Curiosidades

30 Coisas que você não sabia sobre “Cinderela”

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Cinderela é um dos contos de fadas mais populares da humanidade. Sua origem tem diferentes versões. A versão mais conhecida é a do escritor francês Charles Perrault, de 1697, baseada num conto italiano popular chamado La gatta cenerentola (“A gata borralheira”). A mais antiga é originária da China, por volta de 860 a.C.. Existe também a dos Irmãos Grimm, semelhante à de Charles Perrault.

Esse clássico da Disney agrada milhares de crianças até os dias atuais. Nós da Fatos Desconhecidos reunimos para vocês 30 curiosidades sobre esse clássico imortalizado pelos estúdios Disney. Conheça:

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1. Apesar de o conhecermos como Príncipe Encantado, na verdade nós nunca ouvimos o nome do príncipe de Cinderela.

2. Walt Disney disse que a sua cena favorita de animação é a hora em que Cinderela se transforma em princesa.

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3. Existem cerca de 3000 versões do mito de Cinderela. Quase toda cultura ao redor do mundo tem uma: ela é conhecida como “Ye Shen” na China, “Tattercoats” na Inglaterra, e “Mareouckla” para os eslavos.

4. A história de Cinderela é um dos contos-de-fada mais antigos do mundo: versões diferentes aparecem ao redor do mundo, da Ásia à s culturas Nativo Americanas. Quando os escritores da Disney se aproximaram dessa adorada história, eles mantiveram seus temas atemporais: uma jovem garota vestida em andrajos e forçada a trabalhar de servente por sua malvada madrasta; um baile; um príncipe encantado; uma fada madrinha. Eles então adicionaram ratos, pássaros e outros animais, cujas aventuras divertidas são incorporadas com talento à história principal. O resultado foi um dos maiores sucessos do estúdio.

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5. Cinderela foi o primeiro filme Disney de seu tipo desde Bambi (1942). Devido aos problemas financeiros relacionados à crise durante a Segunda Guerra, Walt se viu obrigado a produzir longas-metragens de forma mais rápida e econômica. Assim, filmes elaborados com apenas uma narrativa como Branca de Neve e os Sete Anões(1937) e Pinóquio (1940) deram lugar a filmes de natureza fragmentada, ou seja, diversos curtas unidos formando um longa-metragem.

6. Walt Disney teve seu primeiro contato com a história de Cinderela em 1922, quando sua pequena empresa de animação chamada Laugh-O-Grams produziu uma versão modernizada do conto na forma de um curta-metragem mudo. Em 1933, a história foi novamente considerada por Disney, dessa vez para ser produzida como um desenho da série Sinfonias Ingênuas (Silly Symphonies).

Apesar de alguns desenhos conceituais terem sido produzidos, o curta-metragem não saiu das pranchetas. Após o lançamento de Branca de Neve e os Sete Anões em 1937, Walt tentou reviver o projeto, desta vez em forma de longa-metragem. Vários membros da equipe escreveram tratamentos começando no final dos anos 30 e, no final de 1943, Disney deu sua benção para um “plano de ação geral” para a produção do filme, com Dick Huemer e Joe Grant como supervisores de história (e um baixo orçamento de apenas um milhão de dólares). O trabalho que se seguiu não foi além da preparação dos storyboards.

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7. Walt achou que a história de ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS seria um projeto melhor para representar a grande volta do seu estúdio aos longa-metragens, mas seu irmão Roy Disney achou que CINDERELA teria maior apelo com o grande público.

8. Disney promoveu ao menos três encontros sobre CINDERELA em março e abril de 1946, mas não foi até o próximo ano que o filme começou a se fixar nos planos do estúdio. Ted Sears, Homer Brightman, e Harry Reeves escreveram um tratamento datando 24 de março de 1947, e por volta de maio, um primeiro rascunho dos storyboards estava em processo. No começo de 1948, CINDERELA tinha tomado o lugar de ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e estava firme na linha de produção para ser o primeiro novo longa-metragem Disney desde BAMBI.

