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A NASA planeja construir casas na Lua que estariam prontas em menos de 20 anos

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A lua foi o único corpo do sistema solar onde os humanos já pisaram, mesmo assim não se descobriu tudo a respeito dela. Justamente por isso que várias missões são lançadas em sua direção. Saber mais sobre nosso satélite natural é essencial porque ele influencia em vários aspectos do nosso planeta, além de ser um local que os humanos querem colonizar há tempos.

Nesse ponto, a NASA anunciou um plano bastante ambicioso que pode mudar por completo o futuro da exploração espacial e até mesmo em que local os humanos irão morar.

Isso porque, a agência quer estabelecer residências na lua para norte-americanos até 2040. A iniciativa faz parte do programa Artemis e ela não representa somente um salto para a humanidade, como também um grande avanço na ciência e engenharia. E claro, isso também gera um interesse do mundo todo.

Casas na lua

Climatilogia geográfica

Claro que fazer esse sonho se tornar realidade não é uma coisa fácil. Por isso que a NASA está explorando formas inovadoras para usar o regolito lunar, que é uma camada de poeira, solo e rocha fragmentada, que cobre toda a superfície da lua.

Esse uso será feito através de técnicas de impressão 3D de ponta e sistemas robóticos. Com isso, a agência quer construir habitats que sejam capazes de suportar os desafios ambientais extremos da lua, como por exemplo, as temperatura, os impactos de micrometeoritos e radiação cósmica.

Nesse caso, não há um foguete de carga pesada. E o plano progressivo da NASA quer estabelecer uma presença sustentável na lua até cerca da década de 2020, sendo os primeiros passos habitats fundamentais e infraestrutura. Esses duas coisas são essenciais para alcançar o objetivo final, que é ter uma comunidade lunar que seja autossuficiente até 2040.

Desafios

Metro américas

Como dito, tornar esse sonho realidade não é uma coisa fácil. Por isso que essa missão não é algo somente da NASA. Em sua estratégia, a agência quer fazer missões contínuas, avanços tecnológicos e alianças com entidades internacionais.

Dentre todos os parceiros da agência, um essencial é a ICON, uma empresa de tecnologia da construção sediada em Austin, Texas. Desde 2020 essa empresa é financiada pela NASA para desenvolver um sistema de construção espacial que pode revolucionar a maneira como as construções no espaço são feitas.

Mesmo que esses avanços estejam sendo feitos, o sonho de colonizar a lua ou outros planetas tem vários desafios significativos. Como por exemplo, os riscos da radiação cósmica, a vida em microgravidade e a viabilidade econômica de manter os humanos em algum outro corpo celeste. Independente de tudo isso, tanto o setor público como o privado têm interesse em investir mais e mais na exploração espacial.

Estudo

Science alert

Como dito, os esforços para colonizar a lua e pesquisar mais a respeito do nosso satélite natural não param. Por exemplo, a NASA quer voltar os astronautas para lá em 2024 como parte do programa Artemis. O objetivo é estabelecer uma presença humana de longo prazo na lua para que os humanos vivam e trabalhem lá. Contudo, os astronautas irão precisar de energia, muita energia. E claro, não existe rede elétrica na lua.

Mesmo que existam várias soluções criativas para ajudar a resolver esse problema, durante anos a NASA viu a fusão nuclear como a opção de energia mais prática para as futuras colônias de astronautas. Agora, a agência realmente está dando o próximo passo para fazer um reator nuclear na lua uma realidade.

“A energia abundante será a chave para a exploração espacial futura”, disse Jim Reuter, administrador associado da Diretoria de Missão de Tecnologia Espacial da NASA (STMD).

Depois de anos investigando as possibilidade de fissão nuclear em seu antigo projeto Kilopower, a NASA agora está liderando uma nova pesquisa de energia de superfície de fissão. Ela está trabalhando em conjunto com o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE).

Elas estão fazendo um apelo para que os parceiros da indústria americana apresentem conceitos de projeto para sistemas de energia de fissão nuclear que possam operar na superfície da lua. E que estejam prontos para serem lançados dentro de uma década.

Segundo a NASA, um sistema de fissão pequeno e leve, que conseguiria operar em uma sonda lunar ou rover, poderia dar até 10 quilowatts de energia elétrica. Isso seria o bastante para satisfazer as demandas de eletricidade de várias casas comuns.

De acordo com a NASA e o DOE, os futuros sistemas de fissão irão precisar, em última instância, produzir pelo menos 40 quilowatts de energia. Isso, segundo a NASA, poderia abastecer aproximadamente 30 residências por até 10 anos.

Nesses níveis, deve haver energia suficiente não somente para fazer possível uma presença na lua, mas também permitir a exploração e até mesmo a colonização de Marte.

Para ficar mais perto dessa realidade, a NASA e o DOE irão selecionar as propostas de design que forem mais promissoras e irão ajudar a desenvolver esses conceito durante 12 meses.

Depois da avaliação desses projetos, o que os pesquisadores aprenderem vai servir como orientação do projeto e a construção de um sistema final de energia de fissão qualificado para voo. Ele então será lançado para a lua em uma missão de demonstração.

“O feedback e entusiasmo que continuamos a ver para os sistemas de energia nuclear espaciais tem sido muito empolgante, e compreensivelmente. Fornecer um sistema confiável e de alta potência na Lua é o próximo passo vital na exploração espacial humana, e alcançá-lo está ao nosso alcance”, concluiu o engenheiro sênior Sebastian Corbisiero, chefe do Projeto de Energia de Superfície de Fissão no Laboratório Nacional de Idaho do DOE.

Fonte: Climatologia geográfica, Science alert 

Imagens: Climatologia geográfica, Metro américas, Science alert 

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