A longevidade aumentou significativamente nas últimas décadas. Os avanços na área da tecnologia e saúde garantem uma vida mais longa e com melhores condições, mas essa expectativa de vida parece não ser a mesma para todos. Isso porque, de acordo com o novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), viver mais tem uma relação com onde a pessoa nasceu, com uma diferença de até 33 anos entre os países com os maiores e menores índices.
Conforme o relatório, fatores determinantes para a saúde das pessoas são moradia, acesso à educação, emprego digno e serviços públicos e infelizmente a desigualdade ainda é vista tanto nos países ricos como nos pobres.
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Ainda segundo o documento, quem tem uma menor expectativa de vida são as pessoas que vivem em uma situação de desvantagem social ou passam por alguma discriminação, como no caso dos indígenas. Além disso, as crianças que nascem nos países de baixa renda também tem 13 vezes mais chances de morrer antes dos cinco anos em comparação com as que nascem em países ricos.
Outro ponto mostrado pelo relatório da OMS é que os compromissos feitos em 2008 para diminuir as diferenças na saúde até 2040 estão longe de serem alcançados. Tanto que, de acordo com os cálculos da organização, praticamente dois milhões de vidas infantis poderiam ser salvas por anos se existisse uma igualdade entre os mais ricos e mais pobres nos países de baixa e média renda.
Por conta de todo esse cenário e relação entre viver mais depender de onde a pessoa nasceu, a OMS apela por ações urgentes e coordenadas para diminuir a desigualdade econômica, aumentar o acesso universal a serviços públicos de qualidade e enfrentar as causas estruturais da desigualdade.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Agência Difusão