História

A inventora da segurança de casas e bancos

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A norte-americana Marie Van Brittan Brown foi a responsável pela criação do primeiro sistema de segurança doméstico. Marie era enfermeira e realizava longas jornadas no trabalho e, por esse motivo, chegava tarde em casa. Seu marido, Albert Brown, que era eletricista, também não tinha horário fixo.

O medo que sentia em sua vizinhança na cidade de Nova York e a demora da polícia em responder aos chamados das vítimas levou a mulher a desenvolver um sistema de segurança próprio. Foi a insegurança em abrir a porta para desconhecidos que levou Marie a criar um sistema de câmeras na porta, que podia identificar quem estava lá. Albert, marido de Marie, também participou da invenção. A profissão de eletricista contribuiu para o desenvolvimento e execução do projeto.

O sistema de segurança

O sistema de segurança consistia em três olhos-mágicos instalados em diferentes alturas da porta de entrada da casa, uma câmera, um monitor e um microfone. Com um controle de rádio wireless, era possível instalar um monitor em qualquer lugar da casa e, consequentemente, assistir às imagens que passavam do lado de fora da residência.

Além disso, um botão de pânico acionava as autoridades de forma rápida e sem a necessidade do residente encontrar um telefone para fazer a ligação. Um controle remoto, por sua vez, permitia o destrave da porta sem que fosse necessário ir até a porta para receber o visitante.

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Em conjunto, esses equipamentos funcionavam como um sistema de circuito fechado de televisão para vigilância, conhecido atualmente pela sigla de CFTV. A partir desse sistema, o morador poderia capturar imagens de pessoas em diferentes alturas e ainda se comunicar com quem estava fora da casa. Considerando a onda de violência experimentada na região em que Marie morava, esse projeto foi pioneiro na segurança dela, do marido e dos dois filhos do casal.

O reconhecimento da invenção

Marie e o marido registraram a patente em 1 de agosto de 1966, sob o título “Home Security System Utilizing Television Surveillance”. O pedido foi aprovado em 2 de dezembro de 1969. Com a invenção, Brown ganhou reconhecimento e recebeu o prêmio do National Scientists Committee (Comitê Nacional de Cientista, em português). Além disso, seu projeto foi abordado no The New York Times em 6 de dezembro de 1969. Na ocasião, a mulher concedeu uma entrevista ao jornal.

Ela morreu em 1999, aos 76 anos, mas seu legado não parou de crescer e contribuir para a evolução do setor. A invenção da nova-iorquina chegou a ser citada em 32 pedidos de patente subsequentes. O projeto ainda é utilizado nos mais diversos locais e foi, inclusive, adaptado para a segurança de bancos. Empresas, escritórios e condomínios também utilizam da invenção.

Uma curiosidade é que, embora o sistema tenha sido desenvolvido para uso doméstico, ele também foi incorporado a programas de reality show. Normalmente, em realities os participantes são observados a todo momento e suas falas são registradas. Além disso, é costume que nesses programas existam um botão. No entanto, não se trata exatamente de um botão do pânico para chamar a polícia, mas sim para desistir de participar do reality.

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