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Alguns alimentos são amados por praticamente todas as pessoas. Um deles é o queijo. Hoje já existe uma variedade na forma de fazer esse produto, mas parece que nem mesmo os amantes do alimento têm noção das diversas maneiras que os queijos podem ser feitos e nem como um em específico é produzido.
Isso porque, recentemente o queijo parmesão causou uma grande discussão nas redes sociais porque as pessoas foram descobrindo como ele é produzido. Um dos pontos que surpreendeu as pessoas, principalmente os vegetarianos, é que o parmesão tem coalho animal, que é uma enzima derivada do revestimento do estômago doa animais. E para que se consiga esse coalho, o animal, por exemplo, cabras, bezerros ou cordeiros, tem que morrer.
Outro ponto é que o coalho é um ingrediente fundamental para a fabricação do queijo parmesão. Até porque é ele que ajuda a separar as partículas sólidas do teor de água visto no leite, o que por sua vez forma a coalhada.
Em teoria, o queijo parmesão deve ter leite de vaca, sal e coalho. Contudo, ele não é o único tipo de queijo que é feito com o coalho. Por exemplo, gorgonzola, gruyère, manchego, emmental, pecorino romano, mimolette, camembert, boucheron, vacherin e grana padano também o têm em sua fabricação.
Fabricação do queijo parmesão
UOL
O que causou toda a comoção nas redes sociais foi quando um usuário do Twitter postou seu choque quando ele descobriu como o parmesão é feito. Com isso, vários outros usuários também compartilharam a informação se mostrando surpresos e até mesmo cogitando parar de consumir esse tipo de queijo. “Isso é realmente nojento. Nunca mais quero queijo na minha vida”, comentou um usuário.
Dentre as sugestões para o usuário que fez o post original estava a de ele se tornar vegano para não apoiar a indústria de laticínios. Até porque, várias pessoas pontuam que ela é bem pior do que a indústria de carne.
Mas e quem gosta de queijo, mas é vegano ou vegetariano ou simplesmente não quer um queijo produzido com coalho animal, o que faz? Felizmente existem alternativas. Existe um coalho não animal e algumas marcas o usam. Normalmente, essas alternativas são feitas de plantas como alcachofras, cardo ou urtigas, ou então de levedura, fungos ou mofo.
Mesmo que elas existam é importante ressaltar que elas não podem ser chamadas oficialmente de queijo parmesão.
Consumo
Science alert
Mesmo que o processo de fabricação do parmesão tenha chocado as pessoas recentemente, o consumo do queijo e suas variações é uma coisa vista há tempos.
Como exemplo, vemos essa descoberta de que nossos ancestrais da Idade do Ferro já gostavam de consumir queijo azul e cerveja. O estudo mais detalhado dessas amostras de fezes que se recuperou das minas de sal Hallstatt-Dachstein / Salzkammergut, na Áustria, mostrou dois tipos de fungos. Foram eles o Penicillium roqueforti e Saccharomyces cerevisiae. Também se conhece esses fungos como levedura e cerveja.
Hoje em dia ainda se usa esses fungos na produção de queijo azul e cerveja. E foi isso que deu aos historiadores uma visão não somente do que nossos ancestrais comiam, como também do quão sofisticadas eram as técnicas de preparo dos alimentos e das bebidas.
“A análise de todo o genoma indica que ambos os fungos estavam envolvidos na fermentação de alimentos e fornecem a primeira evidência molecular para o consumo de queijo azul e cerveja durante a Idade do Ferro na Europa”, disse o microbiologista Frank Maixner, do Instituto de Pesquisa de Múmias Eurac na Itália.
Eles acreditam que a dieta desses europeus de antigamente era bastante fibrosa e rica em carboidratos, e que provavelmente se usava favas, frutas, nozes e produtos alimentícios de origem animal como suplementos à dieta principal.
Fonte: Mistérios do mundo, Science alert
Imagens: UOL, Science alert
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