História

7 eventos históricos que os países veem de maneiras diferentes

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Vocês já devem ter escutado por aí que a história é escrita pelos vencedores, certo? Mas e quando cada um conta a história de um jeito diferente? Ao longo dos séculos, o mundo foi marcado por conflitos, tratados internacionais e até ventos esportivos que podem ser contados de maneiras diferentes em cada lugar do mundo.

Bom, tendo em mente que nós aqui do Brasil aprendemos sobre história de um jeito, e em outros países do mundo o mesmo assunto pode ser ensinado de uma maneira completamente diferente, nós resolvemos fazer essa lista para vocês com alguns eventos históricos que são vistos por vários países de maneiras diferentes, confiram:

1 – Os alemães não estão nem aí para a Copa do Mundo de 1966

A final da Copa do Mundo de 1966 foi dispitada entre Alemanha e Inglaterra. Para os ingleses, a vitória sobre os alemães por 4 a 2 é algo memorável. Dizem que a Inglaterra foi beneficiada pelo bandeirinha. Haller abriu o placar para os alemães aos 12 minutos, e Hurst empatou aos 18. No segundo tempo, Peters virou para os ingleses aos 33, mas Weber, quase de carrinho, empatou aos 44 e levou a partida para a prorrogação. Aos 11 do 1º tempo, o oportunista Hurst mandou um balaço, a bola bateu no travessão, tocou no chão e voltou.

O alemão Hottges, de cabeça, mandou para fora, e os ingleses levantaram os braços pedindo gol. Na dúvida, o árbitro consultou o auxiliar, para quem a bola ultrapassou a linha, o que não aconteceu. Aos 15 do 2º tempo, quando houve até invasão de torcedores considerando a partida encerrada, Hurst, livre, fez o quarto gol.

Os britânicos louvam esse título e ainda consideram os alemães como amargos rivais. Porém, os alemães nem dão notícia que tal rivalidade existe. Os alemães que são fãs de futebol, tradicionalmente, odeiam os holandeses e olham para os ingleses como amigos. Aquele papo de que quem apanha nunca esquece, nesse caso, não mudou em nada.

2 – Os vietnamitas não vêem a Guerra do Vietnã como significativa, mas os americanos…

O envolvimento dos EUA no Vietnã foi uma catástrofe, cerca de 60 mil americanos morreram, juntamente com incontáveis vietnamitas. Nos EUA, essa guerra criou uma contracultura e foi marcante para muitas pessoas, mas no Vietnã as coisas são bem diferentes.

Mesmo que incontáveis vietnamitas tenham morrido, tal guerra não é tão marcante assim. Por que? Essa é apenas uma das guerras que aconteceu no Vietnã. Durante o século XX, eles foram invadidos pelos japoneses na 2º Guerra Mundial, lutaram contra os franceses assim que os japoneses deixaram o país, e logo que a “Guerra Americana”, como é conhecida por lá, terminou, eles tiveram que invadir o Camboja. Eles até entraram em uma guerra com a China em 1979. Bom, no meio de todas essas barbaridades, a famosa “Guerra do Vietnã” foi apenas mais um capítulo para o vietnamitas.

3 – Os britânicos vêem a saída da Índia como um sucesso, a Índia vê como um prelúdio para a catástrofe

Quando chegou a hora das antigas potências europeias desistirem de suas colônias, eles tiveram duas escolhas. Sair pacificamente ou começar uma guerra sangrenta. Os franceses geralmente escolhiam a segunda opção, já os britânicos escolhiam a primeira. Quando o império britânico se retirou da Índia, em comparação com outros registros, foi vista como um verdadeiro sucesso. Porém, na Índia e no Paquistão, alguns vêem isso um pouco diferente.

Os britânicos elaboraram as novas fronteiras que separaram a Índia hindo do Paquistão muçulmano, mas não as publicaram até um dia após a independência. Alguns dizem que erros como esse provocaram as chamas de violência, fazendo com que 15 milhões de pessoas fossem deslocadas e até dois milhões fossem mortas. Mesmo que os indianos não culpem os britânicos por isso, é difícil não pensar sobre a saída do império britânico e a chegada da nuvem negra pairando sobre eles.

