Você já ouviu falar de Alzheimer? Essa doença é bastante comum principalmente entre idosos. Trata-se de um tipo de demência neurodegenerativa. Muitos estudiosos acreditam que a causa da doença seja geneticamente determinada, ou seja, ainda não existe um estudo 100% assertivo a respeito do que pode realmente causá-la.
O Alzheimer se mostra quando o processamento de algumas proteínas do nosso sistema nervoso central começa a falhar. Em decorrência dessa falha, começam a surgir alguns fragmentos das proteínas mal cortados e tóxicos dentro dos neurônios e entre os pequenos espaços que há entre eles.
A toxicidade desses fragmentos é responsável pela perda de neurônios no cérebro, principalmente em partes importantes dessa parte do corpo, como o hipocampo, que controla nossa memória e o córtex cerebral. Esse último é de extrema importância para a linguagem e o raciocínio no geral, além da memória, pensamentos coerentes e estímulos sensoriais.
Um estudo realizado recentemente apontou que o Alzheimer pode, na verdade, começar dentro da sua boca! Essa descoberta tem causado um grande alvoroço na classe científica que busca compreendê-la há vários anos.
Genética, estilo de vida e o ambiente em que vivemos podem contribuir para o risco de desenvolver a doença. As mutações genéticas estão entre as causas mais bem intituladas capazes de desenvolver o Alzheimer. No entanto, uma informação recentemente pode ter nos mostrado um pouco mais sobre a doença.
A Dra. Bruna Conde, cirurgiã-dentista, especialista em saúde bucal e periodontista foi a responsável pelas informações. De acordo com ela, alguns pesquisadores influentes têm investigado as causas e a origem do Alzheimer. Se isso se concretizar, finalmente poderemos combater e até prevenir que afete pessoas de idade mais avançada.
Os estudiosos indicam que periodontite, gengivite e demais doenças ligadas à bactéria porphyromonas gengivalis podem estar relacionadas ao mal responsável pelos esquecimentos de pessoas do mundo inteiro.
“A infecção causada pela bactéria porphyromonas gengivalis é o patógeno fundamental no desenvolvimento da periodontite crônica, e estudos científicos indicam que foi identificado no cérebro de pacientes com doença de Alzheimer”, relatou a Dra. Bruna.
Com isso, podemos compreender que as doenças causadas pela bactéria citada estão ligadas diretamente ao Alzheimer. Ainda de acordo com os estudiosos, a bactéria teria acesso livre ao cérebro. Isso então induz à neuroinflamação, o que leva, quando não há cuidados adequados com a boca, às doenças neurodegenerativas.
Esse problema é ainda mais sério e alarmante quando paramos para pensar que esse tipo de doença atinge uma alta quantidade de idosos. Como foi dito, o Alzheimer está no topo da lista de doenças que se manifestam após os 65 anos.
“É importante ressaltar que esse tipo de doença afeta os tecidos que oferecem proteção e suporte para os dentes. Esses tecidos (a gengiva, o osso alveolar e o ligamento periodontal) formam a região da boca conhecida como periodonto”, pontuou Bruna a respeito da doença que pode causar o Alzheimer.
Sendo assim, trata-se de uma parte da boca que é extremamente fundamental para o bom funcionamento e para a saúde geral do nosso organismo. No entanto, por causa dessa importância toda, ela também precisa de muitos cuidados. Isso porque é uma região muito vulnerável a doenças.
Qualquer tipo de complicação pode gerar consequências um tanto alarmantes além de, é claro, surgimento de outras doenças como já abordamos aqui.
O recomendado pela Dra. Bruna é que todas as pessoas se consultem periodicamente com dentistas. Vale lembrar ainda que o Alzheimer não é a única doença que pode começar pela boca sem que imaginemos. Então uma rotina de cuidados e exames realizados sempre que necessário é de extrema importância.
Fontes: Science Alert; Canaltech.
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