Se sua infância foi feliz, provavelmente você assistiu muitos clássicos da Disney. As histórias, cheias se lições de moral e de mensagens positivas sobre “seguir em frente” e “não temer os obstáculos” sempre cativaram adultos e crianças, fazendo assim um sucesso absoluto nos cinemas e nas locadoras (é… demorou muito tempo até todo mundo ter internet).
Bom, então se você também foi um fã dos filmes da empresa, é provável que tenha percebido um triste detalhe, comum à maioria dos longas já feitos pela companha de Walt Disney: boa parte dos personagens não tem mãe e, alguns, nem pai! (clique aqui para conhecer outros segredos e mensagens escondidas nos filmes da Disney).
Branca de Neve, Bambi, Cinderela, Peter Pan, Mogli – O Menino Lobo, O Cão e a Raposa, As Peripécias de um Ratinho Detetive, A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Aladdin, Pocahontas, O Corcunda de Notre Dame e A Nova Onda do Imperador (ufa!) são alguns dos filmes que ilustram essa situação. E o pior: em uma ou outra história, os protagonistas perdem a família para a morte, mas em outras o enredo simplesmente não menciona o paradeiro de suas mães… ou pais. Doido isso, não?
Mais gente percebeu essa terrível coincidência dos filmes e acabou instigando a curiosidade da equipe do site americano Business Insider, que investigou o assunto. Eles entrevistaram Don Hahn, produtor executivo do filme Malévola (com a bela Angelina Jolie) – funcionário antigo da casa e que participou de inúmeros trabalhos – e conseguiram duas explicações para esse caso. Confira abaixo:
A primeira, segundo Hahn, é a mais simples das justificativas. Conforme o produtor, a duração dos filmes da Disney, especialmente os de animação, são limitadas e não costumam passar de 90 minutos. Esse não é um tempo hábil para dar detalhes que não sejam decisivos na história.
Assim, como os filmes normalmente tratam sobre crescimento e superação, muitas vezes os personagens deixam suas casas ou perdem seus pais – como no caso de Simba, em O Rei Leão – para seguir o caminho do maturidade sozinhos. Outro bom exemplo disso é o filme Bambi, em que a mãe do personagem morre e ele precisa descobrir suas forças para crescer e enfrentar seus problemas sem ajuda.
Ainda de acordo com o produtor, essa segunda explicação é a mais pesada, triste e, talvez a mais relevante também. Como contou, Walt Disney se sentia responsável pela morte da mãe, que faleceu na casa que ele e seu irmão haviam comprado para ela.
Tudo começou quando, certa vez, o empresário recebeu uma ligação dos pais pedindo para que mandasse consertar o aquecedor a gás da residência, que estava com vazamento. O serviço foi feito imediatamente por um dos empregados de W. Disney.
Acontece, no entanto, que o vazamento não foi interrompido e, no outro dia, quando a empregada chegou à casa dos pais de Walt, encontrou os dois desacordados. Ela arrastou os velhinhos para fora da casa, mas não conseguiu evitar que a senhora morresse intoxicada.
Mesmo que seu pai tenha sobrevivido ao acidente, Disney sentia remorso pela morte da mãe, que aconteceu em 26 de Novembro de 1938. A partir de então, o empresário aprofundou esse detalhe da falta de mãe em suas obras.
Você sabia disso?