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Brasil entra no mercado espacial com lançamento de foguete sul-coreano em Alcântara

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O conflito entre Estados Unidos e União Soviética teve a corrida espacial como resultado. Essas duas superpotências globais participaram de uma competição amistosa, como o que foi passado para o mundo, sobre quem chegaria primeiro ao espaço.

Essa competição aconteceu décadas atrás. Contudo, a motivação de chegar ao espaço ainda não acabou. E até mesmo países que não são tidos como grandes potências espaciais, como o Brasil por exemplo, estão entrando nesse mercado.

Tanto é que, no último domingo, o Programa Espacial Brasileiro conseguiu um marco histórico. Nesse dia aconteceu o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV na base de Alcântara, no Maranhão. Essa parceria dos países fez com que esse veículo suborbital não tripulado fosse enviado para funcionar como um lançador de satélite de baixo custo.

Lançamento

Essa missão que colocou o Brasil no mercado espacial se chama Astrolábio. Ela foi feita com o trabalho em conjunto da Força Aérea Brasileira (FAB) com a Innospace, que é uma startup da Coreia do Sul de voos espaciais privados. O voo durou quatro minutos e 33 segundos e foi o primeiro lançamento experimental com fins comerciais feito entre o nosso país e uma empresa estrangeira.

O principal objetivo desse lançamento foi mostrar para o mundo que o Brasil tem capacidade de desenvolver tecnologias aeroespaciais e fazer parte do mercado espacial. Além disso, espera-se que isso atraia várias operações comerciais usando o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), que é tido como um dos melhores lugares de lançamento do mundo todo.

Ela é vista assim por estar localizada bem perto da linha do Equador, tendo distâncias menores até chegar ao espaço. Isso faz com que os custos caiam aproximadamente 30%.

Além disso, o nordeste do país tem condições climáticas bem estáveis. Isso dá às agências e empresas espaciais a possibilidade de conseguir cumprir seus planejamentos de lançamentos.

Esse lançamento não fará apenas com que o centro ganhe em termos estruturais, mas também trará outros ganhos, como por exemplo, a valorização da indústria brasileira no setor espacial e o crescimento de serviços na região.

Foguete

O foguete que foi lançado tem 1,65 metros e pesa 8,4 toneladas, conseguindo transportar cargas com até 50 quilos. Tanto é que ele levou consigo uma tecnologia 100% nacional chamada Sistema de Navegação Inercial (SISNAV).

Esse é um protótipo de transmissão e recebimento de dados, além de rastreio que é usado para uma navegação autônoma dos foguetes. Essa tecnologia pode colocar nosso país como sendo uma parte importante tanto no desenvolvimento como no lançamento de veículos espaciais de vários tipos.

Corrida espacial

Olhar digital

Esse lançamento pode ter colocado o Brasil no mercado espacial, mas esse mercado está em constante movimento. Tanto é que a NASA disse em janeiro que os EUA estão em uma nova corrida espacial com a China. No mesmo anúncio, a agência disse que os americanos têm que ficar de olho nos chineses para que eles não tentem dominar os recursos espaciais.

Quem fez esse pronunciamento foi Bill Nelson, administrador da NASA, ex-astronauta e senador na Flórida. Ele também disse que a China, em determinado momento, poderia reivindicar as regiões ricas em recursos na lua.

“É um fato: estamos em uma corrida espacial. E é verdade que é melhor ficarmos atentos para que eles não cheguem a um lugar na Lua sob o disfarce de pesquisa científica. E não é impossível que eles digam: ‘Fique longe, estamos aqui, este é nosso território’”, disse Nelson.

Com isso, o ex-astronauta disse que os próximos dois anos serão determinantes na corrida espacial.

Em 2022, o programa espacial chinês não só montou uma estação espacial como lançou várias missões para que amostras fossem coletadas da lua. Além disso, o país tem previsto para 2025 uma terceira fase do seu programa espacial. Nela está prevista a instalação de uma estação de pesquisa lunar autônoma que será localizada perto do Polo Sul da lua.

Esses planos têm tudo para se tornarem realidade. Tanto é que, em dezembro, o governo do país mostrou sua visão sobre o pouso lunar tripulado, além de também apresentar o transporte espacial, infraestrutura e governança espacial. A China também fez o anúncio sobre os planos de pousar astronautas no nosso satélite natural até o fim dessa década.

Já a NASA, recentemente, completou a primeira fase da sua missão Artemis. O objetivo dessa missão de três fases é colocar novamente o ser humano na lua. Contudo, embora as outras missões estejam sendo planejadas com o foco na lua, os norte-americanos também têm Marte como um foco.

Fonte: Tecmundo, Veja

Imagens: Twitter, Olhar digital

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