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Com risco de Alzheimer, Chris Hemsworth irá pausar sua carreira

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As doenças que afetam o cérebro são vistas como algumas das mais preocupantes que as pessoas podem ter. Dentre esses problemas, está o mal de Alzheimer, uma enfermidade incurável, que vai ficando mais grave com o tempo.

Quem é acometido por este mal sofre com demência ou perda de algumas funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem. Isso porque as células do cérebro começam a morrer. O diagnóstico, em seus primeiros estágios, pode ajudar a retardar o avanço da condição, mas nem sempre isso é possível.

Essa é uma doença que acomete várias pessoas. Tanto é que, recentemente, o astro de “Thor: Amor e Trovão”, Chris Hemsworth, anunciou que irá dar uma pausa em sua carreira.

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No episódio da série documental “Sem Limites”, o ator revelou que é geneticamente propenso a desenvolver a doença de Alzheimer. “Não é um gene pré-determinista, mas é uma forte indicação. Dez anos atrás acho que era considerado mais determinante”, disse ele.

O que isso que dizer é que a composição genética de Hemsworth inclui duas cópias do gene APOE4, uma vinda de sua mãe e outra do seu pai. Supostamente, essa combinação leva a um aumento do risco de Alzheimer.

“Não é como se eu tivesse pedido demissão. Isso realmente desencadeou algo em mim para querer tirar um tempo. E desde que terminamos a série, tenho concluído as coisas para as quais já fui contratado. Agora, quando eu terminar essa turnê esta semana, irei para casa e terei um bom tempo livre para ficar com as crianças e com minha esposa”, explicou.

Série

A série na qual Hemsworth fez esse anúncio é uma produção da National Geographic, que mostra o ator explorando todo o potencial do corpo humano, tendo episódios dedicados à ciência da longevidade. A Disney até propôs retirar as cenas em que o ator descobre sua propensão para o Alzheimer, mas ele recusou.

“Olha, se isso é algo motivador para as pessoas cuidarem melhor de si mesmas e também entenderem que existem medidas que você pode tomar, fantástico. Minha preocupação era que eu simplesmente não queria manipular o assunto, dramatizá-lo demais e transformá-lo em algum tipo de busca por empatia ou qualquer outra coisa para entretenimento”, contou Hemsworth.

“Acho que uma das coisas mais bonitas da série é como Chris é aberto ao longo dela. Ele foi muito vulnerável e realmente deu muito foco a isso, e é raro encontrar uma estrela de cinema tão disposta a ser humana”, disse o diretor Darren Aronofsky.

Alzheimer

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Por ser uma doença sem cura e, muitas vezes, difícil de ser diagnosticada, várias pesquisas são feitas para mudar essa realidade. Felizmente, cientistas da Suécia conseguiram desenvolver uma ferramenta simples e confiável que pode diagnosticar a doença de Alzheimer logo em seus estágios iniciais. O protótipo feito por eles analisa os resultados de um único exame de sangue e três exames cognitivos. Isso leva 10 minutos para ser feito.

Tendo apenas essas informações, esse novo algoritmo conseguiu prever com 90% de certeza quais os pacientes que tinham um comportamento cognitivo leve e desenvolveriam Alzheimer em quatro anos.

Se comparado com os diagnósticos médicos atuais, essa nova forma é uma grande melhoria. Nos primeiros testes do protótipo, os especialistas, que usam o histórico médico da pessoa e varreduras cerebrais para conseguirem fazer o seu diagnóstico, tiveram um desempenho bem pior do que a nova ferramenta.

Examinando 340 pacientes, na Suécia, e 543, na América do Norte, que tinham problemas leves de memória, os especialistas estavam certos em seus diagnósticos 72% das vezes, enquanto o novo algoritmo foi 83% preciso na previsão do começo do Alzheimer. Para isso, o algoritmo usou apenas os resultados dos exames de sangue.

Essas amostras de plasma sanguíneo foram usadas para procurar um gene de risco para a doença e evidência de emaranhados de proteínas tau nas pessoas que já sofrem com problemas leves de memória.

Segundo os estudos recentes sugerem, a proteína tau está presente no cérebro desde os estágios iniciais da doença de Alzheimer. Em 2019, os cientistas descobriram que o plasma P-tau217 era um bom preditor da diminuição cognitiva nas pessoas com comprometimento cognitivo leve.

Anteriormente já tinha sido descoberto que o P-tau217 no líquido cefalorraquidiano é um preditor do declínio cognitivo específico do Alzheimer. Contudo, os testes do líquido espinhal são muito mais invasivos e caros do que um simples exame de sangue.

Protótipos anteriores tinham feito testes de sangue, mas nenhum deles foi feito na clinica. Esses exames de sangue se basearam em outra marca da doença parecida com as proteínas tau, as chamadas placas beta-amiloide.

Esse tipo de placa cerebral não parece ser tão onipresente nos pacientes com Alzheimer quanto as proteínas tau são. Na realidade, até um terço dos pacientes diagnosticados clinicamente com Alzheimer não apresentam essas placas depois da morte. Já outras pessoas sem problema de memoria mostram esses biomarcadores após o falecimento.

Essa diferença fez com que os pesquisadores sugerissem que essas placas são retardatárias da doença. E por sua vez, isso mostra que os biomarcadores relacionados ao tau podem pegar a doença mais cedo.

Fonte: IGN, News med

Imagens: YouTube, Todo música, Conexão UFRJ

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