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Caipira, vermelho, light ou orgânico: existe diferença entre os tipos de ovos?

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Os ovos já foram considerados vilões e mocinhos várias vezes ao longo da nossa história. Seja pelo aumento do colesterol ou pelo grande ganho calórico, os profissionais da saúde sempre têm uma opinião diferente em relação a esse alimento, seja ele considerado vilão ou não. O que podemos ter certeza é que ele é um alimento de alto valor nutritivo.

Eles são ricos em proteína e vitaminas, além de garantir uma saciedade, ajudar na formação de músculos, proteger os olhos e ainda favorecer o funcionamento cerebral. Com todos esses benefícios algumas dúvidas surgem. Existe uma quantidade ou tipo ideal de ovo para ser consumido?

Nesse ponto, vários especialistas dizem que comer um ovo por dia não faz mal para a saúde, a não ser nos casos das pessoas que têm colesterol alto. Nesses casos, o recomendável é que a pessoa converse com um médico.

Cor influencia nos nutrientes?

Freepik

Muitas pessoas pensam que sim, mas ao contrário desse senso comum, a cor da casa dos ovos não tem relação nenhuma com as características deles. Por isso que não existe nenhuma vantagem do vermelho com relação ao branco quando o assunto é concentração de nutrientes.

A diferença de cor vista entre os ovos está relacionada exclusivamente com a raça da galinha que o botou. Por exemplo, as galinhas que têm penas brancas botam ovos brancos, enquanto as de penas vermelhas ou castanhas têm seus ovos vermelhos.

Isso também vale para a cor da gema, que pode ser mais intensa por conta da presença de alimentos com essa tonalidade na alimentação da galinha. Mas isso não tem nenhuma influência a respeito dos benefícios que ela traz para a saúde.

O que os ovos orgânicos têm de diferente?

Organic news Brasil

Os ovos são chamados de orgânicos quando as galinhas têm uma alimentação 100% orgânica, isso quer dizer, sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos. Além disso, também não pode ter uso de antibióticos, remédios ou ração que favoreça o crescimento das galinhas. Contudo, isso não quer dizer que eles são mais nutritivos.

De acordo com um estudo publicado no periódico científico Nutrition, mostrou-se que as galinhas que são criadas soltas e tomam mais sol têm ovos mais ricos em vitamina D. Esses ovos são os chamados de caipira e, normalmente, são mais caros.

O recomendável é que as pessoas optem por produtos de empresas que se preocupam com o bem-estar das galinhas. Isso normalmente é especificado na embalagem dos ovos.

Ômega 3, Selênico e lights

Piscishow

As pessoas podem achar nos supermercados versões de ovos com ômega 3, também chamados de PUFA, que ajudam a controlar os níveis do colesterol ruim, o LDL, ou seja, protegem o coração.

Além deles, existem também os que são ricos em selênio, para fortalecer o sistema nervoso, vitamina E, atuando contra os radicais livres e DHA e colina, que favorecem o desenvolvimento cerebral.

Existem também os ovos light, que têm quantidades de colesterol diminuídas. Isso é conseguido através da mudança na alimentação das galinhas.

Por terem todas essas especificações, todos esses tipos são mais caros e seus benefícios ainda não são algo unânime entre os especialistas. Por conta disso que as pessoas não devem se sentir culpadas de comprarem os ovos normais.

Vilão ou não?

Alltech

Em um estudo publicado na revista Nutrients, os cientistas fizeram a comparação entre o hábito de não comer ovos, comer três claras por dia e comer três ovos inteiros por dia.

Essa questão é estudada pelos cientistas há anos. De acordo com alguns estudos, comer ovos aumenta o colesterol ruim e os marcadores inflamatórios que são relacionados com a diabetes e doenças cardíacas. Contudo, outros apontam os benefícios do consumo desse alimento por conta da sua densidade nutricional.

Nesse novo estudo, os pesquisadores descobriram que as pessoas do grupo que comeram ovos inteiros todos os dias tiveram um aumento significativo na colina, que é um nutriente essencial visto nas gemas.

Ingerir a colina está sendo relacionado com o aumento de um metabólito conhecido como TMAO, que é associado a doenças cardíacas. Contudo, esse estudo somente mostra que o TMAO não sofreu nenhuma mudança, mesmo com o aumento da colina.

Outra observação feita por eles no estudo foi que não houve nenhuma alteração adversa na inflamação ou nos níveis de colesterol no sangue. Além disso, outra descoberta foi que comer ovos inteiros teve um menor impacto negativo nos marcadores relacionados ao risco de diabetes do que comer somente a clara.

Os participantes tiveram, no geral, uma densidade maior de nutrientes na dieta quando consumiram os ovos inteiros. Eles também tiveram um hematócrito maior, que é uma medida da densidade de glóbulos vermelhos no sangue e pode diminuir em casos de anemia.

Esse estudo foi feito com participantes tanto homens como mulheres. Aproximadamente metade das pessoas do sexo feminino estavam tomando pílula anticoncepcional. As amostras de sangue das que não estavam tiveram aumentos bem mais notáveis na proporção de colesterol total com relação ao colesterol HDL, que é tido como um fator de risco para as doenças cardíacas.

“Isso foi o oposto do que poderíamos esperar, porque os medicamentos anticoncepcionais hormonais são frequentemente associados a alterações metabólicas adversas. Mas, neste caso, parecia ter um efeito mais protetor em resposta aos óvulos”, sugeriram os pesquisadores.

Fonte: VivaBem, Canaltech

Imagens: Freepik, Organic news Brasil, Piscishow, Alltech

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