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Conheça o gato que está vivo e morto ao mesmo tempo

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Calma, não se trata de nenhum fenômeno paranormal. É apenas física. Um físico austríaco chamado Erwin Schrödinger resolveu realizar uma experiência imaginária, na qual um gato, usado de cobaia, está vivo e morto ao mesmo tempo.

Parece loucura, mas é mecânica quântica, o ramo da física que estuda as partículas subatômicas. A intenção do físico ao postular a hipótese do gato vivo e morto era mostrar como o comportamento das partículas subatômicas parece nada lógico se aplicado a uma situação real e fácil de ser visualizada, como um gato preso numa caixa.

Na situação mostrada por ele, a vida do animal dependeria de partículas radioativas. Se essas partículas circulassem pela caixa, o gato morreria, em caso contrário, ele permaneceria vivo.

físico

De acordo com as leis do mundo subatômico, ambas as possibilidades podem acontecer ao mesmo tempo, deixando o animal simultaneamente vivo e morto.

Mas e se um cientista olhasse para dentro da caixa? Ele não veria nada de mais, apenas um gato, seja vivo ou morto. Isso porque, segundo a física quântica, se houvesse qualquer interferência, como uma fonte de luz usada para observar o fenômeno, as realidades paralelas do mundo subatômico entrariam em colapso e só veríamos uma delas.

Achou difícil entender tudo isso? Você não é o único, mesmo os melhores físicos têm esse problema. Como, por exemplo, o físico holandês Gerardus ’t Hooft, vencedor do Nobel de Física de 1999: “Esse exemplo mostra que ainda não entendemos as implicações mais profundas da mecânica quântica”.

Entendendo melhor a experiência

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Como já dissemos antes, para a física quântica, o animal pode estar vivo e morto ao mesmo tempo.  Por isso a caixa onde seria feita experiência de Schrödinger contém um recipiente com material radioativo e um contador Geiger, um aparelho detector de radiação.

Se esse material liberar partículas radioativas, o contador percebe sua presença e aciona um martelo, que, por sua vez, quebra um frasco de veneno.

Ou seja, há a probabilidades de ocorrência de uma dupla realidade, quando, na mesma fração de segundo, o frasco de veneno quebra e não quebra. Em um caso o gato aparece vivo, porque, nessa versão da realidade, nada foi detectado pelo contador Geiger

Em outro o gato pode aparecer morto, pois nessa outra versão do mesmo instante de tempo o contador Geiger detectou uma partícula e acionou o martelo.

Segundo Schrödinger, as duas realidades aconteceriam simultaneamente e o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo até que a caixa fosse aberta. A presença de um observador acabaria com dualidade e ele só poderia ver ou um gato vivo ou um gato morto.

A experiência hipotética fez com que Erwin Schrödinger se tornasse um dos cientistas que mais contribuíram para o desenvolvimento da mecânica quântica. O gato morto e vivo fez com que ele recebesse um prêmio Nobel em 1937.

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