A história do Met Gala

Vestidos extravagantes, estilistas famosos, inovações, conceito pré-definido, presença das pessoas mais famosas do mundo do entretenimento e da moda. Tudo isso faz parte do Met Gala, principal evento de moda, que é realizado anualmente no Metropolitan Museum of Arts, em Nova Iork. O tema do baile é sempre inspirado na exposição do Costume Institute e traz icônicas criações.

O evento conta com tapete vermelho para a exposição dos looks, tour pela exposição e um jantar formal. Para comprar ingressos para o evento é necessário desembolsar uma grande quantia, isso porque a festa é o local ideal para os designers exibirem seus trabalhos nos corpos de celebridades e modelos.

Porém, o Met Gala não é uma novidade, o evento existe há 72 anos. A partir de 1973, o evento beneficente adotou o formato atual. Apesar de ser tradicionalmente realizado na primeira segunda-feira de maio, em 2020 o evento foi cancelado devido à covid-19, já em 2021, foi adiado e realizado em setembro. A edição deste ano teve como tema “Na América: Um Léxico da Moda”. 

Origem do Met Gala

A história do Met Gala começa há quase um século, quando a produtora de teatro Irene Lewisohn e a cenógrafa Aline Bernstein realizaram o que é conhecido como base do Met’s Costume Institute. A ação mostrou uma coleção de figurinos para os designers de teatro usarem como inspiração.

Já em 1948, a publicitária de moda Eleanor Lambert, lançadora da New York Fashion Week, comandou o Costume Institute Benefit, um jantar à meia noite que logo se tornou a festa do ano.

A festa foi iniciada como uma forma de arrecadar fundos anuais para o Costume Institute, nesta época, nem sempre ocorria no Metropolitan Museum of Art. Chamado popularmente como The Met, é um dos museus mais visitados no mundo. Os jantares foram feitos em lugares como Waldorf Astoria, Central Park e Rainbow Room.

No entanto, o evento só começou a tomar a forma atual no início dos anos 1970, quando a ex-editora-chefe da Vogue, Diana Vreeland, ingressou no Costume Institute como consultora. Para auxiliar o Met a trazê-la, um grupo de amigos arrecadou dinheiro para poder financiar o salário por dois anos.

Após isso, Vreeland fez do evento algo inovador. Os convidados desciam de um elevador e eram recebidos em uma atmosfera semelhante à de um antro de ópio. Além disso, os manequins sem rostos tinham meias-calças cobrindo suas cabeças e músicas tocando no ambiente. 

Porém, os eventos não tinham tema até 1973, com a exposição “The World of Balenciaga”. Ela trabalhou com o Met até 1989 e produziu 14 shows antes de morrer.

Vreeland, conhecida por seus gastos extravagantes na Vogue, manteve a fama para o baile. Mesmo após sua morte, o baile continuou famoso. Durante os anos 90 tiveram exposições sobre Gianni Versace, Christian Dior e sobre Vreeland. Em 1996, o Met contou com a presença da princesa Diana, que vestiu Dior.

Met Gala: um dos maiores eventos de moda 

A nova história do Met Gala começou em 1995, quando Anna Wintour, editora-chefe da Vogue, tornou-se a presidente do evento. Já em 1999, quando assumiu a liderança atual, ela trouxe os recursos da Vogue para o evento.

A mudança do baile de dezembro para o começo do ano aconteceu depois do cancelamento de uma exposição da Chanel em 2001. Para substituir, foi mostrada a exposição “Jacqueline Kennedy: os anos da Casa Branca”.

Wintour, conhecida pela fama de ser fria e os curtos cabelos loiros, é reconhecida por mudar sempre a cara das revistas de moda. Além disso, sua fama é tão grande que ela foi inspiração para a personagem Miranda Priestly, de “O Diabo Veste Prada “(2006).

Com a administração de Wintour, a lista de convidados exclusivos começou a abraçar celebridades e a cultura popular. Assim, o evento começou a contar com a presença de atletas, modelos, atrizes, políticos e celebridades do momento.

A editora-chefe da Vogue transformou o MET Gala em um dos maiores eventos de moda, já tendo arrecadado cerca de US $ 125 milhões para o Costume Institute.  Devido a sua relevância, a partir de 2014, o Costume Institute foi renomeado como Anna Wintour Costume Center.

Fonte: Revista VLK, Prensa