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Quando pensamos em aparições de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) normalmente as relacionamos com outros países do mundo e não com o Brasil. No entanto, nosso país já teve várias aparições que deixaram as pessoas bastante intrigadas.
Recentemente, luzes em “movimento aleatório” vistas no céu de Santa Catarina por pilotos e controladores durante um voo intrigaram bastante os moradores de Santa Catarina. Mas o mais curioso é que essas não foram as únicas aparições que aconteceram no estado.
Clarões e objetos também foram vistos em Florianópolis, Itapema, no Litoral Norte, e outras regiões catarinenses. Todos esses casos têm um fator em comum, eles trouxeram à tona suposições sobre a existência e o avistamento de OVNIs.
De acordo com Adolfo Stotz Neto, professor e presidente do Grupo de Estudos de Astronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em vários casos é difícil relacionar essas aparições de luzes no céu com seres de outros planetas.
“Elas podem ser fenômenos atmosféricos, podem ser satélites que passam, podem ser da própria Estação Espacial Internacional. Podem ser meteoros, luzes geradas no solo. São tantas as possibilidades de ser um fenômeno natural, ou um fenômeno humano”, afirmou.
Mesmo assim, os casos não deixam de ser intrigantes, como esses outros que aconteceram no Estado.
1 – Clarão na praia
G1
Em março de 2019, moradores de Florianópolis e outras cidades litorâneas disseram que viram um clarão bem forte no céu perto da Ilha do Campeche. Esse fenômeno durou poucos segundos, mas foi o suficiente para chamar a atenção das pessoas e as deixar intrigadas com a luminosidade.
Na época, esse caso mobilizou grupos de pescadores artesanais e gerou dúvidas entre os banhistas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o objeto não foi identificado ou não reportado pelos radares de segurança e de controle do espaço aéreo. E eles também descartaram a possibilidade de o clarão ter sido ocasionado por uma aeronave caindo.
2 – Movimentação na beira-mar
G1
De acordo com Luiz Prestes, ufólogo responsável pelo Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina (GPUSC), um OVNI foi visto sobrevoando a Beira-Mar Norte, na região central de Florianópolis, no dia 25 de junho.
“Esse me chamou a atenção, porque um objeto parecido a este cruzou o céu da cidade holandesa de Vlissingen no dia 21 de julho, quase um mês depois”, comentou o ufólogo, na época.
De acordo com Prestes, a maior parte das aparições se concentra nas regiões litorâneas do Estado, onde existem menos registros.
3 – OVNI?
G1
Outra das aparições em Santa Catarina que deixaram os moradores intrigados aconteceu em Itapema, no Litoral Norte. As imagens de objetos sobrevoando o céu do local viralizaram nas redes sociais em julho desse ano. Na época, os internautas levantaram várias hipóteses sobre serem Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs).
Contudo, Prestes logo descartou essa possibilidade. “Este em formado de canudo não é um Ovni, é um saco plástico. É comum encher este tipo de saco com ar, fechar e deixar no sol. O ar interno esquenta, torna-se mais lento que o ar externo e, assim, começa a flutuar”, explicou o ufólogo.
Aparições no Brasil
BBC
Além desses relatos em Santa Catarina, existe um dia em nosso país que entrou para a história. O dia 19 de maio de 1986 é conhecido como “A Noite Oficial dos OVNIs”. Isso porque foram registrados 21 objetos voadores não identificados. Alguns podiam ter até 100 metros de diâmetro e foram vistos por diversas pessoas em quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
Durante uma coletiva em 23 de maio de 1986, às 16h30, o então ministro da Aeronáutica, o brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima, falou que cinco caças da FAB perseguiram 21 UFOs.
“Não se trata de acreditar ou não [em seres extraterrestres ou em discos voadores]. Só podemos dar informações técnicas. As suposições são várias. Tecnicamente, diria aos senhores que não temos explicação”, afirmou, à época.
No fim da coletiva, o então ministro da Aeronáutica informou que o episódio seria apurado e em 30 dias entregaria um dossiê completo. Porém, o documento só foi divulgado 23 anos depois, em 25 de setembro de 2009. Assinado pelo interino do Comando da Aeronáutica (COMDA), José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, ele tinha a data de 2 de junho de 1986.
“Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados”, relatou o documento.
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