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‘Amigos que odiamos’ estressam mais que inimigos

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Na língua inglesa existe até mesmo um termo para descrever esse tipo de pessoa: “frenemy” – uma combinação das palavras “friend” (“amigo”) e “enemy” (“inimigo”).

Segundo a psicóloga Julianne Holt-Lunstat, da Bringham Young University do Estado americano de Utah, metade das pessoas que conhecemos, em média, são pessoas com quem mantemos esse tipo de relação.

“É raro encontrar alguém que não possui pelo menos uma dessas relações”, diz Holt-Lunstad.

Amizade e saúde

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As relações que mantemos são importantes para nossa saúde. Cerca de 150 estudos diferentes analisados pela psicóloga mostraram que relações sociais saudáveis podem reduzir o risco de morte pela metade, o mesmo índice registrado por pessoas que param de fumar. Ser solitário é quase duas vezes mais perigoso que ser obeso.

Amigos ajudam a reduzir os níveis de estresse, reduzindo a pressão sanguínea e riscos de infecção. Alguns males como distúrbios de sono estão ligados à falta de amizades.

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Mas as amizades possuem diferentes graus. O famoso antropólogo Robin Dunbar, da universidade de Oxford, chegou a propor o “número de Dunbar”: ele sustenta que cada pessoa só é capaz de manter 150 amizades com alguma profundidade.

Pesquisas

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Estudos conduzidos em Utah mostram que tentar administrar relações com pessoas que “amamos e odiamos” pode trazer mais malefícios do que se pensa.

Em uma das pesquisas, cientistas mediram a pressão sanguínea de voluntários quando em contato com seus amigos. Como seria de prever, os amigos mais amados produziram pressões sanguíneas baixas nos voluntários; colegas de trabalho irritantes ou chefes ruins fizeram a pressão subir.

Mas a surpresa foi descobrir que a pressão atingiu seu ponto mais alto diante de um certo grupo de amigos, justamente os “frenemies”. Outras pesquisas posteriores confirmaram e ampliaram estes resultados.

“Mesmo quando a pessoa em questão está no quarto ao lado, a pressão aumenta, com maiores níveis de ansiedade. Só por causa da sensação de logo ter que lidar com a pessoa”, diz Holt-Lunstad. Em alguns casos, bastava mostrar o nome da pessoa em uma tela para que o batimento cardíaco subisse.

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