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Cientistas planejam spray anticovid que age como pílula do dia seguinte

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Há mais de três anos nós convivemos com a pandemia do covid-19, e em todo esse tempo os pesquisadores do mundo todo se esforçam para conter o vírus. Nesse ponto, as vacinas foram desenvolvidas e conseguiram prevenir várias mortes. Contudo, elas não fizeram o vírus sumir. Justamente por isso que as pesquisas sobre o covid e como combatê-lo não param.

Agora, o objetivo dos pesquisadores é dar às pessoas a tranquilidade de ir a um show, andar de ônibus ou não ter medo de alguém tossindo ou espirrando do seu lado e a pessoa pegar covid. Eles querem fazer isso com um spray do dia seguinte contra o coronavírus SARS-CoV-2.

Isso parece um sonho, mas os cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, estão estudando em como fazer ele ser uma realidade. Mesmo que pareça estranho, várias doenças podem sim ser combatidas da mesma forma que eles planejam que o spray funcione. Como por exemplo, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) contra o HIV ou a pílula seguinte. Contudo, nesses dois casos, eles tem que ser usados apenas quando é preciso. Já a tecnologia que será colocada no spray contra o covid, ele poderia ser usado todos os dias.

Spray anti-covid

El litoral

Os cientistas ainda estão desenvolvendo esse spray. Os estudos estão caminhando, tanto que os pesquisadores descobriram nas últimas semanas que, no laboratório, uma solução desse tipo é viável.

“Nossas vias aéreas superiores são a porta de entrada não apenas para a infecção de nossos pulmões, mas também para a transmissão [de um vírus] para outras pessoas. Dessa forma, o spray precisaria ‘apenas’ impedir que a infecção se instalasse no nariz e na garganta”, explicou Peter Jackson, professor de microbiologia na Stanford.

Para saber se esse spray seria realmente viável, Jackson e sua equipe criaram organoides epiteliais das vias aéreas. Eles agem como as vias aéreas normais tendo seu característico muco e suas células ciliadas. Depois disso, os pesquisadores infectaram esses organoides  com o vírus da covid-19.

De acordo com os autores, primeiramente, os vírus do covid se conectaram e infectaram somente as células ciliadas. E eles podem ficar concentrados nesse local mais de 24 horas. Depois de 48 horas é que a invasão completa começa. Ainda segundo os autores, na vida real esse tempo também seria parecido.

“Está claro que as células epiteliais nasais ciliadas humanas são o principal local de entrada do SARS-CoV-2 no tecido epitelial nasal. Uma vez que o vírus atravessa essa barreira, ele pode se replicar livremente nas células subjacentes”, disse Jackson.

Observações

R7

Um comportamento parecido foi visto quando os organoides foram expostos ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à cepa BA.1 da Ômicron. Por mais que o último experimento tenha tido um processo mais acelerado, ele ainda seguia o mesmo padrão. E conforme mostrou os experimentos, quando o vírus está nesse estágio, independente de que vírus seja, é possível que sua infecção seja inativada antes que ele se instale de vez.

“Retardar a entrada, saída ou disseminação viral com um medicamento de curta duração, aplicado localmente, ajudaria nosso sistema imunológico a se atualizar e chegar a tempo de interromper a infecção total. Com sorte, [a estratégia] limitaria futuras pandemias”, explicou Jackson.

O próximo passo dos pesquisadores é ampliar os testes para que eles sejam feitos em animais e depois, em um futuro, possa ser testado em humanos.

Remédio

Istoé dinheiro

Esse spray ainda está sendo desenvolvido, mas enquanto ele não chega nas prateleiras já existem algumas formas de se tratar o covid. Uma delas é remédio Lagevrio (molnupiravir) que teve sua venda aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, com unanimidade.

Agora, esse medicamento pode ser vendido tanto nas farmácias como em hospitais particulares de todo Brasil. Contudo, não é qualquer pessoa que poderá comprar esse remédio. Ele será vendido nas farmácias apenas com receita médica. Na venda, uma via da Receita de Controle Especial deve ficar no estabelecimento que vendeu esse remédio contra covid e o farmacêutico deve orientar o paciente em como ele usará de forma correta o medicamento.

Esse remédio contra covid deve ser ingerido no período de cinco dias depois que os sintomas da doença começaram para que ele consiga evitar que a doença tenha um progresso e leve à internação ou até mesmo à morte.

“Os medicamentos antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto diagnóstico da infecção. Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas as vacinas aprovadas pela Anvisa”, disse Meiruze Freitas, diretora relatora.

Fonte: Canaltech, Catraca livre

Imagens: El litoral, R7, Istoé dinheiro

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