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9. Um dos motivos da história de Cinderela ter sido escolhida para produção foi sua similaridade com a de Branca de Neve, uma fórmula que já havia provado ser de grande sucesso com o público anos antes. O retorno ao gênero do conto-de-fada também significaria um maior desafio para os artistas Disney inventarem novos ângulos para uma fábula conhecida.

10. Sendo o primeiro longa-metragem verdadeiro do estúdio desde BAMBI (1942), Walt Disney acompanhou todos os estágios da produção de CINDERELA. O filme era um movimento arriscado para o estúdio, e isso significava que nenhum dinheiro poderia ser gasto em vão e que cada cena tinha que ser extremamente bem planejada antes de ser aprovada para a animação. Para evitar erros, todo o filme foi desenhado em storyboards e depois filmado com atores reais para que os artistas pudessem inspirar seu trabalho nessas gravações. Frank Thomas disse que essas filmagens “ajudavam Walt a ver o que ele estava obtendo antes de gastar seu dinheiro no filme”.

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11. Começando na primavera de 1948, atores eram filmados trabalhando com um playback da trilha dos diálogos, e esse filme era exibido para Disney, Wilfred Jackson disse, para “dar a ele uma noção da personalidade que nós estávamos tentando atingir nos personagens”. Essa referência em live-action se diferenciava do live-action filmado antes da guerra; seu propósito não era melhorar a animação, mas apenas controla-la e, acima de tudo, diminuir seus custos. Os animadores se sentiram altamente restritos pelos ampliados quadros fotostáticos que eles tinham que usar como guia. “Não havia nada imaginativo, nenhuma cena que começava dentro de você,” disse o animador Frank Thomas, “porque Walt tinha que encontrar um modo mais barato de fazer o filme”.

12. De acordo com Marc Daves, um dos supervisores de animação do filme, cerca de 90% do filme foi filmado com atores reais antes de ser animado. Apenas as cenas com os animais não foram filmadas previamente.

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13. CINDERELA foi o filme mais planejado que o estúdio já havia feito. A história estava escrita em detalhes, os personagens foram desenvolvidos cuidadosamente, todos baseados na estrutura da história, e o relacionamento vilão-vítima era um dos melhores a aparecer em um filme Disney.

14. Escrevendo no report anual do estúdio em 1947, Walt Disney mostrou genuíno entusiasmo por CINDERELA, expressando-o através de uma comparação com um filme anterior: “Desde BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES, eu tenho tido a vontade de fazer um desenho animado em longa-metragem que possuísse todas as qualidades de entretenimento daquele filme e tivesse o mesmo apelo mundial. Eu acho que nós temos esse filme atualmente em produção. É CINDERELA.”

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15. Durante parte da produção de CINDERELA, Walt Disney se encontrava na Inglaterra supervisionando as filmagens de A ILHA DO TESOURO (1950). Os três diretores de CINDERELA – Wilfred Jackson, Gerry Geronimi e Ham Luske – se comunicavam com Disney constantemente. Não havia encontros no estúdio, mas sim o envio de memorandos, scripts, desenhos, storyboards e das gravações da trilha sonora. Algumas vezes o trabalho prosseguia quando ele não respondia, e então tinha de ser desfeito quando ele finalmente respondia.

16. O desafio encontrado pela equipe Disney em CINDERELA era o mesmo encontrado por eles em BRANCA DE NEVE: ter personagens secundários e sequências divertidas o bastante para cercar este conto simples e familiar. As maiores invenções nessas linhas foram os amigos animais de Cinderela: os ratos Jaque e Tatá; os passarinhos; o cachorro Bruno; e seu inimigo coletivo, Lúcifer o gato. Através do filme, as ações dos humanos e dos animais são perfeitamente integradas, com uma cena levando à outra naturalmente.

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17. Durante as primeiras conferências de história, Walt comentou que ter os ratinhos usando roupas poderia ser divertido. Ele também imaginou que a platéia iria achar a personagem de Cinderela mais terna se eles vissem ela abrilhantando seus dias sombrios fazendo roupas para eles.

