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Brasil pode originar doença X, responsável pela próxima pandemia

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Nossa história é marcada por diversas epidemias e pragas, que atacaram e mataram milhares de pessoas ao longo dos séculos. Algumas epidemias foram tão intensas, que quase chegaram a aniquilar cidades inteiras. Muitas delas até tiveram um enorme impacto nas gerações futuras, causando mudanças radicais na sociedade da época.

Nós vivemos a pandemia do coronavírus e pudemos observar todas as mudanças que ela causou no mundo e como foi todo o processo de superação dela. Felizmente, esse período da nossa história passou. Mas isso não quer dizer que nunca mais acontecerá outra pandemia.

Tanto é que, mesmo que as vacinas contra o covid-19 foram feitas, a pandemia provou que a sociedade não estava pronta para responder a uma crise em proporções globais. Justamente por isso que, tentando melhorar essa resposta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez o alerta a respeito da chamada “doença X”. Ela será uma epidemia internacional grave e pode ser causada por um patógeno que é desconhecido atualmente.

Doença X

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De acordo com a OMS, a doença X é um mistério, mas ela deve ser a responsável pela próxima pandemia que o mundo irá enfrentar. O que eles querem com esse alerta é criar uma maneira de levar os cientistas a trabalharem em medidas médicas para que seja evitado o aparecimento de doenças infecciosas desconhecidas. Eles fariam isso através do desenvolvimento de novas tecnologias, como vacinas e medicamentos.

Ainda em 2017, a OMS colocou a doença X em um pequena lista de agentes patogênicos que são considerados de prioridade alta para o estudo. Ela está na lista junto com doenças conhecidas como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e o ebola.

No caso da covid-19, ela era uma doença X até o começo da pandemia no fim de 2019. Atualmente, a lista tem as seguintes doenças: Covid-19, febre hemorrágica da Crimeia-Congo, doença pelo vírus ebola e doença pelo vírus Marburg, febre de Lassa, síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e SARS, vírus Nipah e doenças henipavirais, febre do Vale do Rift, zika e Doença X.

Rio de Janeiro será o foco?

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Os vírus que são presentes no mundo todo, nas florestas ou na vida selvagem, são tidos como uma das fontes das possíveis novas doença epidemiológicas. De acordo com os cientistas, as zonas quentes, locais onde o risco é maior, ficam em lugares onde os homens e animais estão em desequilíbrio.

Isso acontece porque quando a floresta é atacada, ou os animais são caçados, o escudo protetor é rompido e os vírus ficam livres para escapar. Justamente nesse ponto que a ciência está tentando buscar respostas.

No nosso país, por exemplo, o Rio de Janeiro é tido como uma zona quente. Até porque, ele é um local cheio de aglomerações humanas com condições sanitárias precárias e mudanças ambientais em larga escala.

E como a floresta funciona como um filtro, quando ela é retirada ou perturbada de alguma forma, os vírus que são seus habitantes mais resistentes e antigos saem em busca de novos hospedeiros. Quando algum deles se adapta aos humanos, isso é uma semente de uma nova doença, que pode ser o começo de uma nova pandemia.

Pandemia

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Uma nova pandemia iminente não tem as pessoas como seu alvo, mas sim a agricultura. Se uma pessoa já viu um morango selvagem, viu que ele é bem diferente da fruta que as pessoas estão acostumadas a ver no supermercado. Isso acontece porque a variação para a compra não é natural. Ela é feita com manipulação genética, o que se chama de uniformidade genética.

Isso é feito com um aspecto econômico levado em consideração, já que normalmente deixa as plantas mais resistentes às pragas e criam variações que são mais vantajosas e lucrativas.

“Nunca mais uma grande espécie cultivada deveria ser moldada com tal uniformidade que se tornasse tão universalmente vulnerável ao ataque de um patógeno”, escreveu Arnold John Ullstrup, fitopatologista, em 1972.

O professor emérito da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e agricultor Miguel Altieri teve um pensamento parecido, e disse: “Acho que temos todas as condições para que ocorra uma pandemia nos sistemas agrícolas, o que resultaria em dificuldades econômicas e fome”.

Se apenas com esse aspecto o cenário já é assustador, o perigo é ainda mais alto por conta das mudanças climáticas. Até porque, com a evolução dos padrões climáticos, isso mudará a dispersão dos agentes patogênicos e fará com que eles sejam expostos a espécies novas de plantas. Consequentemente, isso pode aumentar os problemas que afetam as culturas, como ressaltou Brajesh Singh, especialista em ciência do solo da Western Sydney University, na Austrália.

Um ponto importante a ser lembrado é a relação entre as plantas e os patógenos que, na natureza, configura um ecossistema saudável. Determinado patógeno tem a capacidade de infestar somente determinadas espécies de plantas. Então, quando ele tem contato com uma espécie que não pode ser infectada, a planta age como escoadouro. Com isso, o patógeno não é capaz de se multiplicar e acaba sendo neutralizado, o que preserva as plantas vizinhas.

Assim, quando os patógenos se propagam de forma fluida em agrupamentos da mesma espécie, isso faz com que as plantas localizadas nas proximidades com seus parentes sejam destruídas e, ao mesmo tempo, garante que as paisagens tenham um nível saudável de diversidade biológica. E conforme essa distância social é estabelecida entre os hospedeiros que são vulneráveis, a doença some gradativamente.

Fonte: Olhar digital, Socientifica

Imagens: Olhar digital, UOL

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