Bajaus, os humanos geneticamente adaptados à água

Os Bajaus, também conhecidos como ciganos do mar, são um exemplo impressionante de seleção natural. De acordo com um estudo publicado na revista científica Cell, esses humanos naturais do Sudeste Asiático desenvolveram baços maiores para facilitar atividades de mergulho.

Em suma, os Bajaus são tradicionalmente nômades, e passam a maior parte da vida no universo marítimo. Analogamente, os Bajaus sobrevivem coletando crustáceos do fundo do mar. Todo esse estilo de vida acabou chamando a atenção dos cientistas. Então, estudando o efeito desse estilo de vida, eles descobriram que os Bajaus possuem baços maiores que de outros povos vizinhos.

Os Bajaus vivem no sul das Filipinas, Indonésia e Malásia. De acordo com estimativas aproximadas, totalizam aproximadamente um milhão de pessoas. Ademais, não é uma coisa atual se observar esse povo.

Bajaus

Desde de muito tempo, eles são conhecidos por possuírem a extraordinária capacidade de prender a respiração embaixo d’água. Eles mergulham repetidamente por cerca de oito horas por dia. Basicamente, eles gastam aproximadamente 60% do seu tempo debaixo d’água. O mergulho pode levar de 30 segundos a vários minutos, mas chegam a mergulhar a até 70 metros de profundidade.

O mais impressionante é que os Bajaus não usam nenhum tipo de equipamento para mergulho para conseguirem chegar até essas profundidades. Geralmente, os mergulhos, em parte, são realizados com uma máscara, feita de madeira, ou óculos de proteção. Além disso, para evitar que subam até a superfície, os Bajaus também utilizam um cinto de peso.

A primeira menção desse povo foi vista em 1521, escrita pelo explorador veneziano Antonio Pigafetta. Desde então, os Bajaus intrigam o mundo inteiro. Todos querem saber um pouco mais a respeito desses humanos que se adaptaram à água.

Sabemos que todos vocês são extremamente curiosos, assim como nós, e por isso querem sempre saber mais sobre determinado assunto. Se você se interessou e quer saber mais, veja o vídeo que fizemos em nosso canal do Youtube a respeito disso.

Imagem: Engenhotur