CuriosidadesEntretenimento

Andrew Garfield se preparou para papel de padre passando por abstinência de sexo e comida

0

Ser ator não é tão fácil quanto algumas pessoas podem achar que seja. Não basta decorar um texto e imitar um personagem, ou então, todos nós seríamos capazes de conquistar um Oscar. A verdade é que, para se preparar para um papel, é necessário fazer sacrifícios em muitos dos casos.

Andrew Garfield, por exemplo, para interpretar o papel de padre da maneira mais fidedigna, fez uma preparação intensa. Isso porque interpretaria o padre jesuíta Sebastião Rodrigues no filme “Silêncio” (2016), e sua preparação incluiu um período de abstinência tanto de comida quanto de sexo.

Para se encaixar no papel, o ator usou uma técnica controversa chamada “atuação de método”. Essa técnica vem sendo criticada por nomes de Hollywood como David Harbour (o amado Jim Hopper em Stranger Things), Brian Cox (Succession) e Mads Mikkelsen (Hannibal), por acreditarem que o processo pode ser “perigoso” para o artista.

Silêncio

Em entrevista ao podcast “WTF”, apresentado por Marc Maron, Andrew Garfield deu sua opinião sobre o uso da técnica, dizendo que a usou para dar mais veracidade ao personagem do filme de Martin Scorsese. Além disso, ele afirmou que o processo de atuar “está muito mais interno do que as pessoas imaginam”.

“Não é sobre ser um imbecil com todos no set. É sobre simplesmente viver de forma verdadeira, sob as circunstâncias imaginadas, e ser simultaneamente legal com a equipe e ser capaz de largar isso quando você precisa, e deixar com você quando precisa deixar”, disse.

O ator de Homem-Aranha também relatou como passou um ano estudando o catolicismo para interpretar o papel do padre jesuíta, chegando a praticar exercícios espirituais. Na preparação, ele ficou seis meses em celibato e sem comida.

“Eu tive umas experiências bem malucas e selvagens desse período em que eu parei de fazer sexo e de comer”, revelou Garfield.

O Método

Esse método de atuação foi desenvolvido e aperfeiçoado por Lee Strasber, Sanford Meisner e Stella Adler entre os anos de 1930 e 1940, considerada a época de ouro de Hollywood. Assim, o método teve como base o sistema criado pelo russo Constantin Stanislavski.

Com isso, o Método é caracterizado pela prática de se colocar “na pele” do personagem, sem fingir sentimentos, acreditando viver aquele papel. Basicamente, o ator se transforma na pessoa por um período de tempo.

Existem algumas técnicas para que o ator entre na pele do personagem e se identifique com seus sentimentos. Eles variam desde viver a transformação do corpo, se colocar em situações iguais àquelas vividas pelo personagem e mergulhar profundamente no universo dele com todos os recursos possíveis.

Muitos dizem que o Método não é necessário e, em muitos casos, possui um lado sombrio. Assim, existe uma linha tênue entre compreender os sentimentos de um personagem no momento da gravação e incorporá-los até quando a gravação se encerra.

Por isso, há práticas que atores acabam se arrependendo de adotá-las posteriormente. Afinal, quando você faz algo para alterar sua percepção da realidade, é possível ter resultados negativos.

Perigos

Um dos maiores exemplos dos perigos dessa técnica para incorporar um papel é o de Heath Ledger, em seu trabalho como o Coringa. Isso porque, ao interpretar o vilão insano no filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), o personagem entrou demais em sua vida fora do set.

O que se diz no ramo do entretenimento é que o ator mergulhou tão profundamente no universo psicologicamente perturbado de seu personagem, conhecido por ter uma mente sombria, que Ledger acabou perdendo sua vida. A causa da morte foi overdose acidental.

Reprodução

Outro exemplo do perigo do Método ocorreu com Christian Bale, ao interpretar Trevor Reznik em “O Operário” (2004). Na ocasião, o ator chegou a perder 30 kg, seguindo uma dieta restrita por quatro meses se alimentando com apenas café, maçã e água. Sua saúde foi tão afetada que os produtores do filme o repreenderam. Bale planejava perder mais peso, mas foi impedido.

Fonte: Aventuras na História

Sósias podem compartilhar traços genéticos e até comportamentos

Artigo anterior

Ilha em Ubatuba, no Litoral Norte de SP, será leiloada por R$ 23 milhões

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido