Ciência e Tecnologia

5 mentiras sobre o cérebro que muita gente acredita

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Você já ouviu aquela famosa história de que a gente só usa 10% de nosso cérebro? Bom, isto não é verdade; é um mito que se tornou ainda mais discutido depois de ganhar um filme blockbuster sobre o assunto. Os mitos nascem assim: uma ideia disseminada por aí (leia-se, na internet) parece ser tão verdadeira que logo se torna um fato comprovado.

Claro, algumas ideias são bem antigas, baseadas em costumes e ideias que são passadas de geração por geração, como os velhos hábitos de família. De qualquer forma, muitas delas são falsas, e podem até mudar a forma como você pensa o cérebro humano. Confira aqui uma lista de cinco mentiras que muita gente acredita sobre o cérebro humano e, se tiver coragem, aproveite para ver a imagem que pode “estragá-lo” completamente! Vale a pena (mais ou menos).

5 – Apenas 10%? Não

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A ideia de se tornar um gênio ao bater todo o potencial do cérebro é bastante atraente, e até já inspirou algumas grandes produções como o recente Lucy e Limitless. Mas, na verdade, “nós já usamos praticamente todas as partes do cérebro, e a maior parte dele está ativa o tempo todo”, afirmou o neurocientistas Barry Gordon para a Scientific American, em 2008. Dependendo da atividade que estamos realizando, por exempo, na hora de descansar, uma porcentagem menor é usada.

4 – Diferentes estilos de aprendizagem

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A ideia de que um aprendiz visual aprende mais (ou melhor) enquanto observa imagens, ao passo que um aprendiz auditivo absorve mais o que ouve é bastante popular – tanto que 76% dos professores no Reino Unido possuem tal abordagem de ensino. De qualquer forma, não há muito evidência científica que suporte este ideia. Como Christian Jarrett escreveu para a Wired “o que muitas vezes acontece é que ambos os grupos têm melhor desempenho quando ensinados por um estilo particular”. Isto faz sentido porque, embora cada um de nós sejamos únicos, geralmente a forma mais eficaz de aprendizado não é baseada em nossas preferências individuais, mas sim na natureza do material que está sendo utilizado.

3 – Lado esquerdo, direito… não é bem assim

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O hemisfério esquerdo do cérebro controla o movimento do lado direito do corpo (e vice-versa). Ele também também é mais especializado do que o direito para processar linguagem (em destros) – mas só relativamente (palavra importante aqui).

A ideia de que as pessoas se dividem entre “lado esquerdo” e “lado direito” do cérebro não é exatamente verdade. “No geral, as habilidades matemáticas e lógicas surgem de um processo que ocorre em ambos os hemisférios”, diz a neurocientista cognitiva Kara D. Federmeier para a NPR. “Este padrão, em que ambos os hemisférios do cérebro realizam contribuições criticas se mantêm na maioria das habilidades cognitivas. É preciso os dois hemisférios para ser lógico – e o mesmo vale para ser criativo”. Além da interferência, um hemisfério pode até compensar danos no outro.

2 – Álcool faz mal ao cérebro… só se for muito

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Fique tranquilo; beber socialmente não vai matar as células do seu cérebro. Você vai ter que beber muito para que isto aconteça. Para os adultos, um ou dois copos de vinho por dia pode até proteger o cérebro, reduzindo o risco de acidente vascular cerebral. Por outro lado, anos de alcoolismo crônico pode sim matar os neurônios, de acordo com uma publicação da Society for Neuroscience. Mesmo assim, o álcool não precisa chegar ao ponto de matar os neurônios para fazer estragos. O consumo excessivo pode ter outros efeitos prejudiciais. O segredo é sempre moderação.

1 – É possível treinar o cérebro com aplicativos

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Você já viu? Aplicativos que prometem treinamento do cérebro estão por toda parte agora, mas os cientistas ainda estão muito céticos quanto a isto. Muitos pesquisadores estão especialmente preocupados com os aplicativos que prometem treinamentos que podem prevenir Alzheimer e doenças similares. Em outubro passado, dezenas de psicólogos e neurocientistas de todo o mundo ofereceram suas opiniões em uma carta aberta sobre a indústria. O consenso do grupo foi que, embora habilidades cognitivas cerebrais realmente possam ser estimuladas com tais aplicativos, não há nenhum impacto significativo, como eles prometem.

Fonte: Brain Decoder

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