Morrer afogado provavelmente é uma das coisas mais torturantes possíveis, e provavelmente ninguém espera passar por isso ao passar as férias numa praia ou se aventurar num mergulho num local paradisíaco. Seja por mergulhadores sem treinamento, maldição ou azar mesmo, o importante é que os locais a seguir são alguns dos mais perigosos do mundo para se nadar, o que faz deles péssimas escolhas para um mergulhinho:

Hanakapiai

Essa praia havaiana tem uma trilha de 3 km para acesso e não há salva-vidas ou algo do tipo por lá, e nem métodos de ajuda rápida, já que não há estrada que vá até a praia. As correntes marítimas do local são fortíssimas, e dão trabalho até pra nadadores experientes, já que não há barreiras de corais na praia e dá pra ser arrastado pro alto mar bem rápido.

A próxima praia mais perto do local fica a 10 km, o que não serve ajuda numa emergência, e o que faz dessa praia recordista em afogamentos. Há cruzes e marcas deixadas para cada morte, e há mais de 80 dessas marcações espalhadas pela ilha, além de 15 corpos jamais encontrados. Como você pode imaginar, não é um lugar recomendado para turistas.

The Strid

O rio inglês Wharfe tem uma pequena passagem conhecida como The Strid (foto), uma vala que exige um pequeno passo longo para ultrapassar. Caminhantes desavisados podem achar se tratar de um curso d’água normal, mas por ser tão estreito, o pequeno canal tem uma passagem de água incrivelmente rápida e profunda, com pedras pontiagudas submersas, que podem prender ou cortar como lâminas e que lhe deram uma lenda tenebrosa: ninguém que caiu nessas águas saiu delas vivo.

Cachoeiras Kipu

Nesse local, em Kauai, é proibido nadar, por se tratar de uma propriedade privada. Mas, além disso, o grande problema são os afogamentos misteriosos que ocorrem no local, fazendo das cachoeiras um dos pontos com mais mortes acidentais do país.

Além disso, como as causas são estranhas – há relatos de observadores que presenciaram gente morrendo enquanto nadava normalmente, afundando rápido, como se puxadas, para emergir de volta mortas. Por isso, há que diga que o local é habitado por um mo’o, um espírito submarino reptiliano.

O sumidouro de Eagle’s Nest

Também conhecido como “o sumidouro perdido”, ele é chamado de “o Monte Everest do mergulho”. A nível do solo, parece não ser nada além de um lago comum, mas abaixo das águas há um sistema de cavernas subterrâneas com mais de 2 km, com câmaras maiores que um campo de futebol. Em seu ponto mais profundo, tem 94 metros de profundidade, e para nadar lá é preciso ter um certificado Trimix, que apenas mergulhadores profissionais têm.

Isso porque as pressões do local fazem com que equipamentos sejam necessários, já que abaixo de 46 a chance de descompressão e inconsciência é grande. Como o local é de difícil acesso e apenas bombeiros com o certificado podem fazer resgates, muitos mergulhadores experientes já morreram no local, que chegou a ser fechado pelo número de mortes entre 1999 e 2003.

Lago Ferradura

O Horseshoe Lake, na California, é usado para navegar, nadar, mergulhar, tomar Sol e até fazer piqueniques, além de ter trilhas, fazendo do extenso local um destino para viagens perfeito. Entretanto, tem mais de 100 acres de árvores mortas, resultado de uma série de pequenos terremotos que sofreu em 1989 e 90, que abriram fendas no solo, liberando dióxido de carbono e magma para a superfície.

Com isso, os níveis de gás tóxico na água e no ar do local são perigosos, e já mataram 4 homens, em geral nos pontos mais baixos do local, como a superfície do lago, buracos e depressões no chão irregular.

Rio Yenisei

Esse rio russo divide a Sibéria ocidental e oriental, sendo um dos maiores rios do mundo e tendo milhares de quilômetros, passando por inúmeras cidades e servindo como uma importante fonte de suprimento hídrico e elétrico, além da pesca realizada no curso d’água.

O problema é que essa ampla fonte de vida foi contaminada por radioatividade, quando uma uma bomba de plutônio enriquecido foi abandonada em seu fundo, fazendo com que isótopos radioativos fossem encontrados a centenas de km da fonte de radiação.

Apesar disso, as fábricas e governos insistem que não há perigo com a água, que é ingerida por mais de 64 mil pessoas, que agora sofrem de leucemia e outros tipos de câncer, deficiências congênitas e envenenamento, que as pessoas continuam adquirindo ao comer os peixes e beber da água do rio.

O fosso Samaesan

Conheço como “o poço negro da morte”, esse local, no Golfo Tailandês, foi nomeado de acordo com um vilarejo pesqueiro próximo, e tem 85 metros de profundidade. Além das fortes correntes subaquáticas, há diversos tanques petrolíferos na área e enguias, que não sofrem com a falta de luminosidade do local, que afeta os mergulhadores. Pra melhorar, a marinha dos EUA usa o local como um depósito para munição, deixando-o cheio de objetos que podem explodir, por um azar do destino.

Apesar disso, mergulhadores corajosos entram no local e enfrentaram coisas realmente bizarras, como computadores de mergulho falhando, luzes implodindo e outros equipamentos dando problemas estranhos.

Lago Borbulhante

O Bubbly Creek é uma ramificação do rio Chicago, e recebe esse nome pela alta carga de cadáveres de animais em decomposição, que são arrastados pelas correntes até lá e infectam a água com urina, sangue e pedaços de animais. Uma das poucas coisa vivas lá são sanguessugas, já que há mais de 3 metros de carcaças que chegaram até o seu solo.

Praia de Nova Smyrna

Esse local na Flórida tem vários peixes, e isso faz dela um ótimo buffet para animais que todo mundo adora: tubarões. Além disso, o local é famoso entre surfistas, o que lhe rendeu o nome de “capital internacional dos tubarões”. Cientistas estimam que qualquer pessoa nadando na área provavelmente estará a 3 metros de um tubarão. A praia registra mais ataques não-provocados de tubarões lá do que na Austrália e África do Sul juntas.

Mumbai

 

Como o sistema de saneamento péssimo da Índia, não é de se admirar que as praias da cidade tenham sido consideradas inapropriadas para banho. Com alto teor de esgoto, a costa é extremamente poluída, e afeta também os cursos de rios e lagos do país. Pra melhorar, moradores das favelas costumam jogar seu lixo diretamente no rio, o que não ajuda a reverter a situação.