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Como usar as funções P e N corretamente no câmbio de um carro automático

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O carro moderno nasceu em 1886 quando Karl Benz patenteou seu Benz Patent-Motorwagen. E com o passar do tempo, os carros foram ficando cada vez mais modernos e se adaptando às necessidades novas, como por exemplo, o câmbio automático. Ele já é visto há algum tempo nos modelos intermediários e também nos topos de linha.

Mesmo ele estando presente em grande parte dos veículos vendidos no Brasil, muitos dos compradores nunca dirigiram um carro automático antes. Por conta disso, eles precisam se adaptar.

Nesse período de adaptação, algumas dúvidas surgem com relação ao uso correto do câmbio. Dentre elas, as principais são com relação a como usar o P (Park) e N (Neutral).

Essas duas funções são vistas no câmbio de todo carro automático e, geralmente, as pessoas pensam que a P é para “parar” ou “estacionar” e serve somente para quando o carro vai ser desligado, e a N é para ser usada da mesma forma que o ponto-morto nos carros a combustão. Contudo, isso está errado.

Saiba então usar os comandos P e N do câmbio do jeito certo e evite ter dores de cabeça e gastos desnecessários.

Usando o P de forma certa

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O comando P, de “park” ou “estacionar”, tem a função mais óbvia garantir que o carro pare por completo ao ser estacionado. O que muitos motoristas fazem é ignorar a situação certa para que essa marcha seja engatada.

Usar o P só é uma obrigação quando o carro for estacionado efetivamente em uma vaga. Então, a primeira coisa que o motorista deve fazer é acionar o freio de estacionamento, que é chamado de freio de mão, e depois colocar o câmbio na posição P para que assim o motor seja desligado.

Conforme explicou Edson Orikassa, da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, desligando o carro, o motor para a pressão do sistema hidráulico, e o câmbio na posição certa, no caso o P, desacopla, o que libera uma espécie de pino que trava as rodas motrizes.

Além disso, essa alavanca do P também é necessária para liberar determinadas funções de alguns modelos de carros, como por exemplo, abrir automaticamente o porta-malas ou o bocal de abastecimento de combustível.

Usando o N de forma certa

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O comando N, de “neutral”, ou ponto-morto, é o que gera mais dúvidas na cabeça dos motoristas que eram acostumados a dirigir carros de câmbio manual. Normalmente, o erro mais comum é pensar que a forma certa de usar esse comando é sempre que o carro estiver parado, independentemente de estar em um congestionamento ou em um semáforo.

Por mais que isso seja o certo nos carros manuais, nos modelos automáticos a realidade é outra. Abusar muito das trocas para o N pode gerar danos e prejuízos de manutenção.

Segundo Edson Orikassa, o certo é deixar o câmbio na posição D e o pé direito do freio. Assim, o sistema hidráulico continuará pressurizado e, quando o trânsito andar, ou o semáforo abrir, o carro irá sair com uma facilidade maior.

Carro automático

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Além disso, muitas pessoas têm dúvida se em um carro automático é possível fazer o motor “pegar no tranco”, como nos manuais, e não estragar a transmissão.

A resposta é sim, é possível. Contudo, essa prática traz riscos com ela. Para fazer um carro automático pegar no tranco, na falta de alternativas melhores, é preciso colocar o seletor no “N” e colocar no “D” ou “2”, quando o automóvel chegar a uma velocidade de cerca de 20 quilômetros por hora. Feito isso, o motor deve ligar.

É importante ressaltar que o câmbio nunca deve ser colocado na posição “P” com o carro em movimento, já que isso iria travar as rodas, tendo um grande potencial de causar danos. Quando o motorista coloca no “P”, um pino que trava o eixo que conecta o câmbio ao motor é acionado. Ele pode quebrar, além de estragar outros componentes como o sincronizador.

Mesmo que seja possível fazer o motor de um carro automático pegar no tranco, o mais recomendável é que essa prática seja evitada. Isso porque, além dos pontos já ditos, se a correia dentada arrebentar, os problemas podem ficar mais complicados.

Essa correia é responsável por sincronizar a abertura e o fechamento das válvulas e pode se romper se já estiver desgastada. E esse risco fica ainda maior se o “tranco” for muito forte.

Quando essa correia arrebenta, as válvulas ficam paradas, mas os pistões continuam em movimento. Por conta disso, o risco de uma ou mais delas acabar sendo atingida pelo pistão e enrolar é bem grande, ainda mais levando em consideração a taxa de compressão elevada vista nos motores de hoje em dia.

Se o motor for a diesel, a possibilidade de estragos é ainda maior, porque a taxa de compressão dele também é maior. Também existe o risco de danos a outras peças, como os pistões e as bielas. Caso isso aconteça, o motorista terá que fazer uma retífica do motor.

É importante ressaltar que esses danos podem acontecer tanto em carros manuais como nos automáticos.

Fonte: Canaltech, UOL

Imagens: Canaltech

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