Curiosidades

Vacina contra câncer de pele pode ser lançada em 2025, segundo Moderna

0

Uma das doenças mais temidas pelas pessoas, se não a mais, é o câncer. E quando esse conjunto de centenas de mutações patológicas com um crescimento de células anormal e fora do controle não é tratado, ele pode levar à morte. Como essa é uma doença que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, estudos sobre ela nunca param. Eles são feitos na tentativa de encontrar um tratamento ou até mesmo uma cura.

Assim como os estudos não param, felizmente, as descobertas também não. Como é o caso dessa vacina experimental contra o melanoma que foi desenvolvida pela farmacêutica Moderna. Além disso, a boa notícia é que essa vacina pode estar disponível em dois anos. Logicamente isso é um passo importante contra essa forma de câncer de pele.

Vacina

Estadão

Recentemente, os resultados vistos nos ensaios clínicos revelaram uma melhora nas chances de sobrevivência dos pacientes por conta dessa vacina da Moderna. O imunizante é feito com a tecnologia do RNA mensageiro.

Um estudo foi feito com 157 pessoas que tinham melanoma em estado avançado. Nelas, a vacina juntamente com o fármaco de imunoterapia Keytruda, do laboratório MSD, conseguiram diminuir em 49% o risco de morte dessas pessoas em um período de três anos.

O desenvolvimento dessa vacina já estava sendo feito há algum tempo. Tanto que em 2022, a Moderna tinha anunciado os resultados de acompanhamento que estava fazendo por dois anos. Nele, a diminuição dos riscos de morte tinham sido de 44%.

“A diferença na sobrevivência está crescendo. Quanto mais passa o tempo, mais se vê essa vantagem. Temos uma a cada duas pessoas que sobrevive, em comparação com o melhor produto do mercado, o que, em oncologia, é enorme”, disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna.

Passos futuros

Istoé dinheiro

Com esses resultados positivos, o próximo passo da Moderna é fazer um estudo mais amplo com a vacina em 2024. Para isso, aproximadamente mil pessoas devem participar da fase 3 dos testes. Com isso, o processo de autorização para a vacina pode ser acelerado.

E se preparando para esse lançamento, a Moderna está construindo uma fábrica nova em Massachusetts para conseguir prover um fornecimento grande, o que é u fator exigido pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA).

Outro ponto que se espera é combinar a vacina contra o câncer com “biópsias líquidas”, que são testes inovadores capazes de detectarem sinais de tumores através da análise do sangue e começaram a ser disponibilizados nos EUA.

Além da Moderna, empresas como a BioNTech também trabalham em vacinas terapêuticas individualizadas contra o câncer. O que é ótimo porque, somente em 2020 foram registrados 325 mil novos casos no mundo todo e 57 mil mortes por conta do câncer de pele. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são 8.980 casos e 1.832 mortes anualmente.

Câncer de pele

Folha PE

Claro que uma vacina é de extrema importância, mas isso não quer dizer que outras descobertas sejam menos importantes no combate ao câncer. Como por exemplo, o estudo feito pelos pesquisadores da Queen Mary University of London, na Inglaterra, descobriu uma nova proteína que é responsável por espalhar o melanoma, que é o tipo mais agressivo do câncer de pele.

A proteína se chama LAP1 e dá às células cancerígenas a possibilidade de elas mudarem o formato do seu núcleo. Isso faz com que elas fiquem aptas para migrar e se espalhar pra outros órgãos.

Agora com essa descoberta, os pesquisadores podem desenvolver novas tecnologias medicinais que sejam capazes de impedir que essas metástases surjam. Como consequência, as chances de o paciente ser curado desse câncer aumentam.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o melanoma representa somente 3% dos casos de câncer de pele no nosso país. Mesmo assim, ele provoca os piores prognósticos justamente por causa da sua gravidade e pela possibilidade alta de se espalhar para outros órgãos.

“Como o LAP1 é expresso em níveis tão altos nas células metastáticas, interferir nessa maquinaria molecular pode ter um grande impacto na disseminação do câncer. Atualmente, não há medicamentos que tenham como alvo o LAP1 diretamente, portanto, olhando para o futuro, gostaríamos de investigar maneiras de atingir o LAP1 e o envelope nuclear para ver se é possível bloquear esse mecanismo de progressão do melanoma”, disse Victoria Sanz-Moreno, professora de biologia da Queen Mary University of London e uma das responsáveis pelo estudo.

Mesmo que o melanoma represente apenas 3% dos casos, o câncer de pele é o tipo mais frequente no nosso país. Para se ter uma ideia, de acordo com o Inca, ele equivale a 30% dos diagnósticos da doença. E em todos os tipos, o espalhamento desse câncer através das metástases é a principal causa da morte dos pacientes. No entanto, em uma quantidade considerável dos casos, quando esse câncer é descoberto logo no começo, antes das metástases, a doença tem cura.

Em estudos anteriores já tinha se descoberto que determinadas proteínas são responsáveis por espalhar a doença pelo corpo. Agora, nesse novo estudo, a descoberta feita pelos pesquisadores foi que entre as proteínas, as células agressivas de melanoma abrigam altos níveis da LAP1.

Através da medição dos níveis de proteínas no tumor dos pacientes com melanoma, os pesquisadores viram que quando os níveis da LAP1 aumentavam, isso estava relacionado com um prognóstico ruim. Em outras palavras, um fim pior para o quadro de câncer.

Os pesquisadores tentaram então bloquear a produção dessa proteína nas células cancerígenas. Com isso, a capacidade de locomoção delas foi diminuída. Contudo, os pesquisadores ressaltaram que mesmo bloqueando a LAP1 isso não diminui o tumor e também não impede que a metástase surja. O que esse bloqueio faz é diminuir as chances do melanoma se espalhar.

Assim como tratar o câncer de pele, é muito importante preveni-lo. Para isso, existem algumas coisas que as pessoas podem fazer, como por exemplo, proteger-se do sol e evitar a exposição entre 10h e 16h; usar filtro solar e evitar os com FPS menor que 30 e passá-lo diariamente e não somente nas horas de laser; ficar atento aos fatores hereditários e sempre procurar um dermatologista para fazer um acompanhamento.

Fonte: Olhar digital, UOL

Imagens: Estadão, Istoé dinheiro, Folha PE

Helicóptero de Marte da NASA encontra destroços na superfície do planeta

Artigo anterior

Reino Unido irá ter carros autônomos a partir de 2026

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido