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Alzheimer pode ser detectado através de exame do olho

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O mal de Alzheimer é uma doença incurável, que afeta o cérebro, e vai ficando mais grave com o tempo. As pessoas que sofrem com ele sofrem com demência ou perda de algumas funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem. Isso porque as células do cérebro começam a morrer. O diagnóstico, em seus primeiros estágios, pode ajudar a retardar o avanço da condição, mas nem sempre isso é possível.

Por isso que estudos sempre estão sendo feitos para que a doença consiga ser detectada o quanto antes. Agora, cientistas australianos fizeram um teste experimental de visão que teve resultados animadores para descobrir o Alzheimer de uma forma menos invasiva.

Embora esse teste tenha sido feito em poucas pessoas, a base dele é sólida. Isso porque o Alzheimer é conhecido por ser responsável por mudanças não somente no cérebro, como também nos olhos.

Exame

Oftalmo trade

Para o estudo, os pesquisadores tiraram fotos dos vasos sanguíneos da retina e da camada dos nervos que revestem a parte de trás dos olhos. Depois disso, eles fizeram a comparação das imagens da retina de 110 pessoas saudáveis, 13 pessoas com Alzheimer e 13 que tinham um transtorno cognitivo leve, também conhecido como “pré-Alzheimer”.

Como resultado, eles viram que as pessoas que tinham Alzheimer tinham determinados vasos sanguíneos mais largos. Por conta disso, os oftamologistas podem detectar a doença antes de outros médicos.

Estudos assim são importantes porque, além do Alzheimer ser uma doença que não tem cura, no mundo todo são 35 milhões de pessoas afetadas por ela, sendo a forma mais comum de demência.

Alzheimer

Abióptica

Com o passar do tempo, diagnósticos melhores estão disponíveis, e os pesquisadores podem estar perto de novos tratamentos que tenham impactos em algumas das alterações cerebrais que tendem a causar essa demência.

Um exemplo disso é o novo  medicamento que parece promissor, o lecanemab. Os resultados sobre ele foram publicados no “New England Journal of Medicine” e ele pode ser promissor para quem sofre de Alzheimer, mesmo com algumas ressalvas.

No Reino Unido, a demência afeta mais de 900 mil pessoas e é a principal causa de morte. De acordo com o Alzheimer’s Research UK, o custo para cuidar de uma pessoa com demência é mais de 25 bilhões de libras anualmente. Conforme a população vai envelhecendo, os números tendem a aumentar. Para se ter uma ideia, as estimativas sugerem que aproximadamente 1,6 milhão de pessoas irão ser afetadas pela demência até 2050.

Da mesma forma que existem várias causas de câncer, existem várias para a demência, sendo o Alzheimer a mais comum, representando dois terços dos casos. Essa doença está relacionada com o acúmulo anormal de duas proteínas no cérebro, a beta-amiloide. Ela se deposita fora das células nervosas e emaranhados de tau, que se acumulam dentro delas.

Na visão da maior parte dos especialistas, esse acúmulo de beta-amiloide desencadeia um processo que inclui inflamação e acúmulo de tau, levando à morte de células cerebrais e alterações na química do cérebro. É justamente isso que causa o comprometimento progressivo da memória do cotidiano até a perda das funções cognitivas. Nesse estágio, a pessoa fica dependente e depois isso leva, inevitavelmente, à morte.

Como os pesquisadores acreditam que o beta-amiloide tenha um papel importante na doença de Alzheimer, ele se tornou o alvo no desenvolvimento de medicamentos. Em 1999, um artigo disse que a vacinação poderia remover beta-amiloide do cérebro de camundongos. Desde então, abordagens parecidas foram testadas em humanos.

Infelizmente, as tentativas foram fracassadas. Contudo, o lecanemab quando foi administrado a pacientes com doença de Alzheimer precoce conseguiu não somente remover o beta-amiloide do cérebro dos pacientes, como também retardou o declínio cognitivo em cerca de 27% em 18 meses.

Por mais que a duração do estudo tenha sido curta para que os pesquisadores tenham certeza, as mudanças em outros marcadores de doenças sugerem que a remoção de beta-amiloide também pode estar relacionada com a desaceleração de outros processos patológicos.

Fonte: Terra, The Guardian

Imagens: Oftalmo trade, Abióptica

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