Curiosidades

A apatia na depressão pode ser vista nos olhos

0

Muito se diz que os olhos são a janela da alma. Isso porque, através deles é possível ver uma pessoa de uma forma mais sincera. E isso não tem um sentido apenas poético. Os olhos realmente mudam conforme a situação em sua frente. Por exemplo, em um sentimento de antecipação da recompensa, as pupilas dilatam. Contudo, ele é ausente nas pessoas que têm depressão clínica.

De acordo com um novo estudo, quanto mais sintomas de apatia as pessoas relatavam, menos suas pupilas dilatavam quando lhes era dado a oportunidade de ganhar um euro de recompensa.

“A reação reduzida da pupila foi particularmente perceptível em pacientes que não conseguiam mais sentir prazer e relataram perda de energia”, disse Andy Brendler, primeiro autor do estudo.

Estudo

Science alert

A dilatação da pupila é parte da resposta do sistema nervoso ao estresse ou excitação, e acontece quando parte do tronco cerebral conhecida como locus coeruleus produz o neurotransmissor norepinefrina.

No entanto, nas pessoas com depressão que têm anedonia, que são sentimentos de embotamento emocional e falta de alegria, a pupila não dilata. Isso pode sugerir que o circuito de recompensa no cérebro está afetado.

“Esta descoberta ajuda-nos a compreender melhor os mecanismos fisiológicos por detrás da apatia”, afirmou o autor sénior Victor Spoormaker, psicólogo e investigador do Instituto Max Planck de Psiquiatria, na Alemanha.

Nesse novo estudo, Brendler e sua equipe analisaram um grupo de 40 pessoas com depressão não medicada e 31 pessoas saudáveis fazendo três tarefas diferentes em um computador por 30 vezes. Enquanto as pessoas faziam isso, o tamanho da pupila delas foi medido através de um rastreador ocular dentro de uma máquina de ressonância magnética.

Em cada tarefa, a tela dava o sinal de que existia a possibilidade de recompensa financeira através de imagens. Depois disso, ela pedia que o participante respondesse depois de um flash de luz. No momento em que a pessoa estivesse mais rápida, era exibido na tela a recompensa de um euro.

Aproximadamente uma em cada dez pessoas no mundo sofre com depressão, contudo, não existem biomarcadores aprovados para essa doença. Por isso que o rastreamento ocular pode ser útil como teste clínico para que as pessoas possam ser classificadas em subgrupos ou então para fazer a análise da resposta delas ao tratamento.

Depressão

Saudebemestar

Engana-se quem pensa que existe apenas um tipo de depressão. Existem vários tons sob a tenda da doença.

Uma vez ou outra, todas as pessoas se sentem tristes ou solitárias quando enfrentam alguma perda, frustração ou alguma dificuldade. Mas quando essas sensações duram por um grande período e se mostram como obstáculos para que a pessoa viva uma vida normal, elas podem ser sintomas de depressão. Quando isso acontece, o indicado é procurar ajuda.

O ideal é que se procure ajuda psicológica ou psiquiátrica, ou os dois. Os profissionais vão conseguir avaliar e tratar os sintomas e a causa do problema específico de cada pessoa. Se a depressão for ignorada, ela pode piorar e se prolongar por meses, e até anos. Ela pode causar dores psicológicas ou até mesmo suicídio.

Por conta disso, é super importante identificar as sintomas. Mas infelizmente, a maior parte das pessoas que sofrem com depressão nunca se tratam ou então recebem o diagnóstico.

É claro que os sintomas não serão os mesmos para todos os casos. Mas eles podem incluir alguns desses, como por exemplo, dificuldade de concentração, tomar decisões, recordar detalhes específicos, cansaço frequente, se sentir desamparado, inútil, sentir culpa, ficar pessimista e sem esperança.

Além de problemas para dormir, dormir em excesso ou acordar cedo demais, ficar irritável, ter agitação, perder o interesse por coisas que gostava, que podem incluir sexo, falta de apetite ou comer em excesso, dores pelo corpo, dor de cabeça e/ou cãibras persistentes.

Também ter problemas de digestão que não melhoram ainda quando você se trata, estados de tristeza, ansiedade ou vazio persistentes e pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio.

Para diagnosticar a depressão, não existe um único teste que os especialistas façam para afirmar se a pessoa tem ou não depressão. Entretanto, existe um caminho para o diagnóstico que passa pelo histórico da pessoa e por um exame físico de um psiquiatra.

Para isso, o médico precisa saber quando a pessoa começou a ter os sintomas, quanto tempo os sintomas duraram ou se persistem, se são muito severos, se há histórico familiar de depressão ou outros distúrbios mentais, se a pessoa usa álcool ou drogas e se, em outras épocas, a pessoa já teve sintomas parecidos e como foi o tratamento.

Se o médico ver que não existem causas físicas para os sintomas que o paciente apresentou, é possível que ele prescreva um tratamento medicamentoso ou então encaminhe a pessoa para um psicólogo.

Além do tratamento com medicamentos, a psicoterapia junto com a psicologia mostram resultados excelentes para a maioria das pessoas.

Fonte: Science alert

Imagens: Science alert, Saudebemestar

Como usar as funções P e N corretamente no câmbio de um carro automático

Artigo anterior

Bactérias responsáveis pela acne foram mudadas geneticamente para tratá-la

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido