Atualmente se tem registro de aproximadamente 1,5 milhão de espécies de cogumelos, e nenhuma característica física denuncia com precisão a existência ou não de veneno ou substâncias alucinógenas, o que torna a tarefa de identifica-los no “olhômetro” muito arriscada e perigosa.
E piorando esse quadro, estima-se que nem 5% das espécies existentes em nosso planeta estejam devidamente classificadas pelo ser humano. Isso significa que nem um micologista (especialista da área de fungos) muito experiente pode comer um cogumelo achado no meio de uma floresta. Mesmo que ele seja muito parecido com uma espécie comestível, vale a máxima “melhor prevenir do que remediar”, afinal um mesmo gênero pode ter espécies que matam, deixam você loucão, ou simplesmente enchem a barriga.
E como é feita a identificação com mais precisão?
Em um laboratório existem duas formas de identificar um cogumelo: a análise morfológica e bioquímica. A primeira somente compara as características da espécie encontrada com as já identificadas e catalogadas nos livros. Para isso leva-se em conta o formato, as medidas e a cor.
Mesmo que ele se pareça com alguma espécie conhecida, por precaução é analisado por um bioquímico treinado para identificar a presença de toxinas (como a alfa-amanitina, encontrada no Amanita phalloides) e substâncias alucinógenas (como a psicilobina, do Psilocibe cubensis).
Então com tudo isso o que você aprendeu? Não coma cogumelos sem saber a origem EXATA deles, se nem uma pessoa que estudou vários anos para isso não consegue dizer com precisão se é seguro ou não comer um cogumelo selvagem, não é você e o Google que vão poder dizer.