18. Ao contrário de Branca de Neve, Cinderela é uma heroína mais decidida e disposta a correr atrás de seus objetivos. Quando informada sobre o baile, ela faz questão de lembrar que também é parte da família e que tem tanto direito de ir quanto suas meias-irmãs.

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19. Ilene Woods venceu exatamente 309 garotas para o papel de Cinderela, depois que algumas canções demo do filme interpretadas por ela foram apresentadas a Walt Disney. Ilene não tinha nem idéia que estava sendo testada para o papel até Walt contrata-la; ela inicialmente apenas gravou as canções a pedido de alguns amigos compositores, que as enviaram para Walt sem avisa-la.

20. A animação da heroína Cinderela ficou a cargo do animador Marc Daves, que também viria a trabalhar em outras personagens femininas da Disney como Wendy de PETER PAN (1953) e a Princesa Aurora de A BELA ADORMECIDA (1959).

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21. A atriz Helene Stanley serviu como modelo real para a animação de Cinderela. Ela teria a mesma função alguns anos mais tarde, posando como a Princesa Aurora de A BELA ADORMECIDA (1959) e Anita Radcliff de 101 DÁLMATAS (1961).

22. O animador Frank Thomas, que ajudou a trazer a Sra. Tremaine à vida, comentou que ela foi uma das personagens mais realistas que ele já tinha feito. Sua vilania subta e elegante devia um monte à Eleanor Audley, a atriz que fazia a voz da personagem e atuava como seu modelo. Essa vilã tinha que ser “real” nas mentes dos espectadores porque Cinderela era tratada de modo tão realístico.

O Rei, o Duque e até mesmo a Fada Madrinha eram desenhados de maneira mais cartunesca que lhes permitiam maior gama de movimentos e caricatura. Para a madrasta ser mais sinistra, ela tinha que ser mais súbta em sua atuação, que restringia o modo que ela era desenhada, mas se enquadrava bem à personagem.

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23. Uma das características mais interessantes da relação entre Cinderela e a madrasta é que a Sra. Tremaine é a única vilã a viver ao lado de sua vítima dia-a-dia. A Rainha de BRANCA DE NEVE apenas assistia a ação da janela e nunca era vista com a heroína. Já a madrasta fazia a maior parte de seu trabalho sujo diante dos olhos de Cinderela, o que dava aos animadores a oportunidade de mostrar reações na face da protagonista às crueldades, a rejeição, o cinismo, o ódio e as mentiras.

24. Eleanor Audley foi a voz da Sra. Tremaine em CINDERELA. Ela voltaria a emprestar sua voz para uma vilã Disney em A BELA ADORMECIDA (1959), quando interpretou Malévola, a rainha de todo o mal.

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25. O animador Ward Kimball disse que achou a inspiração para o gato Lúcifer no próprio quintal. “Um gato gordo, grande e preguiçoso” que se aproveitava de qualquer chance para fazer todo o mundo se acomodar a seus pés. Ward imediatamente viu maior entretenimento em um mimado e desumano desordeiro do que num gato comum com fome de ratos.

26. Para ajudar a animar a carruagem de Cinderela em perspectiva, um modelo tridimensional da mesma foi construída.

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27. Mary Blair trabalhou como uma artista de conceitos de arte nos estúdios Disney para filmes animados e live-action entre 1939 e 1953. Walt admirava seu ousado senso de design e seu imaginativo uso de cor. Mary Blair foi fundamental na tarefa de definir a aproximação visual dos cenários, personagens e cores de CINDERELA.

28. Uma das decisões artísticas foi que todos os cenários, interiores ou exteriores, deveriam ser desenhados de forma exagerada, como pode ser visto nas portas e janelas da mansão da família Tremaine.

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29. CINDERELA foi o primeiro filme tradicional do estúdio no qual Walt procurou fora do time de compositores do estúdio por uma completa trilha de canções. Al Hoffman, Mack David, e Jerry Livingston acabaram sendo os responsáveis pela cativante trilha sonora.

30. Com CINDERELA, Walt Disney esperava retornar aos longas animados em uma base anual, uma agenda que ele descobriu que poderia manter, mas por apenas um curto período de tempo. 

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