Sociedades e fraternidades secretas sempre mexeram com o imaginário dos mortais que se interessam por coisas ocultas e teorias do tipo. Algumas, como a Maçonaria e a Ordem Rosacruz, se consideram apenas “sociedades discretas”. Outras nem tanto. Muito faladas ou quase totalmente desconhecidas, as sociedades secretas às vezes perduram por séculos e séculos na história.
Uma coisa é consenso entre elas: são sempre envoltas em segredos e mistérios. Entretanto, existem aquelas das quais quase não se ouve falar, e que são extremamente sombrias e estranhas. Algumas extintas, mas algumas em atividade até os dias de hoje.
O Ultra Curioso vai te mostrar as 7 sociedades secretas mais estranhas e misteriosas do mundo. Compostas apenas por homossexuais, venerando animais ou com objetivos conspiratórios, confira as bizarrices dessas fraternidades.
Denominada ‘A Ordem do Anjo Pavão’, ou simplesmente Yazidi, esta sociedade secreta é consideradas por muitos como sendo uma religião e foi fundada na Grã-Bretanha na década de 1960.
Seus membros reverenciam Melek Taus – o Anjo Pavão -, o mais poderoso dos heft sirr (sete mistérios) criados por Deus para cuidar da civilização humana. Segundo as crenças dessa sociedade, Melek Taus tem o poder de alterar qualquer coisa na vida dos homens, atende às preces dos que recorrem a ele.
Ao redor do altar de Melek Taus, os membros da Ordem fazem danças em estado de transe, enquanto sussurram suas preces ao deus pavão. A dança começa lenta e sempre termina em ritmo frenético.
Esta sociedade ainda tem muitos adeptos, é taxada como “hermética”.
Os Bald Knobbers eram um grupo secreto de “guardiões” que praticou a “justiça com as próprias mãos” em Missouri, logo após a Guerra Civil. Foi fundado por Nat Kinney, um homem que era considerado “a lei” personificada. As reuniões dos Bald Knobber aconteciam nas montanhas e tinham como finalidade responder de forma violenta à criminalidade crescente de Missouri. Eles usavam seus casacos do avesso e máscaras com chifres, puniam os criminosos com chicotadas, espancamento e execução.
O grupo atingiu seu auge no ano de 1887, mas logo começaram a indicar sinais de declínio, quando as autoridades conseguiram prender 20 membros e executar outros 4. A fraternidade terminou de vez no ano de 1889, e o líder Nat Kinney foi morto a tiros por um perseguidor do grupo.
Originalmente, Chaeronea (ou Queroneia) foi o nome da batalha ocorrida na Grécia Antiga, em 338 a.C., onde o Batalhão Sagrado de Tebas foi derrotado. Esse batalhão era composto por cerca de 150 soldados e seus amantes homens.
Muito tempo depois, já no ano de 1889, o mesmo nome foi usado para batizar um fraternidade política e secreta de homens gays. A sociedade foi fundado por Cecil Ives, e tinha como finalidade reunir os homens que eram secretamente homossexuais, para promover encontros e conversas entre eles, sem o risco de perseguição ou de alguém descobrir. Eram estabelecidas uma séria de cerimônias e senhas para manter o sigilo total da sociedade.
Nomes como Samuel Elsworth Cottam, Charles Kains Jackson e Oscar Wilde eram membros da Ordem de Chaeronea.
Pouco depois da execução do Rei Carlos I, no ano de 1649, os seus adversários fundaram o Clube Cabeça de Bezerros “para zombar da sua memória”. Membros reuniam-se uma vez por ano, no dia 30 de janeiro, e celebravam um jantar muito estranho, com um machado simbólico pendurado por cima da sala de jantar. O próprio menu incluía cabeças de bezerros (que representavam o escritório e os apoiantes reais do rei), uma cabeça de bacalhau (que representava o próprio rei) e uma cabeça de javali recheada com maçãs (que representava a tirania do rei).
Os membros do Clube da Cabeça do Bezerro tinham o seu próprio hino, que elogiava a morte do rei e brindavam com vinho em copos feitos de crânios da pantorrilha. Eles também queimaram uma cópia da autobiografia do rei, enquanto juravam pelo tratado de John Milton apoiar a sua execução. Milton supostamente fundou o grupo.
Após a restauração da monarquia em 1660, o Chefe do Clube dos Bezerros decidiu que tinham que se encontrar secretamente. O clube finalmente encontrou o seu fim em fevereiro de 1735, quando uma multidão invadiu uma reunião e quase linchou vários membros.
Esta fraternidade foi composta por jornalistas que usavam em seus textos frases-códigos que apenas membros da sociedade entenderiam.
A sociedade secreta da Ordem da Mão Oculta começou quando Joseph Flandres, um repórter do jornal Charlotte News, inocentemente usou a frase “era como se tivesse uma mão oculta” num relatório. Os seus amigos gostaram tanto do texto que conspiraram para copiá-lo o mais rápido possível. Logo depois, outros repórteres e jornalistas de todo o mundo começaram a usar a frase nas suas próprias histórias.
A conspiração foi desfeita em 2004, quando James Fanega, repórter do Chicago Tribune, conseguiu rastrear os autores e listar as publicações em que tinham se infiltrado. No entanto, o grupo recuperou em 2006, quando o líder Paul Greenberg e os principais membros anunciaram que tinham escolhido uma nova frase para continuar a tradição. Até agora, ninguém conseguiu descobrir a nova frase.
A Arioi era uma sociedade secreta que existiu no Tahiti, muito antes dos europeus encontrarem o caminho para a ilha, ligada à beleza e ao sexo. O secreto grupo era dedicado ao culto e adoração de seu deus pagão Oro, e viajou extensivamente em busca de novos membros.
Para atrair novos candidatos, os membros fizeram elaborados rituais de danças. Qualquer um poderia pedir para participar, mas apenas o mais bonito e belo acabava sendo selecionado, uma vez que a sociedade era ligada à beleza e à proeza espiritual.
Membros tiveram de memorizar os seus rituais perfeitamente para serem reconhecidos, caso contrário, eram ridicularizados sem piedade. Além disso, a sociedade pregava um estilo de vida muito livre, como evidenciado por alguns dos seus rituais sexualmente carregados. O seu comportamento era evidentemente não-amigável para com os missionários cristãos designados para o local, que os descreviam como “libertinos privilegiados que se envolveram em exposições abomináveis, indizíveis e obscenas”.
A sociedade secreta do Leopardo tinha adeptos na Nigéria e Serra Leoa. O objetivo da fraternidade era realizar sacrifícios humanos e canibalismo.
Vestidos com peles de leopardo e armados com garras de metal afiadas e dentes, os membros da fraternidade do Leopardo emboscavam e espancavam suas vítima até à morte. Depois disso, o homem-leopardo recolhia o sangue da presa humana e usava-o para fazer uma poção que acreditava que iria dar-lhe poderes sobrenaturais.
A fraternidade sanguinária fez inúmeras vítimas principalmente depois da 2ª Guerra Mundial. As autoridades tentavam juntar informações para acabar com a Ordem, mas os habitantes de Serra Leoa e Nigéria que haviam entrado em contato com a fraternidade do Leopardo recusavam-se a fornecer qualquer informação sobre o culto, porque acreditavam na invulnerabilidade dos homens-leopardo. Só depois que as autoridades conseguiram matar um membro, em 1948, e tinham várias testemunhas, é que conseguiram reunir delações para chegar aos membros.