Curiosidades

Testículos de elefantes podem apontar caminhos para combate ao câncer

0

O câncer talvez seja uma das doenças mais temidas pelo mundo inteiro. Ele é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado, maligno, de células. Quando ele não é tratado, esse crescimento exagerado celular pode levar à morte.

Felizmente existem tratamentos contra o câncer, mas infelizmente não são todos os tipos da doença que podem ser combatidos. Mesmo assim, poder combater alguns tipos já é uma grande conquista e pesquisadores não param seus estudos para cada vez descobrirem mais possíveis tratamentos.

Como por exemplo, um estudo que mostrou que a multiplicação do gene TP53, que codifica a proteína supressora de tumor p53, nos elefantes evoluiu para conseguir estabilizar o DNA nas células espermáticas.

Embora essa multiplicação não evoluiu propriamente para combater o câncer, os elefantes podem mostrar um caminho contra essa doença para os pesquisadores. E esse caminho pode estar nos testículos desses mamíferos gigantes.

“Os elefantes estão nos fornecendo um sistema único para estudar a evolução de uma poderosa defesa contra danos ao DNA e para explorar as complexidades e detalhes do complexo p53 em nossas próprias lutas contra o câncer, o envelhecimento e até mesmo a saúde reprodutiva masculina”, disse Fritz Vollrath, autor do estudo e professor do Departamento de Biologia da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Proteína anticâncer

Viva saúde

A proteína p53 é conhecida pela sua capacidade de detectar e desabilitar o DNA que está danificado no momento da divisão celular. Fazendo isso, ela evita as mutações, como por exemplo, as que causam câncer, se espalhem. E como os tumores malignos se desenvolvem a partir da divisão celular sem controle, e os animais maiores vivem mais, isso é um indicativo de que eles têm uma propensão maior de desenvolver câncer do que os animais menores.

Contudo, esse não é o caso visto nos elefantes. E isso tem até um nome: Paradoxo de Peto. De acordo com Vollrath, os elefantes são um modelo para explorar as implicações desse paradoxo. Não somente porque eles são grande, mas porque têm o gene TP53 que é codificador do p53.

Sabendo disso, Vollrath fez uma combinação do comportamento, da ecologia e evolução desses mamíferos gigantes e chegou à hipótese de que os genes TP53 deles evoluíram para ter um propósito relacionado com as células reprodutivas.

De acordo com o estudo, os genes poderiam ter evoluído para que a produção de esperma saudável sob temperaturas testiculares altas desses animais fosse facilitada.

Isso porque as temperaturas deles podem chegar a níveis que são perigosos para seu metabolismo, o que impossibilitaria a produção de um esperma saudável. E os elefantes também não conseguem descer seus testículos, eles ficam dentro do seu corpo.

Por tudo isso que Vollrath aponta que a proteína p53 age eliminando os espermatozoides que estão em desenvolvimento e já nascem com DNA danificado por causa do calor. E como esse gene tem 20 cópias nesses mamíferos, isso lhes dá várias modificações.

Em outras palavras, é como se eles tivessem uma caixa de ferramentas que inspecionasse e ampliasse a detecção de mutações em qualquer DNA, seja ele no esperma ou em células cancerígenas. “O estresse térmico na espermatogênese pode muito bem ser uma grande oportunidade para os genes saltadores promoverem adaptações”, conclui Vollrath.

Cura do câncer?

câncer

BBC

Como dito, tratamentos para vários tipos de câncer já existem e vários deles têm um bom resultado. No entanto, quando se fala sobre os quadros das pessoas com essa doença, diferencia-se quem está curado e quem tem o câncer em remissão. E qual a diferença dos dois?

Muitas pessoas confundem o que cada termo significa e muitas vezes os usam até como sinônimos. Contudo, cura e remissão são coisas diferentes, mesmo sendo expressões usadas nos resultados do tratamento contra o câncer.

Se o tratamento feito for bem sucedido, os médicos podem dizer que o tumor entrou em remissão, sendo ela completa ou parcial. E depois de alguns anos de terapia, eles podem dizer que o paciente teve a cura do câncer no momento em que não existem mais sinais ou riscos do tumor para o organismo.

De acordo com o National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos, um câncer está em remissão quando não existem mais vestígios ou sinais dele depois do paciente ter passado pelo tratamento oncológico e ter feito vários testes. Nesses casos, os médicos dizem que o paciente está em remissão completa.

No caso da remissão de um câncer, ela pode ser completa ou parcial. Quando ela é completa, assim como o nome indica, não existe mais nenhum sinal detectável do câncer no organismo do paciente. Contudo, essa remissão também pode ser parcial. Nesse caso, o câncer diminuiu ou parou de crescer por conta do tratamento. Em uma visão mais técnica, para que esse diagnóstico seja dado, o tumor ou as células cancerígenas precisam diminuir pelo menos 50% e não terem sinais de crescimento.

Fonte: Galileu,Terra

Imagens: Viva saúde, BBC

Fortuna de Elon Musk salta mais de US$ 11 bilhões em um dia, após Tesla entregar número recorde de veículos

Artigo anterior

Pesquisadores explicam raro caso de canibalismo entre mãe e bebê macaco

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido