe já tinham desenvolvido anteriormente tendo e mente a criação de um exame de sangue que detectasse outras condições, como por exemplo, dor, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno bipolar.

E como os diagnósticos para ansiedade dependem muito do relato das próprias pessoas e observação de comportamentos, isso faz com que eles sejam difíceis por conta de dificuldades na comunicação entre paciente e médico ou então pela variação dos sintomas de pessoa para pessoa.

Justamente por isso que conseguir medir a quantidade de determinada proteína, enzima, hormônio ou alguma outra molécula relacionada com a ansiedade dá aos médicos e especialistas mais uma forma de tomar uma decisão assertiva sobre o paciente.

Estudo

Sindhosfil,

No caso da ansiedade, para conseguir identificar esses biomarcadores, Niculescu e sua equipe analisaram pacientes do Indianapolis VA Medical Center. Para isso, eles os dividiram em três grupos.

O primeiro foi chamado de grupo de descoberta de biomarcadores. Ele tinha 58 pessoas, sendo 41 homens e 17 mulheres. Todos eles tiveram o nível de ansiedade mudando, pelo menos, uma vez entre as visitas. Com esse grupo os pesquisadores conseguiram procurar os possíveis biomarcadores que poderiam estar relacionados com a mudança na ansiedade.

Com isso, eles testaram os principais biomarcadores no segundo grupo, feito de 40 pessoas, 32 homens e oito mulheres. O grupo chamado de grupo de validação de biomarcador garantiu que os biomarcadores conseguissem prever as mudanças na ansiedade de uma forma precisa e confiável.

Depois disso, com esses biomarcadores validados, eles foram usado para conseguir prever a ansiedade clinicamente grave e estados de alta ansiedade no terceiro grupo. O grupo era feito de 161 homens e 36 mulheres.

Como resultado desses testes, os pesquisadores descobriram 19 biomarcadores que ajudam a prever as mudanças na ansiedade.

“A abordagem atual é conversar com as pessoas sobre como elas se sentem para ver se podem tomar medicamentos, mas alguns medicamentos podem causar dependência e criar mais problemas. Queríamos ver se nossa abordagem para identificar biomarcadores sanguíneos poderia nos ajudar a associar as pessoas aos medicamentos existentes que funcionariam melhor e poderiam ser uma escolha não viciante”, pontuou Niculescu.

“Isso é algo que pode ser um teste de painel como parte das visitas regulares de bem-estar de um paciente para avaliar sua saúde mental ao longo do tempo e prevenir qualquer sofrimento futuro. A prevenção é melhor a longo prazo”, concluiu ele.

Fonte: Science alert

Imagens: Conexa, Sindhosfil, Saúde para neurodiversos

Essa é a razão pela qual a turbulência pode piorar durante o voo

Artigo anterior

A sua percepção do tempo é moldada por seu batimento cardíaco, mostra estudo

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido