História

7 métodos usados para descobrir se uma pessoa era bruxa

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Entre os séculos XV e XVIII, a Europa testemunhou milhares de atos punitivos de cunho religioso que ficaram conhecidos como “caça às bruxas”. Estamos falando de perseguições, principalmente vindas da Igreja Católica, que se baseavam em localizar e punir supostas bruxas que possivelmente praticavam rituais esotéricos.

Estima-se que nesse tempo, cerca de 40 a 100 mil execuções foram feitas por atos de bruxaria. A crença geral do povo achava que as bruxas e curandeiros recebiam auxílio de entidades sobrenaturais, como o Diabo, por exemplo.

Mas como era sabido que tais pessoas eram bruxas? Existiam alguns métodos usados para descobrir se uma pessoa era ou não bruxa. Quais eram? A gente mostra para vocês nessa matéria:

1 – Ser incapaz de chorar

O Malleus Maleficarum (“O Martelo das Bruxas”) foi um documento da era medieval que falava sobre as bruxas. Foi escrito em latim por dois monges alemães. Por muito tempo esse foi o livro mais vendido da Europa, perdendo apenas para Bíblia. Esse livro ensinava como conduzir julgamentos e punir bruxas.

O livro afirmava que as bruxas eram incapazes de derramar lágrimas reais quando eram colocadas diante de um juiz ou submetidas à tortura. Durante o período medieval, a falta de cuidados com a saúde e higiene pessoal indicavam que era comum os idosos sofrerem do que hoje chamamos de ductos lacrimais. Essa condição é uma infecção nos canais lacrimais que impedem o doente de derramar lágrimas. Naquele tempo, muitas mulheres idosas acabaram morrendo por não conseguirem chorar.

2 – O terceiro mamilo

Ter um animal de estimação era quase uma prova de que a pessoa era bruxa. As pessoas acreditavam que as bruxas matinham demônios em suas casas como animais de estimação, só que disfarçados de cães, gatos, insetos ou roedores. Qual a relação com o terceiro mamilo? Achava-se que as bruxas eram presenteadas pelo diabo com o terceiro mamilo para amamentar o animal.

A presença de uma toupeira, marca de pele ou marca de nascença incomum no corpo também era considerada prova de que a pessoa praticava feitiçaria e a alimentava dessa maneira.

3 – Sangramentos duvidosos

Quando uma pessoa era acusada de assassinato por feitiçaria, alguns testes eram feitos. Acreditava-se que a alma ainda residia no corpo logo após a morte e que o cadáver reagia de forma estranha na presença do assassino.

O acusado então tinha que chamar o nome da pessoa morta, andar em volta do cadáver e tocar as feridas do corpo. Caso surgisse “sangue novo”, o corpo se movesse ou começasse a espumar pela boca, o suspeito seria considerado culpado.

Porém, o que eles não sabiam na época era que existe um fluído que sai do nosso corpo quando morremos. Essa substância é bem parecida com sangue e sai do corpo durante a putrefação. Os cadáveres também podem se contorcer levemente, expelir o conteúdo de suas entranhas ou até mesmo parecer “gemer” logo após a morte.

4 – Pesando pessoas “sem alma”

As pessoas acreditavam que as almas são fardos pesados e como uma bruxa não tinha uma, ela seria significativamente mais leve que uma mulher inocente. A pessoa então ficava de um lado da balança e pesos de ferro ficariam do outro. As mulheres com o peso adequado recebiam até um certificado para provar sua inocência.

Em Aylesbury, na Inglaterra, era comum despir uma mulher e pesá-la contra uma Bíblia pesada encadernada em ferro. Se a balança não se equilibrasse, a mulher seria condenada por ser bruxa. Em outros lugares da Europa, as mulheres seriam pesadas contra pilhas de Bíblias.

5 –  O “banquinho ducking”

O banquinho ducking foi o método mais difundido e confiável para saber se uma pessoa era bruxa. A acusada de bruxaria era arrastada para um rio ou lago, despida e amarrada. Então, era arremessada para ver se flutuava na água. A premissa era de que se flutuasse era bruxa. Mas se não não flutuasse, ela iria se afogar.

Os caçadores de bruxas acreditavam que isso funcionaria por diferentes razões. Alguns pensavam que as bruxas flutuariam automaticamente para o topo da água, porque haviam renunciado ao batismo como rejeição de Deus. Outros acreditavam que as bruxas podiam usar seus poderes mágicos para flutuar até o topo e impedir o afogamento.

6 – Visgossar

Vocês já ouviram falar desse termo? Também conhecido como visgosse, era um testemunho de crianças durante os processos de bruxaria que foram realizados durante a grande era turbulenta na Suécia, na segunda metade dos anos 1600. Os meninos eram chamados de “pescadores” apenas porque podiam “mostrar” quais mulheres eram bruxas. Esses “pescadores” eram geralmente meninos ultrajantes e órfãos que viam uma oportunidade de ganhar dinheiro.

Essas crianças diziam que tinham o poder de identificar a marca do diabo. Depois de um culto na igreja era comum os meninos apontarem para algumas mulheres e acusá-las de serem bruxas. Essas pessoas acusadas muitas vezes eram executadas alguns dias depois.

Mas ser um vigossar também tinha seus perigos. Vários deles foram encontrados espancados até a morte pelas famílias das pessoas que tinham sido acusadas.

7 – O teste da picada

O teste da picada de bruxa também foi muito usado em tempos antigos. O acusado ficava nu e tinha todo o seu corpo raspado, da cabeça aos pés. Uma pessoa então procuraria a marca do diabo, picando todo o corpo da vítima com uma agulha grossa.

Acreditava-se que haveria um local que não sangraria nem causaria dor, prova do pacto com o Tinhoso. Naquele tempo, muitas mulheres acabavam confessando para acabar com a humilhação.

Mas e você, sabia de todos esses métodos que eram usados para saber se uma pessoa é bruxa ou não? Comente!

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