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Vacina para viver no espaço ajudaria astronautas e idosos

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Por vários anos, os humanos sonham em viver no espaço. E graças ao lançamento de uma estação espacial, as pessoas começaram a entendê-lo. O mais incrível é que essa ideia não passava de pura ficção científica décadas atrás. Contudo, algumas coisas são necessárias para que um ser humano consiga sobreviver fora da Terra.

Independentemente se a pessoa estiver na Terra ou no espaço, com o passar do tempo, os ossos e músculos do corpo vão enfraquecendo. No nosso planeta, isso acontece por causa do envelhecimento natural. Enquanto isso, no espaço, as condições das viagens que os astronautas são expostos também têm uma influência.

No entanto, os pesquisadores da Universidade da Flórida Central (EUA) e a empresa de biotecnologia Vaxxinity criaram vacinas que previnem e diminuem esse enfraquecimento.

Essa pesquisa em medicina espacial tem o objetivo de avaliar os efeitos das vacinas da Vaxxinity nas proteínas que influenciam o crescimento ósseo e muscular. O que eles pretendem é criar uma vacina que consiga diminuir a perda muscular ou ajudar na recuperação nos casos de lesão, imobilidade ou viagem para o espaço.

Vacina

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De acordo com Lou Reese, co-fundador e presidente executivo da Vaxxinity, os ensaios clínicos das vacinas podem começar ano que vem. Na visão da Universidade da Flórida Central, que tem uma tradição em apoiar o programa espacial, esse estudo em medicina espacial é uma forma de trazer benefícios para os idosos na Terra e também para os futuros viajantes do espaço.

Uma vacina que seja capaz de prevenir ou diminuir a deterioração óssea e muscular é essencial para a exploração espacial. De acordo com Melanie Coathup, esse estudo pode abrir novas oportunidades para soluções inovadoras e superar as barreiras da exploração do espaço.

Para se ter uma ideia, hoje em dia, os astronautas se exercitam duas horas por dia com o objetivo de combater a deterioração óssea e muscular no espaço. Isso é necessário porque, conforme um estudo de 2022 descobriu, os astronautas sofrem uma perda óssea significativa nos voos espaciais que duram seis meses. Essa perda é parecida com a que os idosos sofrem em 20 anos na Terra.

Por isso que Michal Masternak ressalta a importância de descobertas que beneficiem tanto os astronautas como as pessoas na Terra. Ainda de acordo com ele, o estudo de como o corpo se comporta em ambientes extremos, como o espaço, pode dar respostas mais rápidas para os problemas que as pessoas enfrentam no nosso planeta.

Segundo Lou Reese, a empresa irá ajudar a humanidade na preparação para enfrentar o futuro e criará soluções para as viagens para o espaço e também para um envelhecimento saudável.

Espaço

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Viver no espaço tem suas dificuldades, uma delas é a microgravidade. Tanto é que um estudo está tentando entender o motivo pelo qual o corpo humano “enfraquece” depois que entra em um local com microgravidade. Prova disso é que a saúde dos astronautas tem sido problema principal no planejamento de viagens espaciais muito longas.

O estudo foi feito pelo Instituto Karolinska, na Suécia, e mostra que o efeito causado pela microgravidade no sistema imunológico dos astronautas pode ser bastante significativo. Isso foi visto através de simulações, com oito pessoas, em um ambiente de imersão a seco por 21 dias.

Essa imersão foi feita em uma instalação especial que, por mais que não use água, o corpo das pessoas fica parcialmente ou completamente imerso em uma estrutura com partículas pequenas, como grãos de areia. Assim, os participantes puderam experimentar uma sensação de leveza e simular as mudanças fisiológicas que acontecem com os astronautas no espaço.

“Para que os astronautas possam realizar missões espaciais seguras, precisamos de compreender como os seus sistemas imunológicos são afetados para tentar encontrar formas de contrariar as alterações prejudiciais”, disse Lisa Westerberg, líder do estudo e principal investigadora do Departamento de Microbiologia, Tumor e Biologia Celular do Instituto Karolinska.

Feito o experimento, os pesquisadores analisaram amostras de sangue dos participantes, antes e depois do experimento. Com isso, eles viram mudanças nos dados genéticos relacionadas às células T, conhecidas também como linfócitos T. Eles são responsáveis pelas funções imunológicas.

Depois de ficarem duas semanas em imersão a seco, as mudanças foram mais significativas porque eles começaram e ter células “menos maduras”. De acordo com o estudo, essas células diminuem o risco de vários problemas, como por exemplo, células infectadas e cancerígenas. Então, quando a atividade delas é diminuída, as pessoas podem ter um risco maior de doenças autoimunes, infecções e outros problemas de saúde.

Portanto, os pesquisadores acreditam que seu estudo irá influenciar de forma positiva a segurança e saúde dos astronautas nas próximas missões ao espaço. “Os próximos passos da exploração do espaço profundo são missões tripuladas à Lua e a Marte. Para missões espaciais seguras para os membros da tripulação, é importante compreender o impacto do voo espacial no sistema imunológico. Estes dados sugerem que as células T se adaptam religando os seus transcriptomas em resposta à ausência de peso simulada e que os sinais de remodelação persistem quando reexpostos à gravidade normal”, pontuou o estudo.

Fonte: Olhar digital,  Tecmundo

Imagens: Olhar digital

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