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5 pontos mais criticados da adaptação americana de Death Note

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Adaptações cinematográficas não são novidades para ninguém. Quem nunca esperou ansiosamente para ver sua saga de livros favorita ganhar espaço nas telas dos cinemas? Fizemos contagem regressiva para cada filme de Harry Potter e Jogos Vorazes, sempre chamamos os amigos mais próximos para fazer uma maratona intensa de Senhor dos Aneis. E quando a Disney anuncia algum live action de alguma de suas antigas animações? Nos sentimos dentro de um conto de fadas!

Mas a Netflix não foi feliz em sua adaptação do mangá e anime Death Note, de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, no Rotten Tomatoes o longa tem apenas 26% de aprovação. E vale lembrar que a adaptação americana de Ghost in the Shell também não agradou muito os fãs da obra clássica. E nem precisamos citar o desatre de Dragon Ball Evolution. Será que o erro é realmente ocidentais quererem trabalhar em cima do material asiático? Não podemos concluir isso analisando apenas esses casos. Mas aqui vão alguns dos aspectos mais odiados pelos espectadores em Death Note.

1 – O encontro de Light e Ryuk

A cena do encontro de Ryuk e Light virou um meme na internet assim que o filme foi lançado. No anime, o protagonista da história realmente se assusta com a aparência assustadora do shinigami, mas assim que esse primeiro espanto passa ele afirma já esperar o visitante. Mas também: que tipo de pessoa acha que encontraria um caderno que pode matar pessoas e ele não viria com algum ser sobrenatural junto? Na versão da Netflix, Light Turner começa a gritar e pedir por socorro. O que é pior: essa reação ou a atuação absurdamente exagerada de Nat Wolff?

2 – Nada discretos

A trama de Death Note gira em torno do suspense e da investigação de L, e se Yagami Light será descoberto. Todo episódio é como uma partida de xadrez em que os dois personagens analisam as possíveis estratégias de seu oponente tentando adivinhar se é um momento melhor para se resguardar ou se expôr um pouco. Ao tomar posse do Death Note, o primeiro problema de Light é esconder o caderno, pois ele sabe que fazer justiça com as próprias mãos é moralmente condenável pela maioria das pessoas, já no filme da Netflix ele revela a existência do caderno a Mia, uma garota que até então ele não tinha a menor intimidade. Quanto a L, no anime ele resolveu vários dos maiores casos que precisaram de um detetive, mas nenhum de seus aliados sabia de sua localização ou aparência. Foram necessários vários episódios até o grupo da polícia japonesa se reduzir a poucos que ganharam a confiança de L e viram a sua face. É compreensível que alguns eventos são mais rápidos por conta da duração do longa metragem, mas o detetive se expõe muito desde o começo da narrativa.

3 – Personalidades

Na obra original, Light e L são definidos como infantis que odeiam perder, mas apesar da infantilidade, ambos são muito inteligentes e bons estrategistas. Mas essas características fundamentais dos personagens se perderam no longa da Netflix. De fato, Yagami Light perde o controle sobre si mesmo em algumas situações, como no blefe de L ao mostrar Lind L. Taylor na TV, e progressivamente o personagem tem momentos de controle e outros em que ele passa por dificuldades para manter em sigilo que é o Kira. Mas Light Turner é apenas um adolescente completamente instável e que deixa as suas emoções falarem mais alto, o que o coloca em vários problemas. Já L, além de se expôr demais, se mostra tão prepotente e desesperado quando surge o problema com Watari. Mia é mais dedicada ao objetivo de criar um novo mundo do que o próprio Light, enquanto Amane Misa é apenas loucamente apaixonada pelo Kira e quer ajudá-lo como forma de gratidão por ter vingado seus pais. E Ryuk, o shinigami, apenas estava entediado e queria ver o que poderia acontecer se o Death Note caísse em mãos humanas. Ele é neutro: não apoia nem Light, nem L, enquanto no filme ele parecia ter como objetivo de existência passar o caderno para um humano causar o terror.

4 – Mortes

Death Note não é sobre mortes horríveis, ação e gore, e sim uma trama de suspense e investigação. Yagami Light determinou que utilizaria o ataque cardíaco como causa da morte dos criminosos para que eventualmente a sociedade percebesse que alguém era responsável por esses atos. E então, as pessoas começariam a se comportar e seguirem as leis para não morrerem nas mãos desse “novo deus”. É por conta disso que L consegue relacionar os crimes de Kira, ligar os horários das mortes a rotina das pessoas e chegando ao seu principal suspeito. Netflix, a gente sabe que você tem capacidade de criar mortes sangrentas e realistas, mas isso não tem nada a ver com a estratégia de Kira para criar um mundo melhor. Foram apenas algumas mortes em que as vítimas escreveram o nome do responsável, o que mostra que Light Turner nem mesmo esperou que as pessoas reconhecessem que existia alguém muito poderoso por trás dos acontecimentos e já se expôs.

5 – O que é a Justiça?

Se Death Note não é uma trama de ação e terror, o que é então? Durante o suspense e a investigação do detetive L (e futuramente Mello e Near), a grande pauta do roteiro é: o que é a justiça? Esse ponto chave da narrativa foi mostrado de forma muito rasa no filme. Light fraqueja a respeito de criar um novo mundo com o Death Note e chega a fraquejar no seu embate direto com L, o que não acontece com Yagami Light. O personagem do anime e do mangá tem convicção de que ele é uma pessoa boa e exemplar e digna de julgar os outros, enquanto o do filme tem suas próprias corrupções (por mais idiota que seja vender tarefa de casa para os colegas da escola). Já L reconhece que punir os criminosos com a morte também faz Kira ser um criminoso, e pelo menos isso foi mantido no filme.

Você gostou de Death Note da Netflix? Qual foi seu ponto favorito ou qual você mais detestou? E no fim das contas, quem você acredita que representa a justiça: L ou Light? Deixe sua opinião nos comentários!

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