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Calor extremo no Reino Unido danifica pistas de pouso

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Os pesquisadores consideram a mudança climática uma das mais drásticas. E não é para menos. Ela vem afetando o mundo de várias maneiras diferentes e talvez caminhe para um ponto em que se torne cada vez mais difícil a nossa existência. Além disso, já se sabe que ela está surtindo um efeito profundo nos sistemas climáticos globais. Tanto que recentemente temos visto um dos efeitos dela na forma da onda de calor que a Europa como um todo está passando.

Contudo, o calor no Reino Unido tem chamado bastante atenção. As temperaturas estão tão altas que, pelo menos, dois aeroportos em Londres, na Inglaterra, fecharam na segunda-feira dessa semana porque o calor foi tanto e as temperaturas ficaram tão altas que danificaram as pistas.

Danos nas pistas de pouso no Aeroporto de Luton e na base aérea de Brize Norton foram relatados. Para se ter uma noção, a temperatura chegou aos 36° C no Reino Unido. O fechamento desses aeroportos não foi tudo que essa onda de calor provocou. Ela já fez, pelo menos, mil mortes, de acordo com os órgãos de saúde da Espanha e Portugal.

Calor

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No aeroporto de Luton, em Londres, pousos e decolagens foram temporariamente interrompidos. De acordo com o aeroporto, eles fizeram essa interrupção para que fosse feito “um reparo essencial da pista depois que altas temperaturas da superfície fizeram com que uma pequena seção se levantasse”.

Segundo a assessoria do aeroporto de Luton, ele ficou fechado por cerca de duas horas e reabriu às 17h do horário local. Nesse tempo, aproximadamente 14 voos foram desviados para outros aeroportos.

A Força Aérea Real confirmou que, na base aérea de Brize Norton, a cerca de 120 quilômetros de Londres, eles estavam usando aeródromos alternativos depois que o site de notícias Sky News informou que o calor tinha derretido a pista.

Reino Unido

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Essa onda de calor no Reino Unido trouxe a possível concretização de previsões para o futuro das temperaturas no país. Em 2020, dois meteorologistas do Reino Unido fizeram uma projeção para estimar qual seria a previsão do tempo para 30 anos, em 2050.

Para fazer isso, eles analisaram os modelos climáticos de super longo alcance. Na época, os gráficos mostravam que aquilo não se tratava de uma previsão real. Tanto que aparece escrito no canto superior direito da previsão “exemplos de clima plausível com base em projeções climáticas”. Entretanto, essa previsão pode se confirmar nessa semana, 28 anos antes.

O cientista atmosférico da Universidade Columbia, em Nova York, Simon Lee, foi quem fez essa observação. “Em 2020, o Met Office produziu uma previsão meteorológica hipotética para 23 de julho de 2050 com base nas projeções climáticas do Reino Unido. Hoje, a previsão para terça-feira é surpreendentemente quase idêntica para grande parte do país”, escreveu ele em seu Twitter.

A expectativa para o calor no país essa semana é uma coisa nunca vista antes. As temperaturas poderão ser entre 10 e 15 graus mais quentes do que o normal. Para se ter uma ideia, a temperatura mais alta já registrada tinha sido de 38,7ºC, no Jardim Botânico de Cambridge, em 2019.

Por conta dessa onda de calor, um alerta vermelho foi emitido no Reino Unido, coisa que nunca foi vista antes. “Esperávamos não chegar a essa situação. Em um estudo recente, descobrimos que a probabilidade de dias extremamente quentes no Reino Unido tem aumentado e continuará a aumentar ao longo do século, com mais temperaturas extremas esperadas para serem observadas no sudeste da Inglaterra”, disse Nikos Christidis, cientista climático do Met Office, em um comunicado.

O pior é que a exposição ao calor extremo sofreu um aumento drástico desde o começo dos anos 1980. Sendo que nos últimos 35 anos, a exposição total triplicou. Atualmente, aproximadamente 1,7 bilhão de pessoas, o que é quase um quarto da população global, vive em áreas urbanas onde a exposição ao calor extremo aumentou.

Fonte: G1

Imagens: G1

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