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Aquecimento global causado pelo ser humano é responsável por 1 em cada 3 mortes por calor

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Nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Uma delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a climática. Isso vem afetando o mundo de várias maneiras e talvez caminhe para um ponto onde se torne cada vez mais difícil a nossa existência.

Essa mudança climática é causada pelo homem e suas ações com o meio ambiente. Vivemos em uma situação de perda e estima-se que, com o passar do tempo, a vida ficará impossível para várias espécies de seres vivos, incluindo os humanos.

Muitas vezes a discussão sobre mudança climática acontece como se ela ainda estivesse longe de chegar. Mas a realidade é que, ela pode ainda não estar no seu pico, mas já é a realidade que vivemos.

Estudo

Os novos modelos feitos entre 1991 e 2018 estimaram que mais de um terço de todas as mortes relacionadas ao calor no verão tiveram como causa o aumento das temperaturas.

Ou seja, os resultados mostram que, se o ser humano não tivesse causado tanto dano ao planeta e provocado grandes mudanças climáticas, bem menos pessoas teriam morrido.

O risco de morte por calor é bem alto principalmente em regiões como o Sul da Europa, América Central e do Sul e Sudeste Asiático. E no Equador e na Colômbia, por exemplo, chega até três quartos a proporção de mortes ligadas ao calor que são relacionadas com o aumento de temperatura causado pelo homem.

“Em muitos locais, a mortalidade atribuível já é da ordem de dezenas a centenas a cada ano. Isso ocorreu com um aumento médio da temperatura global de apenas 1 ° C, o que é inferior até mesmo às metas climáticas mais rígidas delineadas no Acordo de Paris, entre 1,5 e 2 ° C, e uma fração do que pode ocorrer se as emissões não forem controladas”, ressaltaram os pesquisadores.

Efeitos

 

Para chegar a esses resultados os estudiosos compararam dois mundos diferentes. Um onde o ser humano não emitiu nenhum combustível fóssil, e o outro que mostra a realidade atual. Tendo esses dois cenários eles fizeram simulações em ambos com dados de saúde e clima de 732 localidades em 43 países.

Em cada um desses lugares, a temperatura média anual no verão aumentou por conta do cenário de mudanças climáticas. Já que nas “condições normais”, sem nenhuma emissão humana, a temperatura média no verão ficava em torno dos 21,5° Celsius. Comparando isso com as condições reais, na década de 2010, essa temperatura atingiu quase 23° C.

Por mais que esse aumento pareça pequeno, no geral, suas consequências são mortais. Os pesquisadores descobriram que a mudança climática coincidiu com uma elevação nas mortes relacionadas ao calor. Isso foi visto em todos os continentes. E os países mais afetados foram os de baixa e média renda.

Dentre as regiões com um aumento de mais de 50% de óbitos relacionados ao calor estão sudeste da Ásia, América Central e do Sul e sul e oeste da Ásia, como Kuwait e Irã.

Com uma proporção bem menor, algumas cidades também se mostraram mais vulneráveis do que outras. Como por exemplo, Nova York, onde 141 pessoas morrem anualmente por fatores relacionados ao calor. Isso representa 44% do total de mortes ligadas às altas temperaturas.

Futuro

Essa pesquisa tem o foco no que irá acontece com as mortes relacionadas ao calor no futuro. E em 2080, ela estima que, pelo menos, quatro vezes mais pessoas irão morrer nas cidades australianas e americanas por conta desse aumento de temperatura.

“Este é o maior estudo de detecção e atribuição sobre os riscos atuais das mudanças climáticas para a saúde. A mensagem é clara: as mudanças climáticas não terão apenas impactos devastadores no futuro, mas todos os continentes já estão experimentando as terríveis consequências das atividades humanas em nosso planeta. Devemos agir agora”, concluiu o estatístico Antonio Gasparrini, da London School of Hygiene & Tropical Medicine.

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