Hoje, no meio de uma pandemia, é difÃcil enxergar esperança do mundo voltar a ser como era antes. No entanto, bem como outros momentos da história, as pandemias têm um final. Mas, afinal, como terminam as pandemias?
Se pararmos para analisar, a maioria das doenças infecciosas que enfrentamos no passado ainda está entre nós. Por isso, o futuro do novo coronavÃrus ainda é incerto. Atualmente, a vacina é a maior esperança da humanidade. Porém, é possÃvel que encontremos uma maneira de conviver com o vÃrus, amenizando seu impacto e não o erradicando por completo. De toda forma, olhar um pouco para o passado pode nos ajudar a entender melhor o que o futuro nos aguarda.
A peste matou milhões, mas poucos morrem atualmente
No ano de 541 a.C., tivemos o primeiro registro de surto de peste bubônica. Depois disso, mais dois grandes surtos foram registrados na história. Assim, a doença causada por uma bactéria transmitida por pulgas de roedores foi, de fato, devastadora. Dito isso, por um perÃodo de dois mil anos, a doença matou centenas de milhões de pessoas. Sendo assim, dentro disso, o perÃodo mais letal da doença se deu entre os anos de 1346 e 1353.
No caso da peste bubônica, a solução teria sido uma quarentena rÃgida e com melhores condições sanitárias. Além de também, ter um maior conhecimento sobre a disseminação da doença. Portanto, ainda que a doença não tenha sido erradicada, hoje, ela pode ser tratada com o uso de antibióticos.
Centenas de anos depois, tivemos a varÃola, uma das mais mortais doenças conhecidas pelo homem. Em seu ápice de contaminação, a doença chegou a matar três em cada 10 pessoas infectadas pelo vÃrus. Bem como a peste, a varÃola matou centenas de milhões de pessoas. Para se ter uma ideia, apenas no século 20 foram 300 milhões de mortes. Dessa forma, aqui, a solução foi uma vacina, criada em 1796 por Edward Jenner, um médico britânico.
Doenças que se intensificam em surtos sazonais
Em 1817, tivemos a primeira pandemia de cólera, causada por comida e água contaminada. Ao todo, tendo sete pandemias, a doença matou milhões de pessoas. Desse modo, hoje, ela é apenas encontrada de maneira endêmica em paÃses de baixa renda e com menores condições de higiene e saneamento básico. Ao todo, estima-se que a doença mate entre 100 e 140 mil pessoas todos os anos. Por isso, ainda que exista uma vacina e um tratamento acessÃvel, a doença continua matando milhares de pessoas.
Entre os anos 1800 e 2010, também tivemos várias pandemias envolvendo a influenza. Em 1918, na pandemia de gripe espanhola tivemos de 50 milhões a 100 milhões de mortes no mundo todo. Com ciclos anuais, o vÃrus ainda circula na cepa especÃfica do H1N1.
Agora, desde 2019, enfrentamos a ameaça do novo coronavÃrus, causador da Covid-19. Ao todo, mais de 1 milhão de pessoas já morreram e essa luta ainda está longe de terminar. De fato, o número total de mortes provavelmente será muito maior. Nesse sentido, para voltarmos a normalidade, nos espelhamos em como terminam as pandemias. Isso acontece através de um maior conhecimento sobre a transmissão, campanhas de saúde pública, novos tratamentos e vacinas.
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