4 – Os americanos pensam que derrotaram os japoneses, os russos pensam diferente

Embora exista um bom argumento a respeito de quem realmente pisoteou a Alemanha Nazista, os Aliados ou os Soviéticos, tendemos a não pensar que tais questões existem sobre o Japão Imperial. O final da Segunda Guerra Mundial viu as forças aliadas aplainarem o Japão, culminando nos atentados atômicos de Nagasaki e Hiroshima. O líder do Japão reuniu-se no dia do bombardeio de Nagasaki para discutir a rendição, e certamente, essa era uma vitória americana.

Mas as coisas não são bem assim, pois existe uma outra versão que diz que o real motivo pelo qual o Japão se rendeu foi porque a União Soviética decidiu se envolver. Stalin declarou guerra ao Japão em 8 de agosto de 1945, e na manhã de 9 de agosto, as tropas russas pisaram  nos japoneses na Manchúria e invadiram a ilha de Sakhalin. Em dez dias, eles estariam prontos para invadir Hokkaido, antes mesmo de bater no próprio Japão continental. Daí surgiu a rendição dos japoneses.

5 – Tanto os britânicos quando os alemães reivindicaram a vitória em Dunkirk

Os britânicos vêem essa batalha como um troféu. Churchill achava que 30 mil soldados britânicos fossem salvos, mas o número correto foi 330 mil. Enquanto quase 70 mil soldados britânicos foram mortos, quase 30 mil alemães morreram com eles. O que deveria ser uma humilhação da Grã-Bretanha, acabou sendo o momento em que a guerra começou a se voltar contra a Alemanha.

Porém, as coisas não eram tão claras na época. Incrivelmente, tanto os Aliados quanto o Eixo reivindicaram a batalha de Dunkirk, não só como uma vitória, mas como um troféu de glória que seria exemplo pelo resto da vida. O próprio Hitler descreveu Dunkirk como “a maior vitória alemã de todos os tempos”. Ao mesmo tempo, os britânicos anunciavam sua vitória.

6 – Os britânicos apenas se lembram da guerra revolucionária

Quem estuda nos EUA aprende muito sobre a Guerra Revolucionária. O século XVIII, na qual ocorreu a guerra entre as Treze Colônias foi quando os EUA “nasceram”. George III é o vilão e a independência é o final feliz. Nos anos seguintes, os britânicos podem ter passado de inimigos para amigos, mas certamente ninguém duvidou que fosse um grande negócio para ambas as nações.

Apesar de terem perdido uma de suas principais colônias, hoje em dia os britânicos não lamentam a Guerra Revolucionária. A verdade é que perder a guerra não foi um fracasso para os britânicos. Seu império continuou crescendo, e a Revolução Industrial continuou acontecendo. Para os ingleses, é ensinado que a Guerra Revolucionária foi um prelúdio para a Revolução Francesa, um evento muito mais próximo que afetou toda a Europa.

7 – Tanto os canadenses quanto os americanos acham que se saíram bem na guerra de 1812

Os EUA e o Canadá são como irmãos, os EUA é o irmão mais velho e o Canadá o irmão aventureiro e descontraído. Mas as coisas não eram assim em 1812, ano em os países estavam em lados opostos. A guerra foi uma verdadeira bagunça e inútil, e na verdade, não teve vitória para nenhum dos lados. Tanto o Canadá quanto os EUA celebram a Guerra de 1812 como o tempo em que eles “explodiram”.

Os americanos acham que tal guerra vencida foi uma maneira de mostrar aos britânicos que eles eram um país sério. Os canadenses tem orgulho de tal guerra por acharem que eles conseguiram provar ao irmão mais velho, os EUA, que eles conseguiram vencer a guerra. Os britânicos, os caras que governavam o Canadá, nem se lembram disso, eles estavam ocupados chutando a bunda de Napoleão.

E aí, já conheciam todas essas versões desses acontecimentos? Comentem!

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